15 de dez. de 2019

6 motivos para ver a série “45 rpm”, da Netflix

Eu maratonei essa série e fiquei perdidamente apaixonada, com apenas 1 temporada e 13 episódios ela nos leva ao cenário musical e político dos anos 60, com muito romance, música e, claro, drama. Eu. Mega. Indico. Essa. Fofura. E por esse motivo, ao encontrar esse artigo falando sobre a mesma na internet, resolvi repostá-lo aqui. Confiram:



A nova série da Netflix, “45 rpm”, é um prato cheio para quem ama um drama que passeia pela comédia, ambientado nos anos 60. Os episódios, coloridos, envolventes e super interessantes, nos fazem mergulhar em questões a respeito de relacionamentos, permeada pelo glamour da Madri na época. 

O Guia da Semana assistiu à produção e lista agora os motivos pelos quais você também deveria acompanhar; Confira: 

ENREDO
45 rpm - em espanhol "45 revoluciones" - é uma série dramática espanhola, criada por Ramón Campos e Gema R. Neira e estrelada por Carlos Cuevas, Guiomar Puerta e Iván Marcos. O enredo gira em torno do estabelecimento de uma gravadora na década de 60 e das pessoas envolvidas dentro da complexa indústria musical.

MÚSICA E POLÍTICA 
Interessante e envolvente, a série percorre a cena musical e política quando segue Guillermo, um produtor que mesmo durante o Regime Franco acredita que vale a pena explorar o universo do rock e estilos que incomodam o governo. Assim, os episódios mostram jovens que se revoltaram frente a ditadura imposta na época. Assim, os episódios são repletos de músicas e cenas bem construídas e impactantes.

EPISÓDIOS E DIREÇÃO
A série é dirigida por Ramón Campos, conhecido por títulos como “As Telefonistas” e “Gran Hotel”; e tem 13 episódios, com uma média de duração de 50 minutos cada.

CONTEXTO ESPANHOL
A década de 60 foi extremamente marcante e efervescente para o cenário musical. Bandas como Beatles e Rolling Stones conquistavam o mundo e o rock cumpria com maestria o dever de contestar questões políticas e sociais. Ao mesmo tempo, a Espanha vivia sob o autoritário governo de Francisco Franco; período em que a liberdade e os direitos foram violados sob a imposição de uma ditadura severa.

[Artigo via]: Guia da Semana

[Falando em]: Antes Que os sinos Toquem - de Janaina Soares

Hoje trago para vocês a resenha de um livro que baixei gratuitamente (em formato digital). A propósito, tempos atrás li uma obra da autora (para conferir a resenha, clique AQUI), e gostei bastante. Por este motivo não hesitei em ler "Antes Que Os Sinos Toquem", obra da autora Janaina Soares, uma publicação independente. Vem junto conferir a sinopse e o que eu achei da obra. o/


Sinopse: Imagine ter sua vida toda planejada: faculdade, emprego e um casamento com um advogado importante. Para Joana Muniz, seu futuro já está todo arquitetado. Ou estava. Quando Dário Fernandes cruza seu caminho, todas as certezas que ela tinha vão por água abaixo em uma sucessão de acontecimentos inesperados. O grande problema nessa equação é que Joana está noiva, e Dário não estava em seus planos. Até aquela noite. Antes que os sinos toquem é um livro sobre escolhas, e como elas são capazes de definir quem somos ao longo de uma vida. 


"Porque o improvável pode tornar-se provável..." 





Um enredo acolhedor!

Joana Muniz tem vinte anos, estudante de direito e noiva de Benício, um jovem e rico advogado. Ela mora no interior de São Paulo, mais especificamente em Pedrinhas Paulista. Às vezes, ao lado da amiga Maitê e do noivo, segue para Assis, onde passa horas no shopping. E é em uma de suas visitas ao local que acontece o improvável... Todos presenciam uma triste e constrangedora cena, onde uma senhora  diga-se de passagem  de classe alta, humilha um funcionário do shopping, chamado Dário. 
— Esta mulher ofendeu aquele homem. — Aponto para o homem negro e alto, que continua me olhando, como se não acreditasse em minha atitude. — Ela o chamou de macaco, Benício, eu ouvi quando estava lá em cima, e desci para ver se era mesmo verdade. O cara só derrubou água nela, coitado, e ela o ofendeu na frente de todos. Isso não pode ficar assim — declaro, encarando-o. Coloco as mãos no peito de Benício, e percebo que ele não está nem um pouco a fim de se envolver na briga. Porém, se ele não fizer nada, eu mesma o farei. (Livro: Antes Que Os Sinos Toquem, Cap.5)


Depois do acontecido, Joana convence o noivo a ajudar Dário. A senhora racista é processada por injúria racial. E, durante esse período, cada vez mais Joana e Dário se aproximam, e cada vez mais o seu noivado fica abalado.
Dário é um homem que mal conheço, mas a quem meu coração decidiu amar sem me consultar antes, e como eu poderia dizer não a ele? Aquele homem me traz paz acima de qualquer outra sensação, e eu sempre quis me sentir em paz no amor. (Livro: Antes Que Os Sinos Toquem, Cap.17) 
Envoltos em um processo cansativo e a dúvida de um amor improvável, Dário acaba por se declarar para Joana, deixando-a desnorteada e, claro, mais certa de que o caminho que deve seguir é ao seu lado.
Há sempre uma escolha a ser feita. Há sempre uma saída, mesmo que a casa esteja pegando fogo, e as chamas estejam queimando a gente. Eu posso acabar com isso, com tudo isso. Há uma chance antes que os sinos da igreja toquem, e minha vida esteja acabada. (Livro: Antes Que Os Sinos Toquem, Cap.20)  
Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.

Trata-se de um enredo que aborda um tema sério, ou seja, o preconceito. Desta forma somos apresentados a uma história leve e cativante.

ANTES QUE OS SINOS TOQUEM fala sobre injustiça, preconceito, amizade e amor. Entre passado e presente somos levados à vida de Joana e Dário, pessoas diferentes que, ao mesmo tempo, se completam. No enredo temos também uma forte amizade e, claro, o resultado das escolhas feitas por cada personagem, principalmente o resultado de atos injustos. Gostei da forma que a autora aborda o preconceitos e, claro, suas consequências. A autora tem uma escrita deliciosa e que te faz querer ler sempre um pouco mais. Talvez o que eu tenha sentido falta fora o fato de estar esperando um grande acontecimento, algo que não acontece. A história, em verdade, mostra sobre o início de uma linda amizade, até o nascimento de um grande amor. O final é previsível e bonito. Confesso, eu gostei mais do outro livro que li da autora, mas esse, de alguma forma, ganhou o meu coração... Seja por sua simples e enternecedora história; seja pelas lições que a trama carrega consigo. Por fim, eis um enredo para reflexão, acolhedor e uma boa pedida para todos que curtem o gênero drama/romance.  


Livro: ANTES QUE OS SINOS TOQUEM
Autora: Janaina Soares
Gênero: Drama/Romance
Publicação - Independente
Ano: 2019
Páginas: 284

13 de dez. de 2019

De Volta!

Olá, amores!

Devo explicações para vocês... O blog está algum tempo parado, mas foi por força maior... Afinal, depois de mais de três meses sem computador, descobri que ele não deu pau, era apenas um cabo que havia desconectado. hahaha >>> Nesse meio tempo, reli alguns livros (a maioria já resenhados aqui no blog),  por isso (por ora) não teremos resenhas novas. Por fim, aos poucos estarei postando artigos, resenhas, vídeos, ou seja, de tudo um pouco. Sejam bem-vindos! 💘💘💘

6 de ago. de 2019

[Lidos]: Julho de 2019

Olá, lovers!

