Eu escrevi esse conto para participar de uma antologia inspirada nos sete pecados capitais, mas, infelizmente, não rolou o projeto. Desde então o conto está engavetado, pensei em colocá-lo na Amazon, mas, por fim, estou disponibilizando ele aqui no blog. Agora convido a todos para conferir a sinopse e o conto INVÍDIA, DO DESEJO AO CASTIGO. Vem junto! o/
Sinopse: Patrick perdera a mãe aos oito anos e ficara aos cuidados do pai, um inclemente comandante da tropa inglesa. Ainda na infância conheceu Henry, que passou a ser o seu único amigo — e, juntos, foram treinados para se tornarem combatentes inclementes. Com o passar dos anos, Patrick passou a ser o comandante, tendo Henry como o seu braço direito. Contudo, no momento que soube que o seu melhor amigo estava noivo de uma bela jovem, a inveja apoderou-se de si, conduzindo-o a caminhos obscuros, ansiando pela felicidade do amigo. Será que Patrick conseguirá deixar de cobiçar a felicidade alheia?! Venha descobrir com INVÍDIA.
INVÍDIA, DO DESEJO AO CASTIGO
Copyright © 2019 Simone Pesci
Aos oito anos Patrick ficara aos cuidados do pai, Thomas Carter, um comandante inclemente da tropa inglesa. Sua mãe, Mary Carter, veio a óbito repentinamente, de algo que ninguém soube dizer. As lembranças foram sucumbindo o que de bom havia em seu coração, fazendo com que uma triste anedota tamborilasse em seus ouvidos.
Os anos passaram e as palavras deixaram de ter importância. Patrick fora treinado para tornar-se um combatente inclemente. Ele conhecera ainda na infância, Henry, filho de Hugh Swayze, braço direito do seu pai. E teve como refúgio aquela única e verdadeira amizade.
Patrick era brindado com um porte físico mediano, além de uma beleza deslumbrante, com seus olhos cristalinos de tom azul, além de cabelos pretos lisos e abaixo dos ombros. Henry, por sua vez, era de porte físico gigantesco e uma beleza rústica, com olhos escuros e penetrantes, salvo seus cabelos castanhos encaracolados, também abaixo dos ombros. Entre os dois havia um diferencial: um era o desfastio humanitário; já o outro era a afecção humanitarista. E o falecimento de Thomas Carter sobrechegou, fazendo de Patrick o comandante da tropa inglesa.
— O que escondes atrás de ti? — Patrick questionou Henry.
Eles estavam em uma das aldeias que, de tempo em tempo, passavam para cobrar impostos.
— Nada importante! — respondeu Henry.
Ambos se colocaram numa análise intensa.
— Interessante! — disse Patrick, ao se aproximar e avistar uma bela jovem.
— Patrick... — Proferiu Henry, estufando o peito. — Apresento-lhe Hester Evans, minha noiva.
Um terrífico silêncio se fez presente.
Patrick intercalou o olhar entre Henry e Hester.
— Noiva? — Patrick emitiu, incrédulo.
E mesmo demonstrando-se seguro, Henry sabia do risco que corria. Ter um amigo ególatra e cobiçoso o assustava. Hester empertigou-se em cumprimento, recebendo como retribuição o mesmo gesto. Patrick passou a observar o pequeno local que a jovem vivia, um casebre aconchegante, uma discrepância para uma jovem sem recursos.
— Até mais, Srta. Hester! — Patrick despediu-se.
Henry também despediu-se, apenas com um aceno de cabeça, a fim de não despertar o interesse do amigo. O dia transcorreu sem alardes, mas, ao final da jornada, Patrick indagou Henry.
— Estou curioso... Como uma jovem sem qualquer recurso consegue se manter?
Henry respirou fundo, e já se dando conta de que viriam mais perguntas, replicou:
— Ela morava com a mãe, que adoeceu e veio a óbito tempos atrás — Henry foi direto com as palavras. — Acho melhor cessarmos esse inquérito.
