Segue um quote de "Redenção", minha mais nova empreitada, ainda sendo escrito (nos capítulos iniciais), sem previsão de término. Aliás, trata-se de um romance sobrenatural entre Lucius Oliver (Lúcifer - O Rei das Trevas ou o Diabo se preferir), Ágata Botelho (uma humana ousada e de bom coração) e Gael Sullivan (um arcanjo de tirar o fôlego). Confiram:
(clique em cima das imagens para maior resolução)
— E o que o senhor espera de mim?
Dei um sorriso de canto, e notei sua curiosidade e de certa forma, uma inicial admiração. Foi quando respondi: — Redenção! — fui direto. — Redenção? — ela encarou-me, atônita. — Sei que serás o meu paraíso e maior martírio, e que através de ti terei minha redenção. — apertei ainda mais o seu braço, fincando minha unha em sua carne, fazendo um mínusculo corte, entrando em contato com o seu sangue. (Livro: Redenção - Capítulo 2)
AVATARES - PERSONAGENS
Alexander Skarsgard - Lucius Oliver
Nina Dobrev - Ágata Botelho
Steven R. McQueen - Gael Sullivan Canção inspiração da obra:
P.S.: Vídeo editado por Simone Pesci
**Confiram algumas das canções clicando AQUIe AQUI.
Sobre a nossa dificuldade de silenciar, ou simplesmente ser silêncio...
Quando eu era menina, minha mãe tinha aquele hábito do interior de dizer: "Moça boa não deve ser arroz doce de festa..." Era pra gente se resguardar, valorizar a imagem, não ser presença batida nos bailinhos, não ficar cansativa demais. Mas naquele tempo o perigo era ser enjoativa só no fim de semana; hoje a coisa debandou de vez: Toda hora no instagram, todo tempo no feed de notícias, cada segundo no whatsapp. Impossível fugir, difícil não ser encontrado, improvável desintoxicar.
A vida é barulhenta. Dentro ou fora de nós, nada se aquieta. Queremos nos comunicar, exigimos respostas na velocidade de super-hiper-mega bytes, contabilizamos "notificações", desejamos ser cutucados de volta. Sem perceber, desaprendemos a silenciar. Desaprendemos a suportar a voz que cala e sofremos com a falta de respostas. Desaprendemos a ser ausência.
De vez em quando é necessário ser silêncio. Habituar-se à própria presença, inteirar-se de sua solidão. Comunicar tudo sem dizer nada.
A gente vive certo porque errou um dia. E silencia quando entende que todas palavras foram ditas. Porque de vez em quando, aquilo que conserta é aquilo que cala ou ausenta. O nada que diz tudo. Quando o verbo é equívoco, o silêncio é corretivo.
Mas não pode ser um silêncio forçado. Daquele tipo que quer chamar a atenção. Tá cheio disso por aí... De gente que anuncia a saída. Que exclui um amigo por desconforto consigo próprio. Que usa o silêncio como arma, a fim de manipular o outro. Não é por aí; falo de silêncio pra serenizar a alma, proteger o espírito e encontrar o caminho de volta.
Preste atenção. Se você está cheio de barulho dentro de si, se seus pensamentos já não são mais seus e sim uma mistura daquilo que ouve, engole e não digere todos os dias; se seus sentimentos estão todos embaralhados e da boca só poderia sair desespero e desesperança, se seu amor-próprio ficou tão reduzido a ponto de só falar de suas carências, se tudo o que você quer é rastejar por mais uma chance, suplicar por mais uma mudança... então cale-se. Saia de cena e espaireça um pouco. Apenas respire... Conte até dez, tome um café, desligue o celular, não abra o laptop. Fácil não é. Qualquer nova escolha requer tempo para tornar-se hábito. E você precisa aprender a se resguardar. A diminuir o foco sobre si mesmo.
Porque são tempos difíceis. Todo mundo fala, todo mundo posta, todo mundo curte. Todo mundo aparece_ de frente, de perfil, de costas, sorrindo, triste, indignado. E então você percebe que ser #todomundo não é sua praia. E sente falta do tempo em que as coisas eram mais simples.