Como foram de leituras?! Bom, eu me emaranhei em três leituras, sendo que uma dessas foi uma releitura, que já li (se não me engano) umas 5 vezes, pois eu amo muito. 💘💘💘 Agora convido a todos para conferir as minhas leituras de Julho. Vem junto! o/


(clique no título para conferir as resenhas)

27 de jul. de 2019

Final de temporada de Sob Pressão reafirma a grandiosidade da série

O último episódio da terceira temporada de Sob Pressão, que a Globo exibiu nesta noite (25), deixou bem clara a intenção de encerrar a série. Foi mais um episódio cheio de ritmo, emoção e reviravoltas, que culminou num final feliz e, aparentemente, definitivo. No entanto, notícias dão conta de que a emissora voltou atrás e fará um quarto ano da série. Os roteiristas, então, terão um novo desafio para criarem novas tramas a partir do desfecho romântico exibido. 

Mas, sem dúvidas, será um desafio que tirarão de letra. O que não faltou neste terceiro ano de Sob Pressão foram boas ideias, que fizeram da série o melhor produto televisivo nacional da atual safra. A trama de Jorge Furtado e Andrucha Waddington foi ainda mais fundo na questão da problemática saúde pública brasileira. No entanto, o grande acerto da terceira temporada foi o aprofundamento dos personagens e seus dramas pessoais.  

Sob Pressão jogou ainda mais luz sobre os dramas de Evandro (Julio Andrade) e Carolina (Marjorie Estiano). Após um complicado relacionamento inicial, os médicos finalmente acertaram os ponteiros na relação. Ou quase. A discussão sobre ter ou não filhos, a gravidez de Carolina (e seu desfecho trágico) e a recaída de Evandro em seu vício foram alguns dos elementos que minaram o casamento dos protagonistas. Assim, os dois tiveram suas feridas expostas, lidando com uma realidade dramática. Uma realidade que foi ampliada dentro do cotidiano do Hospital São Tomé Apóstolo, que trouxe novos e impressionantes casos. 

Felizes para sempre 
O episódio final da terceira temporada de Sob Pressão resumiu bem o que foi toda a safra. Com maestria, o capítulo fez novas e contundentes colocações sobre o sistema médico, político e social do Brasil. Deste modo, houve espaço para denunciar a violência no trânsito e o perigo de se armar a população. Em tempos escuros como o atual, trata-se de uma discussão oportuna, pra não dizer urgente. 

Além disso, o fim da temporada promoveu o reencontro entre Evandro e Carolina, desta vez atuando no Médicos Sem Fronteiras, numa região remota do país. Ou seja, Sob Pressão foi encerrada com uma mensagem otimista sobre o acesso da população menos assistida à saúde pública de qualidade. Foi uma ponta de esperança e, também, uma nova denúncia. Afinal, a falta de acesso à saúde é um problema sério do Brasil. 

Elenco de primeira e episódios memoráveis 
Sob Pressão também chamou a atenção pela qualidade de seu elenco. Marjorie Estiano e Julio Andrade já estão completamente familiarizados com seus protagonistas e ganharam ainda mais segurança em cena. Marjorie, aliás, melhorou a cada episódio, levando Carolina a níveis inimagináveis. Participações marcantes, como Drica Moraes (Vera), Joana Fomm (Madre Superiora) e Ana Flavia Cavalcanti (Diana) também merecem menção. 

Além disso, Sob Pressão acerta com uma direção segura e inventiva. Neste contexto, o destaque foi o próprio Julio Andrade, que dirigiu o impactante episódio em plano-sequência. O tenso episódio, que culmina com o acidente que faz Carolina perder o bebê, foi uma das melhores coisas que a TV brasileira exibiu este ano. Direção de cena e de atores impecável, diante de um texto acima da média. 

Por conta disso, é de se comemorar a decisão da emissora de prosseguir com Sob Pressão. A promessa é que a série retorne em 2021. Decisão acertadíssima, afinal, o que não faltam são histórias. E Sob Pressão ainda está no auge, com muita lenha para queimar.

[Falando em]: Minúscula Pulga — de Farrel Kautely

Eu baixei esse livro em formato digital, gratuitamente. Nunca li nada do autor, e a premissa do livro, apesar de simples, me interessou bastante. Agora convido a todos para conferir a sinopse e o que eu achei de "Minúscula Pulga", obra de Farrel Kautely, uma publicação da editora Hope


Sinopse: Era comum pirralhos embarcarem no ônibus sem pagar passagem, e era costume de Lucio expulsá-los, pois sempre entravam em grupo e faziam algazarra. Mas Pulga não. Este entrou caladinho e cativou Lúcio. A partir daí, o motorista aprofunda-se em determinadas áreas da cidade cinzenta que nunca conhecera antes, a fim de investigar o passado vazio do garoto, que vivia sozinho num puteiro da grande metrópole sem nunca ter conhecido seus pais. Enquanto isso, Pulga vê a metrópole sem graça colorir-se aos poucos, à medida em que descobre uma amizade verdadeira. 


"Porque há de se ter esperança..." 

Uma trama instigante!

Weberson, mais conhecido como Pulga, é um garoto de dez anos que mora na zona (um puteiro) e há dois meses, todos os dias, embarca no ônibus 3067. 
“Por que será que ele passa tanto tempo aqui?” se perguntou. “O que ele come?”, “Onde ele mora?”. (Livro: Minúscula Pulga, Cap.1) 

Dentre tantas crianças que embarcam nesse mesmo trajeto, o garoto tímido não foge aos olhos de Lucio, o motorista do ônibus. 
Ele não via nada disso no olhar do amigo. Talvez não fosse dó. Talvez Lúcio gostasse realmente dele, e essa ideia o alegrava. (Livro: Minúscula Pulga, Cap.6) 
Com o tempo ambos acabam se tornando amigos. E no meio de tanta desilusão há um arco-íris a brilhar para Pulga. É quando Lucio, junto da mulher, Carla, decidem adotá-lo. Mas, para isso, o motorista de ônibus tem que investigar o passado do garoto, ficando à mercê das dores que o rodeiam e, claro, tendo como inimigo Jonas, o cafetão do puteiro e, até então, o homem que de mal a pior abrigava Pulga.
— Viu só? Isso é o que acontece por querer forçar a barra. Eu disse que nunca contaria nada sobre sua mãe, mas você não me levou a sério. (Livro: Minúscula Pulga, Cap.26)
Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.

Trata-se de uma leitura rápida e com uma pitada de coração.

MINÚSCULA PULGA é uma trama recheada de sabores e dissabores, uma história aconchegante de se ler e que te traz para dentro do enredo. Eu senti muita pena de pulga, e refleti sobre tantos "pulgas" que existem por aí, sem ter a chance de apreciar um belo e límpido arco-íris. Gostei como a trama foi conduzida, levando esperança e alegria para um garoto que vive sobre um tom de cinza. Mas apesar de todos os prós, teve também os contras... Esses fincados no roteiro, que, a meu ver, deixou um vazio e falta de explicação... Não posso falar mais, pois soltarei spoilers. Os personagens secundários aparecem pouco, mas, de certa forma, dão um "que" especial na trama. O final me deixou um pouco perdida, guiando-me na dúvida se de fato termina daquela forma ou se teremos uma continuação. Só posso afirmar que apesar dos pesares, vale a pena leitura. O autor tem uma escrita deliciosa de se aventurar, e como eu já disse antes, é uma leitura muito rápida, ou seja, um bom entretenimento.  

O enredo é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está no padrão digital; e a capa estampa o mundo cinza de Pulga. 


Livro: Minúscula Pulga
Autor: Farrel Kautely
Gênero: Drama/Suspense
Editora: Hope
Ano: 2019
Páginas: 132

23 de jul. de 2019

"Relacionamento tipo porta giratória"

A gente ensina aos outros como quer ser amado. Talvez de modo inconsciente, a gente mostra a todo mundo como deseja ser tratado, e nem sempre demonstramos que queremos ser bem amados, bem cuidados, bem olhados, bem decifrados, bem respeitados. 