A fim de consumir alguns copos de cerveja e preencher o estômago vazio, Henry deus às costas e seguiu até a taverna. Por tempo indeterminado conversou com outros combatentes, além de saciar a fome. Patrick, por outro lado, passava dia e noite vislumbrando Hester como sua. E mesmo sendo disputado por belas damas, fez da noiva de Henry sua obsessão. Relembrou de vários instantes em que o amigo esteve ausente, provavelmente desfrutando de ínfimos momentos ao lado da amada. E mais terrível foi constatar que Henry a mantinha, oferecendo-lhe conforto e amor.
A ambição de tê-la para si chegou em alta voltagem, desconsiderando o sentimento vigente que o amigo sentia. Patrick passou a observar o casal às escondidas. O tempo passava e ele não aceitava tamanha felicidade, o que o fez se envolver com mulheres da vida e, ainda assim, não deixar de invejar o combatente amigo.
“A coragem está em seu sangue, da mesma forma que a inveja inflama sua essência. Seja merecedor de suas conquistas, e que a inveja não o envolva em ebriedade...”, foram as últimas palavras da mãe.
Os anos passaram e as palavras deixaram de ter importância. Patrick fora treinado para tornar-se um combatente inclemente. Ele conhecera ainda na infância, Henry, filho de Hugh Swayze, braço direito do seu pai. E teve como refúgio aquela única e verdadeira amizade.
Patrick era brindado com um porte físico mediano, além de uma beleza deslumbrante, com seus olhos cristalinos de tom azul, além de cabelos pretos lisos e abaixo dos ombros. Henry, por sua vez, era de porte físico gigantesco e uma beleza rústica, com olhos escuros e penetrantes, salvo seus cabelos castanhos encaracolados, também abaixo dos ombros. Entre os dois havia um diferencial: um era o desfastio humanitário; já o outro era a afecção humanitarista. E o falecimento de Thomas Carter sobrechegou, fazendo de Patrick o comandante da tropa inglesa.
— O que escondes atrás de ti? — Patrick questionou Henry.
Eles estavam em uma das aldeias que, de tempo em tempo, passavam para cobrar impostos.
— Nada importante! — respondeu Henry.
Ambos se colocaram numa análise intensa.
— Interessante! — disse Patrick, ao se aproximar e avistar uma bela jovem.
— Patrick... — Proferiu Henry, estufando o peito. — Apresento-lhe Hester Evans, minha noiva.
Um terrífico silêncio se fez presente.
Patrick intercalou o olhar entre Henry e Hester.
— Noiva? — Patrick emitiu, incrédulo.
E mesmo demonstrando-se seguro, Henry sabia do risco que corria. Ter um amigo ególatra e cobiçoso o assustava. Hester empertigou-se em cumprimento, recebendo como retribuição o mesmo gesto. Patrick passou a observar o pequeno local que a jovem vivia, um casebre aconchegante, uma discrepância para uma jovem sem recursos.
— Até mais, Srta. Hester! — Patrick despediu-se.
Henry também despediu-se, apenas com um aceno de cabeça, a fim de não despertar o interesse do amigo. O dia transcorreu sem alardes, mas, ao final da jornada, Patrick indagou Henry.
— Estou curioso... Como uma jovem sem qualquer recurso consegue se manter?
Henry respirou fundo, e já se dando conta de que viriam mais perguntas, replicou:
— Ela morava com a mãe, que adoeceu e veio a óbito tempos atrás — Henry foi direto com as palavras. — Acho melhor cessarmos esse inquérito.
A fim de consumir alguns copos de cerveja e preencher o estômago vazio, Henry deus às costas e seguiu até a taverna. Por tempo indeterminado conversou com outros combatentes, além de saciar a fome. Patrick, por outro lado, passava dia e noite vislumbrando Hester como sua. E mesmo sendo disputado por belas damas, fez da noiva de Henry sua obsessão. Relembrou de vários instantes em que o amigo esteve ausente, provavelmente desfrutando de ínfimos momentos ao lado da amada. E mais terrível foi constatar que Henry a mantinha, oferecendo-lhe conforto e amor.
A ambição de tê-la para si chegou em alta voltagem, desconsiderando o sentimento vigente que o amigo sentia. Patrick passou a observar o casal às escondidas. O tempo passava e ele não aceitava tamanha felicidade, o que o fez se envolver com mulheres da vida e, ainda assim, não deixar de invejar o combatente amigo.