Tempos atrás eu postei as canções/traduções dos três personagens principais + uma canção/tradução dos protagonistas (Luc & Ágata), do que estou escrevendo atualmente, intitulado como "Redenção". Para conferir, basta clicar AQUI. No entanto, agora, trago-lhes mais três canções/traduções da play. Aliás, todas elas estarão de uma forma ou de outra inclusas no enredo. Algumas como "Closer" por exemplo, chega a ser assustadora. Mas não tenham medo, sejam BEM-VINDOS a este mundo tentadoramente instigante... Confiram:
Pela segunda vez finalizo a leitura deste que é o meu livro preferido. Aliás, eu conheci essa MARAVILHA anos atrás, por intermédio de uma amiga querida, aJuny Moura, que presenteou-me com ele. P.S: Obrigada, Juju! S2 Trata-se de um romance do gênero YA, rico em sentimentos — e atrevo-me a dizer que o leitor que disser o contrário, é desprovido de coração.
Eu havia resenhado ele em meu antigo blog. No entanto, quando o excluí, foi-se também tudo o que estava por lá, inclusive as resenhas. Contudo, eis a oportunidade de falar sobre essa MARAVILHA novamente. Agora confira a sinopse, book trailer e resenha de "O céu está em todo lugar", obra de Jandy Nelson, uma publicação da editora Novo Conceito.
Sinopse:Lennie Walker, de dezessete anos de idade, gasta seu tempo de forma segura e feliz às sombras de sua irmã mais velha, Bailey. Mas quando Bailey morre abruptamente, Lennie é catapultada para o centro do palco de sua própria vida — e, apesar de sua inexistente história com os meninos, inesperadamente se encontra lutando para equilibrar dois. Toby era o namorado de Bailey, cujos sentimentos de tristeza Lennie também sente. Joe é o garoto novo da cidade, com um sorriso quase mágico. Um garoto a tira da tristeza, o outro se consola com ela. Mas os dois não podem colidir sem que o mundo de Lennie exploda...
Falar do coração é algo um tanto complicado, ainda mais quando tal sentimento é colocado em páginas impressas. A primeira coisa que me encantou nessa narrativa, foi a delicadeza das palavras, expressada em muitos trechos de forma poética.
É como estamos desde que minha irmã Bailey faleceu, há um mês, de uma arritmia fatal, durante um ensaio para uma produção local da peça Romeu e Julieta. É como se alguém tivesse aspirado o horizonte enquanto estávamos olhando para o outro lado. (Livro: O céu está em todo lugar, Pág.12)
Lennie é a protagonista da história, tem 17 anos e foi criada por sua avó e seu tio — duas pessoas que me encantei logo de cara. Ela nunca soube quem era o seu pai, e sua mãe sumiu ainda quando ela era bebê. Desta forma, depositou seu afeto naquela família que pertence e que sempre acolheu-a com amor. Contudo, sua ligação maior sempre foi com sua irmã dois anos mais velha, chamada Bailey.
Ela é apaixonada por Heathcliff & Cathy— personagens do clássico "O Morro dos Ventos Uivantes" —toca seu tão amado clarinete, e era o oposto da irmã, que, por sinal, sempre foi muito alegre e extrovertida, com planos de um futuro ao lado do namorado, Toby. Porém, assim que Bailey morre repentinamente, Lenniese vê desesperada e entra numa profunda depressão. É neste momento, pela dor, que ela e o ex-cunhado, Toby, encontram apoio um no outro e começam a se envolver de forma mais íntima, o que os deixa transtornados e com um terrível sentimento de culpa.
"Enquanto isso, imagino raízes nascendo dos meus pés para que eu não saia voando pela sala e me atire nos braços de Toby porque eu tenho um enorme problema: mesmo nesta casa, nesta noite, com todas essas pessoas, com o Joe Fabuloso Fontaine, que parou de agir como se fosse o meu irmão, bem ali do meu lado, ainda assim sinto uma corda invisível que me puxa para perto de Toby, e não há nada que eu possa fazer em relação a isso." (Livro: O céu está em todo lugar, Pág.149)
Contudo, o céu dá um empurrãozinho e presenteia Lennie com uma nova amizade, ou seja, um novo garoto que se chamaJoe... S2 • Lennie se culpa por trair sua irmã com seu namorado; • Lennie se culpa por estar desfrutando da vida enquanto sua irmã está presa dentro de um caixão; • Lennie se culpa por estar amando Joe e ao mesmo tempo atraída por Toby; • Lennie não se conforma em não ter ao seu lado aquela que tanto ama, ou seja, a sua irmã;
Era uma vez uma garota que percebeu que estava morta.