Muitas vezes preferimos requentar o café frio de anteontem a não beber café nenhum e, de modo distorcido, ensinamos aos outros que não merecemos um café quentinho e cheiroso, recém passado e com sabor marcante. Talvez devêssemos escolher não ter nada a ter as piores porções. 

E é assim também que aceitamos um relacionamento tipo porta giratória, e permitimos que nosso coração abrace e seja abandonado tantas vezes quanto o outro quiser, pois preferimos ter esse alguém entrando e saindo de nossas vidas a não ter esse alguém de jeito nenhum. 

Nem sempre iremos nos machucar num relacionamento assim. Quando é conveniente para os dois, quando ninguém está criando expectativas ou desejando algo mais, os pratos da balança se equilibram e ninguém se machuca. Porém, tudo muda quando você faz um investimento emocional na relação e o outro não. Quando você aposta num banquete e recebe somente migalhas. 

Você jamais terá um banquete se fica farto com as migalhas. Jamais será levado a sério se romantiza joguinhos e justifica vácuos e perdidos. Jamais será convidado pra um encontro olho no olho se acredita que o like na foto antiga é a melhor alternativa. 

Mas antes de sair fazendo cobranças e exigências, estabelecendo regras e impondo ultimatos, experimente simplesmente sair da porta giratória e veja o que acontece. Ao invés de esperar uma mudança de atitude do outro, mude você. Seu coração não precisa viver em compasso de espera, dando chances e mais chances a alguém que simplesmente não se importa. Se o outro se importasse, a porta não giraria. 

Espero que você nunca se esqueça que ofereceu chances e elas foram desperdiçadas, todas elas. Espero que você não se distraia das sensações ruins que a porta giratória te causou, e não caia na tentação de duvidar das cicatrizes que ela deixou. Espero que você não ignore o quanto esse vai e vem emocional te faz mal, e aprenda de uma vez por todas que quem te tem em consideração não faz do seu coração um parque de diversão. 

[Texto de]: Fabíola Simões 

9 de jul. de 2019

[Falando em]: Só Hoje — de Cinthia Freire

É sempre um prazer resenhar uma obra de um autor que gostamos... E esse livro não foge a regra, pois a Cinthia Freire tornou-se uma das autoras nacionais prediletas. o/ Já li outras obras dela e, da mesma forma, me enterneci. Agora venho falar dessa lindeza, recheada de coração, que leva como título "Só Hoje", obra que baixei gratuitamente em formato digital, uma publicação independente. Confira agora a sinopse, book trailer e o meu parecer. Bem-vindos ao universo de Cadu e Mia!!! 


Sinopse: Há seis anos eu tive um encontro com a morte e naquela noite fiz uma promessa. Prometi que passaria a minha vida à sua espera, aguardando até que ela estivesse pronta para me buscar. Mas o tempo passou sem que ela voltasse e tudo o que me restou foi a dor que me impede de dormir e por muitas vezes parece prestes a me sufocar. Eu viveria assim, estava preparado para continuar sozinho a sua espera, se não fosse por um pequeno deslize, uma única brecha na escuridão que havia se tornado a minha existência. Era para ter sido apenas um momento, um sopro de ar em meus pulmões sufocados. Mas eu cometi um erro. Eu me apaixonei por uma garota. E agora, eu tenho medo que a morte volte, porque pela primeira vez desde aquela noite, eu não quero mais morrer.



"Porque hoje eu preciso de você..."






Um enredo arrebatador! 💘💘💘

Aos dezessete anos Mia, junto do namorado (Luiz), e da melhor amiga (Marcella), segue para uma festa. E nessa festa ela avista um rapaz que faz com que seu coração palpite descompassado. Os anos passam e, agora, ela é uma advogada solteira e está no apartamento que divide com a melhor amiga, a fim de festejar sua despedida para um outro país. Logo ela se depara com um rapaz o qual pensa ser um garoto de programa. 
— Não, eu te escolhi porque você me lembra um garoto que vi uma vez na vida — admito e me sinto esquisita falando do garoto de olhos verdes apagados que me enxergou quando eu ainda era uma adolescente desajeitada e namorava o pior garoto do mundo. — Ele tinha os seus olhos. (Livro: Só Hoje, Cap. 9)
(clique na imagem para maior resolução

Mia descobre que tal  rapaz não é um garoto de programa e que, na verdade, ele se chama Cadu. Tão breve apercebe-se que trata-se do mesmo rapaz por quem (anos atrás) seu coração palpitou descompassado. Depois de uma noite inusitada de sexo, ambos começam a se envolver. O que ela não contava é que Cadu tem seus traumas do passado, devido a um acidente que fez parte e deixou marcas profundas em seu íntimo. 
Mia parece sentir minha tensão e desvia o olhar para baixo, hesito por um momento pensando se não seria melhor que eu fosse embora, ela merece alguém que a leve nas porcarias de festas que quer, merece alguém limpo, sem cicatrizes, sem passados e sem pecados, merece muito mais do que sou e mesmo sabendo disso não consigo dizer adeus, não posso deixar que ache que eu não a quero quando ela é tudo o que eu mais quero no mundo. (Livro: Só Hoje, Cap. 22)
Cadu, em verdade, não se acha merecedor das coisas boas, principalmente do amor de Mia. Ele não consegue vencer seus medos, e mesmo amando-a, decide deixá-la. Ela, assim como ele, se vê perdida e dilacerada. No entanto, depois de meses conhece Tarso, um também advogado com quem começa a se relacionar.
Baixo o olhar para as minhas mãos pensando na minha vida, no rumo que as coisas tomaram, em como vim parar nesse jardim, sentada ao lado de um homem enquanto carrego em meu coração sentimentos pelo outro que está à minha frente, agora sei que se houvesse alguma chance de ficarmos juntos ela deixou de existir no momento em que ele soube quem era meu namorado. (Livro: Só Hoje, Cap. 58) 
Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers

O que dizer dessa trama linda?! Vou começar fazendo uma equiparação, não sei se a autora vai gostar, mas é o que eu acho... Eu a considero como a Brittainy C. Cherry brasileira (a propósito, a Brittainy é uma das minhas autoras prediletas). Agora falando dessa história que aquece o âmago...

SÓ HOJE é uma trama que transborda coração e que nos apresenta o lado bom e ruim do amor. Trata-se da história de um coração partido (SIM, O VELHO E BOM CLICHÊ), porém com uma trama bem construída e cheia de sentimentos. Depois de ver a morte de perto, Cadu nunca foi o mesmo... Até conhecer Mia e, com isso, passa a sentir um lampejo de esperança. Tanto os personagens protagonistas e secundários quanto o enredo te suga para o contexto, fazendo-nos absorver as alegrias e dores que a trama traz consigo. Durante a leitura você enxerga o crescimento dos personagens e, ao menos pra mim, fez-me sentir seus dissabores. Há uma nova e angustiante questão onde Mia se vê perdida e que faz com que o leitor sinta-se igual, afinal, tanto Cadu quanto Tarso são apaixonantes. De pano de fundo, assim como o título, temos a música que representa o amor de Mia e Cadu, "Só Hoje  do Jota Quest". O final é cercado de reviravoltas angustiantes, mas que, como marca registrada da autora, conduz a uma bela mensagem/aprendizado. A escrita da Cinthia é envolvente e deliciosa de se encontrar. Por fim, para quem curte um drama/romance daqueles que escalda a alma, eis essa maravilhosa pedida. 💘💘💘 Eu, particularmente, não me contentando em avaliá-lo com cinco estrelas, também o favoritei no Skoob... EU MEGA INDICO!!! o/

O enredo é narrado em primeira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está no padrão digital, perfeita; e a capa é belíssima, estampando ninguém menos que Cadu. 



Livro: Só Hoje
Autora: Cinthia Freire
Gênero: Drama/Romance
Publicação — Independente
Ano: 2019
Páginas: 678

8 de jul. de 2019

[Lido]: Junho de 2019

Olá, lovers!
Como foram de leituras?! Espero que muito bem. \o/\o/\o/
Bom, no meu caso, devido alguns contratempos, me enveredei apenas em um livro de parceria, o terceiro de uma saga que gosto muito e que, por mais uma vez, me fez refletir, além de, claro, ser uma grata surpresa. Quer saber mais sobre essa leitura?! Então clique no link abaixo e confira a resenha. Bem-vindos!


(clique no título da obra para conferir a resenha

27 de jun. de 2019

[Falando em]: Gotas de Fel — de P. M. Mariano

Hoje trago a sequência, ou melhor dizendo, o terceiro volume de uma série que me arrebata, chamada "A SAGA DE UM PINTOR". Eu recebi esse livro em parceria com a autora P. M. Mariano (para conferir as resenhas dos livros 1 e 2, clique AQUI e AQUI). Agora convido a todos para conferir a sinopse e o que eu achei de "Gotas de Fel", uma publicação da Drago Editorial. Vem junto! o/


Sinopse: Felipe, finalmente, encontrou a paz que tanto almejava entre os seus e o amor de André, que o preencheu com calma e alegria. Sua vida parece ter dado uma guinada para melhor, fazendo-o esquecer de tudo pelo que havia passado. Estava feliz. Entretanto, um pensamento persistente o envolvia, e ele se viu a questionar o quanto de sorte ainda teria naquela calma estranha, desconhecida de seu coração. Algo sempre o inquietava, deixando-o atento, como se os fantasmas de seu passado estivessem prestes a assombrá-lo. E, em um instante, todo seu mundo ruiu, deixando-o atolado em uma tristeza doentia, onde seu coração e sua mente apenas procuravam entender o porquê de sua felicidade ter acabado de modo tão cruel. O que Felipe podia esperar, quando as únicas coisas que sentia, eram dor e raiva? Teria Felipe forças para suplantar suas dores, ou se deixaria levar pela revoltar que sentia, ao ser ignorado e julgado por todos a quem mais amava? 


"Porque há de se encontrar a paz..." 

Uma sequência lancinante!

Depois de toda turbulência e angústia que Felipe passara, quando finalmente está progredindo ao lado de seu amor, André, e dos que os ama, em um final de semana no shopping, acaba por se deparar com um dos seus tormentos do passado, chamado Pietro Schulman, o homem que lhe abusou e quase deu cabo de sua vida. E mesmo amedrontado, Felipe aceita se encontrar com Pietro, a fim de saber o que ele tem a dizer.
 A amizade que estou lhe oferecendo não tem segundas intenções, Felipe. É sincera.  Aproximou seu rosto de Felipe, fazendo com que este recuasse mesmo sentado na cadeira.  Só quero poder ajudá-lo mais do que você merece que eu faça. Estou lhe devendo! (Livro: Gotas de Fel, Pág.15)
(clique na imagem para maior resolução)

Felipe leva outro baque, pois é dispensado pelo noivo, André. O que ele não imaginava é que André fora forçado a fazer isso. Ele volta a morar com os avós e, por fim, como já era de se esperar, sendo subjugado leva uma surra, o que faz com que, novamente, fuja. 
— Por que me ajudou?
Ângelo não respondeu de pronto, permanecendo pensativo, de olhos no menino que parecia não comer a um bom tempo.
— Porque um dia uma pessoa fez o mesmo comigo — respondeu, percebendo que este erguia os olhos e o fitava curioso em saber da sua história. (Livro: Gotas de Fel, Pág.67)

Após a fuga, Ângelo Guimarães (um homem de vinte e sete anos), acolhe Felipe em sua casa, dedicando-lhe devidos cuidados, o que acaba por fazer com que ambos se relacionem. Contudo, Felipe o trai e acaba sendo expulso de casa. Desamparado e nas ruas, ele se aventura em suas artes, que é bem-vista por Felícia Campanhedá, dona de um ateliê de artes, que lhe dá uma nova chance.
 Se a sua decisão é nos acompanhar  viu que o menino a encarava.  Você deve deixar aquele pardieiro e me encontrar nesse endereço.  E lhe entregou um cartão.  Estamos de acordo? Às quatro da tarde.
Felipe concordou.
Às 4 horas, estava diante de Felícia e todo satisfeito. Sua vida dava nova guinada e, desta vez, para melhor. (Livro: Gotas de Fel, Pág.102)

Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.

Pois bem, a autora novamente quebrou meu coração (P.S.: Priscila, por que tanto sofrimento para o Felipe?! - rs). 

GOTAS DE FEL é uma trama que aborda o preconceito e suas consequências, um dramalhão onde o amargor se faz presente. Eu, particularmente, senti as dores de Felipe na pele (aliás, isso acontece desde o primeiro livro), e, com isso, revoltei-me com os que o rodeiam, que, a meu ver, não merecem tamanho amor que o garoto tem a oferecer. Trata-se de uma sequência para corações fortes. Felipe, depois de levar outra carga de desestruturação, torna-se mais amargo, o que é compreensível (se fosse comigo, teria esse amargor muito antes). A trama denota uma tortura silenciosa, focando na vida do protagonista e às consequências de suas decisões. De forma compreensível, nos deparamos com um rapaz revoltado e, à vista, decidido, o que tornou a trama mais interessante, afinal, para tudo há um tempo... E o tempo de Felipe, de aceitar a opinião e o amargor dos outros se esvai. Eu gostei da maneira como a autora conduziu os sentimentos e ações dele, tornando-o, de certa forma, mais forte. E fiquei com um gostinho de quero mais, ansiando para que Felipe vença todos os obstáculos e torna-se, em conseguinte, o melhor dele mesmo, um jovem e talentoso pintor. Já quanto aos familiares e até mesmo o seu grande amor, André, achei o de sempre: todos preconceituosos e incompreensíveis... Por isso amei a forma como Felipe mudara aos seus sentimentos e ações. Por fim, para quem curte um bom drama, eu indico essa série, pois é uma boa pedida.

A trama é narrada em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está excelente, com bons espaçamentos e fontes, adornada em papel pólen (o amarelinho); e a capa segue o padrão da série, que, por sinal, está muito bonita, estampando um novo Felipe: certo do que quer.


Livro: GOTAS DE FEL #3 (SÉRIE: A SAGA DE UM PINTOR)
Autora: P. M. Mariano
Gênero: Drama/Romance
Editora: Drago
Ano: 2019
Páginas: 286

20 de jun. de 2019

"Sob nevoeiro, use farol baixo"

Qualquer motorista conhece a regra: Sob nevoeiro, use farol baixo. Porém, na vida, também deveria prevalecer essa norma, visto que nem sempre estamos diante de situações que dominamos completamente, ou na presença de pessoas que conhecemos profundamente. 

Na dúvida, não tenha pressa. Na incerteza, caminhe com cautela. Diante daquilo que não conhece ou não domina, vá devagar. Ande lentamente sobre terrenos incertos e, sob nevoeiro, use farol baixo. 

Temos vivido tempos em que tudo caminha muito rápido, na velocidade de mensagens enviadas e prontamente visualizadas, no tempo das relações líquidas e pouco profundas, na fluidez de pensamentos e ações. Todo mundo se acha expert em todos os assuntos, todo mundo se considera conhecedor da vida do outro, todo mundo acredita que seu lado da história é o lado certo. Ninguém estaciona para apreciar a paisagem, ninguém abaixa o volume para ouvir o que o outro tem a dizer, ninguém acende o farol baixo sob o nevoeiro. Queremos ofuscar, engatar, acelerar, articular… e pouco nos preocupamos em silenciar, estacionar, ausentar. 

Os dias têm passado muito depressa. Segunda, terça, quarta… sexta, fim do dia, fim de semana, próximo mês. Corremos atrás do tempo e, no entanto, o tempo se perde em divagações, conhecimento vago, deduções, perda de tempo. Com celulares em punho, queremos ler na frente a notícia, o boato, entender a divergência. E o instante que prometia ser extenso, agora acusa que não há mais tempo. 

Quero faróis baixos sob neblina, cautela frente ao que não conheço, permanência em mim do que me traz apreço. Não quero a urgência de sair na frente, a incumbência de conhecer todas as notícias, a exigência de ter argumentos. Quero a serenidade da humildade, a paz de não me considerar perita em nada que não é da minha alçada, a simplicidade de admitir que não sei realmente quase nada. Que o presente seja meu aliado e me traga alento, que não me perca com excesso daquilo que não entendo e que, restaurada pela leveza do momento, possa silenciar minha boca e meus pensamentos e enfim descobrir que é devagar que a gente aprecia a vida e pausa o tempo… 

[Texto de]: Fabíola Simões 

4 de jun. de 2019

[Lidos]: Maio de 2019

Olá, lovers!
Como foram de leituras?! Bom, o mês de maio foi, para euzinha, de muito entretenimento literário. Eu me encontrei em cinco leituras: duas delas em parceria, outra um presente de uma amiga/vizinha e, por fim, dois achados em formato digital, cada qual com sua dosagem de entretenimento, amor, magia e muito mais. Agora convido a todos para conferir as minhas "leituras de maio". Vem junto! o/


[clique no título para conferir a resenha]:

26 de mai. de 2019

[Falando em]: Para Onde Vão Os Suicidas? — de Felipe Saraiça

Confesso, iniciei a leitura desse livro devido ao título e essa capa arrasadora. A propósito, baixei o e-book gratuitamente, em um dia que a editora deixou todos os seus títulos disponíveis para download. Esse é o meu primeiro contato com um texto do autor e já de antemão, afirmo: "Eu leio até mesmo a lista de compras do Felipe!" o/ Confira agora a sinopse e o que eu achei de "Para Onde Vão Os Suicidas?", obra do autor Felipe Saraiça, uma publicação da editora Pen Dragon.  



Sinopse: Era dezembro quando Angelina nasceu. Uma noite gélida, de ventos fortes e relâmpagos que iluminavam todo o quarto do hospital. Quase que em silêncio, ela foi retirada do ventre de sua mãe que, também em silêncio, não mais respirava. A enfermeira, tão jovem e sonhadora, não sabia como lidar com vida e morte lado a lado. Seu pai, de modo mecânico e robótico, a balançava, não conseguindo contemplá-la. Seus olhos não mudaram de direção nem mesmo quando a menina iniciou seu pranto. Lá fora, a chuva caía forte, embaçando os vidros das janelas, e pintando todo o céu de cinza. Ele não chorava, apenas embalava lentamente sua filha, num ritmo quase que fúnebre, enquanto perguntava a si mesmo se seria egoísmo preferir que a criança tivesse perdido a vida e não sua noiva. 


"Porque, nem sempre, há de se temer a morte..." 

Um enredo maravilhoso! 💘💘💘

Angelina é uma garota com distúrbios suicidas. Sua mãe, ao tê-la, morrera no parto. A garota, por sua vez, sentiu-se culpada por tamanha tragédia, o que fez de sua vida uma sucessão de tristezas, tendo um pai ausente, uma madrasta distante e uma irmã mais nova a qual ela ama muito. Em meio a tais intempéries, ela tenta o suicídio.
— Angelina, você está presa entre o mundo e o submundo. Eu sou a única que pode trazer-lhe a vida ou a morte. Por isso, lhe proponho um desafio: para que você realize o seu desejo e chegue ao seu destino, terá que impedir com que outras pessoas cometam suicídio. Você terá que salvá-las. Caso contrário, ficará com o corpo preso em aparelhos de respiração e sua família permanecerá presa à esperança de que você poderá acordar um dia. (Livro: Para onde vão os suicidas?, de Felipe Saraiça)
(clique na imagem para maior resolução

Entre a vida e a morte, Angelina é visitada por Ixtab, a deusa dos suicidas, além de ser informada que para conseguir o que almeja, ou seja, a morte, terá que ajudar outros supostos suicidas a não cometer tal desatino. Sua missão é resgatar a vida de Otávio, Heloíse, Eloáh e Dante. Em meio a essa tarefa, por algumas vezes, ela se depara com a morte e a sua foice.
— Não há como evitar a morte sem conhecê-la.   
Angelina piscou algumas vezes e mexeu nos cabelos.   
— Então você quer que eu conheça você melhor, é isso?   
Ela se aproximou novamente e apoiou-se na foice.   
— Não é como se fôssemos sentar e tomar algumas xícaras de chá, mas te apresentarei a vida aos meus olhos. (Livro: Para onde vão os suicidas?, de Felipe Saraiça)

Dentre tal desafio, Angelina se vê de frente com questões das quais sentira falta em vida.
— Cada um dos escolhidos tinha em si algo que você precisa. Essa corrida não era para salvá-los apenas, mas para salvar você também.   
Angelina deu um passo para trás.   
— Me salvar?   
— Sim. A Morte quis lhe dar sensações que você nunca teve em vida. Somente ao preencher o que lhe faltava você poderia dar o que faz falta para eles. (Livro: Para onde vão os suicidas?, de Felipe Saraiça)

Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers

Bom, começo essa resenha dizendo que tal leitura me trouxe um turbilhão de sensações, uma trama que me sensibilizou do início ao fim. 

PARA ONDE VÃO OS SUICIDAS? é uma história bem tecida, que aborda com sensibilidade o suicídio, sem fazer apologia ao mesmo... Uma trama cheia de mensagens subliminares, uma composição adornada em coração, com um "que" poético e personagens cativantes. Eu, particularmente, fui jogada para dentro do enredo, e me senti mais que uma espectadora... Eu me senti na pele de Angelina e, por muitas vezes, me vi angustiada. Ao contrário do título  digamos assim  forte, a trama traz ao leitor questionamentos importantes. Eis uma história bem construída e adornada de coração, uma avalanche de sentimentos adversos, com personagens que grudam na pele, cada qual aparecendo na medida exata, enfatizando um tema que, ainda hoje, é tabu para muitos. Eu esperava um outro final, mas compreendi perfeitamente a mensagem que o autor quis exprimir. Acho que, mesmo não sendo como eu queria, foi concluído com perfeição... E muita emoção. O autor tem uma escrita fluida e extremamente envolvente, eu devorei a obra em questão de horas. Não há muito mais o que dizer sobre o livro, apenas para que você, que curte um enredo que transborda sentimentos, dramático, sobrenatural e de tamanha delicadeza, se aventure nessas páginas. Eu não me contive, e além de avaliá-lo com 5 estrelas, eu o favoritei. Agora me vejo assim, numa baita ressaca literária. 💘💘💘

A trama é narrada em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está excelente, no padrão digital; e a capa é belíssima, a meu ver, estampando Angelina como o símbolo da morte, com a famosa face estampando a caveira mexicana. Por fim, para você que curte uma história linda e de arrasar corações, eis essa maravilhosa pedida.


Livro: PARA ONDE VÃO OS SUICIDAS?
Autor: Felipe Saraiça
Gênero: Drama/Sobrenatural
Editora: Pen Dragon
Ano: 2017
Páginas: 192

23 de mai. de 2019

[Falando em]: Lendárias, O Oráculo — de Cristy S. Angel

Hoje trago para vocês a resenha de uma sequência que estava ansiosa para ler, de uma nova parceira. A propósito, dias atrás concluí a leitura de "Lendárias, A Legião", o primeiro de uma série de quatro livros (para conferir a resenha do livro 1, clique AQUI). Agora, em um novo cenário, trago o meu parecer do livro 2, ou seja, "Lendárias, O Oráculo", obra da autora Cristy S. Angel, uma publicação da editora Pen Dragon. Vem junto conferir! o/


Sinopse: A líder lendária é levada as terras do norte a mando do rei. Subjugada, ela é obrigada a conviver com os humanos no castelo. O comandante Lian não imaginava que os piores medos de Kahlan se tornariam realidade. Atormentado por culpa, ele decide partir em busca do oráculo secretamente com a ajuda das bruxas. Enquanto procura uma forma de se libertar de sua terrível maldição. Kahlan descobre que o rei guarda mais segredos do que esperava. Algo obscuro gira em torno de Vanmarah. Com a ajuda do capitão Felipe, Kahlan precisa descobrir como salvar a todos no castelo. Uma traidora, um encapuzado, uma passagem secreta e uma rainha misteriosamente doente. O que você faria por quem ama? O que estaria disposto a sacrificar por sua liberdade? Conheça o mundo de Aurorya em uma aventura repleta de mistérios, magia e criaturas demoníacas. 


"Porque há de se quebrar uma maldição..." 

Uma sequência contagiante!

Kahlan (a líder bruxa lendária) fora levada por Lian (o comandante dos Legionários) para Vanmarah, a mando do rei Augustus. E o que ela mais temia acontece... 
— A partir de agora eu serei seu mestre e você fará minha vontade e pelo seu sangue, eu te conjuro, L'bonier, para que seja minha subjugada! (Livro: Lendárias - O Oráculo, Pág.20)
(clique na imagem para maior resolução)

Kahlan fora subjugada pelo rei, tendo que, por fim, morar no castelo e cumprir suas ordens. Obedecendo aos comandos de Augustus é ordenada para que traga suas amigas lendárias para o castelo. Em meio ao caos que se torna os seus dias, ficando à merce de tamanha maldição, se vê cumprindo as ordens terríveis do rei.        
— E se eu disser que tem um meio de libertá-la? (Livro: Lendárias - O Oráculo, Pág.66)
Lian, com um  peso na consciência e arrependido por ter destinado a líder Lendária a ser subjugada pelo rei, descobre que há uma maneira de libertá-la da maldição... Para isto terá de seguir, junto com as lendárias e a legião, a procura do oráculo e, assim, consultá-lo.
 O que quer saber? Mas pense bem no que vai me perguntar, pois só responderei uma pergunta  o oráculo parou de se balançar, se levantando e se aproximando de Lian. (Livro: Lendárias - O Oráculo, Pág.157) 
Agora cesso os meus comentários para não soltar mais spoilers.

Se em "Lendárias, A Legião" eu o avaliei com 4 estrelas... Tenho que ressaltar que "Lendárias, O Oráculo" estou avaliando-o com merecidas 5 estrelas, pois é notável a evolução da autora para/com a história, onde me encontrei num texto melhor desenvolvido, com uma trama para lá de instigante e personagens que grudam na pele (P.S.: Parabéns, Cristy!).

LENDÁRIAS, O ORÁCULO é um velejar mágico, onde uma maldição se faz presente, fazendo da protagonista vítima da maleficência e egocentrismo de um rei. Nessa sequência o leitor é induzido a um novo cenário e situações, um conglomerado de descobertas (algumas um tanto difíceis de digerir). Kahlan, mesmo à mercê dos anseios do rei, mostra-se a bruxa forte e de opinião, especialmente tratando-se de Lian e um segredo do qual nem ele mesmo sabe pertencer e que ela, mesmo obstruída, se convalesce. Trata-se de uma trama recheada de aventuras e reviravoltas de perder o fôlego... Um enredo extranatural, com elementos sedutores e um final que,  novamente, porém numa carga menor, carrega consigo um plot twist daqueles. O enredo é narrado em três partes; os personagens secundários aparecem mais nesse livro, cada qual com sua dosagem exata, dando aquela pitada a mais na trama. Quanto a Kahlan e Lian, agora, mais do que nunca, continuo shipando eles e, claro, aguardando a sequência com o livro 3. Se eu fiquei com um gostinho de quero mais?! SIM OU COM CERTEZA?! hahaha >>> Por fim, para quem curte uma trama recheada de aventuras, com grandes descobertas e reviravoltas mirabolantes, indico essa leitura. \o/\o/\o/

A trama é narrada em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está boa, com espaçamentos e fontes em bom tamanho, adornada em papel pólen (o amarelinho); e a capa é bem bonita, no padrão do primeiro livro da série, estampando, novamente, ninguém menos que Kahlan.


Livro: LENDÁRIAS, O ORÁCULO #2
Autora: Cristy S. Angel
Gênero: Aventura/Fantasia
Editora: Pen Dragon
Ano: 2017
Páginas: 178

19 de mai. de 2019

[Falando em]: Lendárias, A Legião — de Cristy S. Angel

Já faz muito tempo que estava de olho nessa obra, e quando a autora abriu novas parcerias, não pestanejei e me inscrevi. Por fim, fui uma das escolhidas e recebi um pacote recheado de carinho: com o primeiro e segundo volume dessa série, marca páginas do livro, outros dois marca páginas com o símbolo das Lendárias, ou seja, a flor-de-lis, e, claro, as dedicatórias (P.S.: Obrigada, Cristy!) 💘💘💘. Agora convido a todos para entrar no universo de Aurorya e conferir a sinopse, book trailer e o que eu achei de "Lendárias, A Legião", obra da autora Cristy S. Angel, uma publicação da editora Pen Dragon. Vem junto! o/ 


Sinopse: Em sua busca pela libertação de uma maldição, Kahlan, a líder das lendárias, é capturada pela legião em uma emboscada para ser levada ao rei das terras do norte. Na jornada, repleta de perigos e segredos através da floresta negra, têm seus poderes removidos por um bracelete mágico. Enquanto isso, o restante de seu clã guerreiro terá de decidir se partirá em sua busca ou se desvendará um novo mistério no forte das bruxas. Nesse meio tempo, a jovem e encantadora Líder é levada como prisioneira pelo comandante da legião, o belo Lian Ruthven, mas o que ambos não sabem, é que seus destinos estão mais ligados do que poderiam imaginar. 



"Porque há de ser corajosa e forte..." 

Uma trama instigante!

Kahlan é uma jovem bruxa, líder do clã Lendárias. Ela fora capturada por Lian, um belo comandante de olhos amendoados e seu clã, intitulado como A Legião, amando do rei do norte, Augustus. Em seu braço fora colocado o bracelete de Endora, que lhe priva de seus poderes, e o mesmo só pode ser tirado pela mesma pessoa que o colocou, ou seja, por Lian.
Um pequeno deslize (apenas um) e foi o bastante para o comandante a derrubar e colocar o bracelete de Endora em seu pulso. Não havia adornos nem beleza nele, era um pedaço de couro e metal, porém, reprimia os poderes de uma bruxa a deixando enfraquecida e perdendo a sua força. (Livro: Lendárias - A Legião, Pág.18)
(clique na imagem para maior resolução)  

Seu destino é o castelo de Vanmarah, e, enquanto a líder das Lendárias e A Legião percorrem uma longa jornada, as outras bruxas (companheiras de Kahlan), ficam na dúvida se a segue ou se procura por saber quem, ou melhor, o porquê ela fora capturada. 
 Os espíritos ancestrais estão inquietos, um mal está se erguendo, Kahlan. Uma escuridão se aproxima como no tempo da grande guerra e você deve se preparar.
 O que quer que eu faça?  perguntou com a voz embargada.
 Deve confiar nele.  a rainha olhou para Lian que dormia tranquilamente. (Livro: Lendárias - A Legião, Pág.98)

Dentre a longa viagem até o castelo de Vanmarah, a Lendária e os integrantes da Legião passam por algumas intempéries, correndo grande risco e sentindo-se ameaçados. Kahlan e Lian, mesmo como  digamos assim  inimigos, sentem uma empatia acolhedora e um inicial interesse. Ela, por sua vez, desconfia estar sendo levada ao Rei para ser subjugada e, por fim, ser obrigada a obedecê-lo.
Não chore, seja corajosa, seja forte!
Kahlan repetia para si mesma a frase de sua mãe, toda vez que um medo tentava dominá-la, e isso lhe dava coragem de enfrentar o que quer que fosse no seu caminho. (Livro: Lendárias - A Legião, Pág.122)

Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.

Mais uma vez digo que foi um prazer sair da minha zona de conforto, afinal, quem me conhece sabe que o gênero que mais leio é, de fato, drama e romance. Porém, desta vez, estou aqui para falar da aventura que foi ler esse livro. Eu devorei a obra em menos de 48 horas, e já dianto que foi uma grata surpresa. 

LENDÁRIAS — A LEGIÃO é o primeiro de uma série de quatro livros (dois deles já foram publicados), onde a trama central baseia-se na jornada de dois clãs, em busca da verdade. Trata-se de uma história adornada em fantasia, com bruxas, elfos, criaturas monstruosas e, principalmente, uma trama instigante e bem amarrada. Kahlan, mesmo sem os seus poderes, mostra-se uma guerreira forte, além de ter um humor sarcástico que é uma pitada a mais para a trama. Lian também é marcante, como comandante, e, ainda assim, sua humanidade que transborda. Em certo trecho descobrimos uma nova condição que implica Lian, uma condição a qual nem ele mesmo sabe e que, provavelmente, no segundo livro, será explorada. Não posso deixar de citar um dos personagens secundários que também ganhou o meu coração: Scott é o nome dele... imediato e melhor amigo de Liam. A história, em si, é de pegar o leitor (ao menos me pegou por completo), com um "que" humorístico e, em verdade, muitas aventuras. O final deixa um plot twist daqueles, fazendo o leitor ainda mais curioso com a sequência. A escrita da autora é singela e entorpecente; a trama tem uma base boa e bem planejada; e os personagens (mesmo os secundários) são aqueles que, aos poucos, ganha o seu coração. O enredo é dividido em cinco partes, com capítulos curtos (graças aos céus, odeio capítulos longos). Por fim, para quem curte o gênero fantasia, eis essa excelente pedida. Eu, tão breve, iniciarei a leitura do segundo livro que foi enviado, LENDÁRIAS — O ORÁCULO

O livro é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está boa, com espaçamentos e fontes em excelentes medidas, adornada em papel pólen (o amarelinho); e a capa é muito bonita, estampando ninguém menos que a nossa corajosa e linda, Kahlan. 


Livro: LENDÁRIAS  A LEGIÃO #1
Autora: Cristy S. Angel
Gênero: Aventura/Fantasia
Editora: Pen Dragon
Ano: 2016
Páginas: 212

[Nova Parceira]: Cristy S. Angel

Olá, lovers!
Já faz algum tempo que não venho com uma nova parceria. Pois bem, eis que me inscrevi para parceria com a autora Cristy S. Angel e sua série "LENDÁRIAS", e, por fim, fui aceita (P.S.: Obrigada, Cristy!) 💘💘💘 A propósito, esse é o meu primeiro contato com um dos textos da autora... Eu já concluí a leitura do primeiro livro e tive uma grata surpresa (o próximo post será o da resenha). Agora convido a todos para saber um pouquinho mais sobre essa minha nova parceira.





Biografia:

Cristiane, gaúcha, idade bruxa desconhecida e humana não comentada, pseudônimo Cristy S. Angel. Nascida em Porto Alegre, é mãe de dois meninos, e Jogadora de MOBAS e RPGS Online, mas o seu favorito é o card game HS. Apaixonada por comida Italiana, ama chocolate e café. O seu primeiro contato com a leitura foi através das HQs do tio patinhas que sua mãe comprava quando podia, e do conto da Bela adormecida ilustrado. O primeiro livro que leu foi da série vagalume, que a professora de português entregava toda semana para ler e fazer resumo da leitura. O seu favorito da série era “A Arvore que Dava Dinheiro”. Nesta época começou a escrever contos, mas nunca quis publica-los. Foi somente depois de ler Instrumentos Mortais de Cassandra Clare que, realmente se apaixonou pela literatura fantástica. Conhecendo vários outros títulos do gênero. O favorito é Trono de vidro, da Sarah J. Maas. Hoje Cristy é Potterhead, caçadora de sombras, campeã, tributo, divergente, elemental, e Lendária .


P.S.: E aí, curtiram?! 
Logo menos teremos resenha de LENDÁRIAS  A LEGIÃO 
LENDÁRIAS  O ORÁCULO

17 de mai. de 2019

[Falando em]: Enquanto a Neve Cai — de Vanessa Benfatti

Eu baixei esse e-book gratuitamente. Trata-se de um YA (young-adult), diga-se de passagem, uma aconchegante leitura. Agora convido a todos para conferir a sinopse, book trailer e o que eu achei de "Enquanto a Neve Cai", obra da autora Vanessa Benfatti, uma publicação independente. 


Sinopse: Tudo o que Holly tinha que fazer era fugir. Mesmo sendo uma adolescente para pensar dessa forma, era a sua única opção. Sua realidade estava tão dura que ela não via outra solução a não ser de fugir. Fugir do seu passado. Fugir da sua maldita vida. Fugir da dor que ela carregava em seu peito. E assim ela fez, embarcando no primeiro trem que conseguiu. Fugindo do passado ela tromba com seu futuro, ele vem vestido todo de preto, muito sexy e, com o olhar mais quente que Holly já teve sobre ela. Maverick, um músico que nas horas vagas tocava seu instrumento em uma estação de trem, com um intuito de trazer esperanças as pessoas solitárias que passavam por lá, através da música. Quando Marvel avistou Holly, ele pressentiu que era ela uma dessas pessoas que precisavam de sua ajuda e, assim, ele se empenhou em sua missão. Mas quanto mais ele convivia com ela, mais Marvel se encanta com aquela garota rebelde. A química entre ele surgiu em apenas uma noite, e os dois se viram tão ligados em seus problemas que, um sentimento forte nasceu. Porém Holly ainda estava fugindo e, justo quando ela já estava planejando um novo futuro com Marvel, seu passado rapidamente a alcança. Agora só caberá a ela voltar a fugir deixando Marvel junto com o passado ou deixar ser pega por ele.



"Porque há de se perdoar e, por fim, amar..." 


Uma acolhedora história!

Holly é uma garota de dezessete anos, patinadora artística e vem de uma família rica. Os pais são separados e, devido a uma desmazela do passado, chateada e revoltada, foge para Philadélfia, a fim de passar o Natal com sua avó. Contudo, surge um contratempo e ela se vê na estação de trem de Nova York, e acaba avistando Marvel. 
E, por uma pequena fração de segundos, nossos olhos acorrentaram-se e, de alguma forma, eu queria que eles ficassem assim pelo maior tempo possível. (Livro: Enquanto a Neve Cai, Cap.2)

Maverick (ou Marvel), é um rapaz de vinte e dois anos. Ele mora em Nova York e trabalha como operário em uma construção, além de ser violinista e, em suas folgas, tocar suas melodias na estação de trem. E é em uma destas folgas, na estação de trem e um tanto desesperada, que ele enxerga Holly.
Era diferente de tudo aquele olhar, ele me cegava, provocando-me um desejo desvairado de descobrir o que uma garota como ela fazia aqui a uma hora e meia do Natal. (Livro: Enquanto a Neve Cai, Cap.2)
Holly, depois de perder o seu trem para Philadélfia, acaba por conhecer Marvel e passa a noite de Natal com ele. A empatia entre os dois é imediata, despertando, assim, um interesse e fazendo com que os dois se envolvam. Assim como Holly, Marvel também tem uma triste história e, juntos, entre altos e baixos, os dois vão descobrindo como curar suas feridas.  
Não posso perder minha música favorita, porque hoje eu sei que conhecer Holly foi como escutar uma música nova e saber que, pelo resto da minha vida, ela seria a minha favorita. (Livro: Enquanto a Neve Cai, Cap.18)
Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.

ENQUANTO A NEVE CAI é pincelado com dramas familiares e paixão à primeira vista. O título da obra faz jus ao nome, apresentando um cenário gélido e Natalino, além de adornado de coração. Em ritmo de "sessão da tarde" e um tanto "clichê" (algo que eu gosto muito), somos conduzidos a vida de dois jovens, cada qual com seus dilemas. Confesso que achei Holly mimada demais, mas, ainda assim, ela tem seu encanto. Em verdade, achei que a personagem fazia uma tempestade no copo d'água por tudo, o que implica a infantilidade dela. Já Maverick (Ahhhh, esse TOP GUN), me encantou de todas as formas. Só fiquei triste por ele não ter sido melhor aproveitado/trabalhado na trama, pois tinha potencial para isso. Os personagens secundários aparecem na medida exata, dando um "que" na história. Trata-se de um romance leve, com poucas reviravoltas, mas que, de alguma maneira, pega o leitor. O final, apesar de previsível, foi fofo. A escrita da autora é singela e envolvente. Por fim, para quem curte uma leitura envolvente, do tipo sessão da tarde, eis essa boa pedida.

A trama é narrada em primeira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está boa, no padrão digital; e a capa é bonita, estampando o casal em uma das cenas citadas no livro.


Livro: Enquanto a Neve Cai 
Autora: Vanessa Benfatti
Gênero: Young Adult
Publicação  Independente
Ano: 2018
Páginas: 332

15 de mai. de 2019

[Falando em]: Porto Seguro — de Danielle Steel

Eu comecei a ler esse livro meio que ressabiada, afinal, não curti a capa dele (ME JULGUEM, POIS SOU DESSAS - rs). Em verdade, ganhei a obra da minha vizinha, e devido aos seus elogios para/com a mesma, me aventurei na leitura. E para a minha alegria tive uma belíssima surpresa. Agora convido a todos para conferir a sinopse e o que eu achei de "Porto Seguro", obra da autora Danielle Steel, uma publicação da editora Record


Sinopse: A pequena Pip Mackenzie é uma criança solitária. Com apenas 11 anos, sua vida já é marcada pela tragédia, após um acidente terrível ceifar a vida do irmão e do pai, e mergulhar a mãe, Ophélie, em uma profunda depressão. Abaladas pela tristeza, mãe e filha decidem buscar refúgio em uma cidade costeira da Califórnia, onde Pip, caminhando pela praia, conhece Matt Bowles. Um homem que perdeu quase tudo  inclusive seus amados filhos  em um doloroso divórcio, ele agora dedica-se às artes plásticas, e passa os dias observando o mar, preenchendo o vazio de sua vida com as tintas na tela. Enquanto a menina descobre naquele homem mais velho uma companhia acolhedora e sincera, Matt encontra em Pip um pouco de sua própria filha. Ophélie, que a princípio encara como uma ameaça a amizade deles, logo vê no homem um reflexo de sua própria tristeza, e a união dos três será o começo do processo de cura. 


"Porque há de se encontrar o seu porto seguro..." 


Um enredo apaixonante! 💘💘💘

Phillipa Mackenzie, mais conhecida como Pip, tem onze anos e acabara de passar por uma tragédia, pois perdera o pai e o irmão mais velho em um acidente. Ela é uma garota introspectiva e numa tarde, ao passear com seu cachorro Mousse pela praia,  acaba por conhecer Matthew Bowles (Matt), um artista plástico de quarenta e sete anos.
Havia alguma coisa excepcional menina. Ao pensar nela na praia, seus olhos passaram para o retrato que pintara anos antes de uma outra menina, muito parecida. Era sua filha Vanessa, mais ou menos naquela idade. Pensando nisso, foi para a sala, afundou-se no sofá de couro surrado e ficou vendo a neblina descer sobre o mar. E na sua imaginação viu a menininha de cabelo vermelho encaracolado e rostinho sardento, com olhos cor de conhaque impressionantes. (Livro: Porto Seguro, Páginas 20 e 21).
(clique na imagem para maior resolução)

Matt passou por um divórcio doloroso, onde a ex mulher o afastou de seus dois filhos: Vanessa e Robert. Desde então passara a morar numa cidade litorânea, pintando seus quadros e sentindo-se só. É quando conhece Pip que começa a sentir um lampejo de esperança, retratando na menina a filha que — literalmente — perdeu. Em um rompante ele acaba por conhecer a mãe da garota, Ophélie, de quarenta dois anos e que está em profunda depressão, desde a morte do marido e filho. A mãe, preocupada, o enxerga com má intenção, mas, aos poucos, ela se dá conta da verdadeira origem daquela amizade.
— Basta sua presença. Pip vai ficar encantada. — Ele não acrescentou "Eu também", mas teve vontade, e sentiu-se como uma criança. Eram boas pessoas, duas ótimas pessoas, que tinham sobrevivido a muita tristeza, tragédia e sofrimento. Quanto mais sabia dos seus problemas, mais respeito sentia por elas, especialmente depois daquele dia. O que ela contara sobre seu filho lhe pareceu uma verdadeira agonia. (Livro: Porto Seguro, Página 101).
O improvável se torna provável, quando Matt e Ophélie passam e se enxergar com outros olhos, entre dores e tragédias. Pip fica na torcida para que ambos se assumam, o que, aos poucos, acontece.
Olhou-a, debruçou-se sobre ela e lhe deu um beijo carinhoso na boca. Era a primeira mulher que ele beijava em anos, e ela nunca mais fora tocada por um homem desde que seu marido morrera. Ambos eram seres frágeis e cautelosos, como estrelas flutuando no céu. Ophélie levou um susto, não esperava por aquele beijo, mas para alívio de Matt não resistiu nem se afastou. Retribuiu o beijo com tal ardor que ambos ficaram sem ar. (Livro: Porto Seguro, Página 300).
 Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.

Quero sobressaltar que esse foi o meu primeiro contato com um texto desta autora e, logo de cara, me apaixonei, pois ela sabe como ninguém conduzir uma belíssima história. 

PORTO SEGURO é um enredo onde os dissabores da vida são colocados à tona, uma abordagem delicada e entorpecente. Trata-se de uma história que aborda o luto, e, em conseguinte, a superação. Uma trama recheada de coração, tendo uma narrativa realística e um turbilhão de sentimentos. Pip, Ophélie e Matt são personagens que grudam na pele, com seus dilemas e, claro, a entrega total entre os três: o verdadeiro porto seguro para tanta tristeza que reina em suas vidas. Eu, particularmente, os amei! 💘💘💘 Em verdade, o descrevo como uma narrativa sublime, cheia de altos e baixos, e personagens cativantes. O final traz à tona um percalço já previsto e, ainda assim, não tirou o brilho da obra. Por fim, para quem curte um enredo enternecedor e que toca o coração, eis essa maravilhosa pedida. Eu me tornei fã da autora e afirmo que leio até mesmo a sua lista de compras. o/

A trama é narrada em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está no padrão, porém achei a fonte para leitura diminuta demais (o que dificultou um pouco a leitura); e a capa, como bem disse no início da postagem, não me agradou muito (gosto não se discute - rs), estampando uma pequena imagem do mar.


Livro: Porto Seguro
Autora: Danielle Steel
Gênero: Drama/Romance
Editora: Record
Ano: 2007
Páginas: 400