Espiou pela fresta do céu e viu que lá na Terra sua irmã sentia muito a sua falta.
Então, percorreu caminhos por onde não devia ter andado, pegou alguns momentos com a mão, chacoalhou-os e os jogou como se fossem dados por cima do mundo dos vivos.
Funcionou.
O garoto do violão colidiu com sua irmã.
"Pronto, Len", sussurrou.
"O resto é com você."
(Livro: O céu está em todo lugar, Pág.307)
No decorrer da trama, Lennie desabafa toda sua angústia escrevendo seus sentimentos em cartas e até mesmo nos lugares mais improváveis, assim como papéis de balas, copos descartáveis, entre outros, depositando-os ao léu, apenas fazendo deste o seu acalento. E no meio de toda essa tragédia, muitas coisas acontecem, especialmente entre ela e Toby... E também com ela e Joe. Agora cesso os meus comentários para não soltar spoilers.
Eu simplesmente pirei com todo conteúdo, uma narrativa envolvente e poética, cheia de sentimentos adversos, que me teletransportou de forma única e sem igual para dentro da trama, deixando-me apaixonada e ao mesmo tempo dilacerada. Os personagens, assim como a história, é de encher os olhos e o coração, levando consigo verdade e amor, omissão e dor... Amo enredos que, por fim, tem como objetivo levar uma mensagem e um propósito maior — e este, sem sombra de dúvidas, é uma dessas magníficas histórias que tanto me encanta. S2
O livro é narrado em primeira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão, porém, em alguns trechos de forma poética; sua diagramação é uma das mais lindas que já vi, sendo esta artística, onde o leitor vai ficar de frente com as imagens dos desabafos deLennie; as fontes e espaçamentos estão em excelente tamanho, contudo o texto está na cor azul, um diferencial que AMEI; sua capa é uma das mais belas, estampando um coração pendurado em um galho, com um céu vívido e azul ao fundo. Eu ouvi boatos que teremos a adaptação para as telonas, e estou torcendo para que isso aconteça. Por fim, para você que curte um enredo que toca o âmago de várias formas, eis uma belíssima pedida. Depois de ler esse livro, afirmo: eu leria até mesmo a lista de compras da Jandy. S2
Eu fiquei ausente por algum tempo, sem internet em casa. No entando, estou de volta -, e por sinal, trago pra vocês um artigo super legal, escrito pela autora-editora Elaine Velasco. Confiram:
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Todas as profissões seguem um certo manual de conduta, um código de ética, que geralmente, é ensinado ao longo do curso e recitado na Colação de grau, no dia da formatura. Infelizmente, não existem faculdades para se formar escritores. Por isso, o meio literário está tão cheio de amadorismo, de erros e acertos. A gente aprende é no dia a dia mesmo, “batendo cabeça”. Porém, existem certas coisas que são óbvias, ou ao menos, deveriam ser. Uma delas é a ética.
Falo da ética na hora de lidar com os outros escritores, ao lidar com blogueiros, críticos, editores e todos os demais profissionais que compõem esse meio. O escritor deve entender que, como disse Raphael Draccon há algum tempo - e foi enxovalhado, até porque se expressou mal e foi incompreendido, na minha opinião – hoje, é difícil, senão impossível, um escritor “maldito” se firmar. O bem relacionar-se, vale tanto ou às vezes até mais, do que o bem escrever. Haja visto o caso de vlogueiros e celebridades que “estouram” em vendas, sem que sua literatura seja exatamente de alto nível.
Não quero entrar aqui no mérito de se escrever para vender, ou para ser arte, esse assunto deixo para outro post. Hoje quero tratar do assunto “Ética”. Sempre vejo na internet, barracos envolvendo escritores que não receberam bem uma crítica, ou ainda, escritores que “meteram o pau” publicamente em outros, ou ainda, autores falando mal de suas atuais ou antigas editoras. Vamos por partes.
Comecemos falando dos blogs que fazem críticas literárias. Os blogueiros, são, via de regra, adolescentes e jovens, que gostam de ler e criam blogs/sites, apenas para falar sobre sua paixão. Não possuem formação para tal, fazem o que fazem por amor, por prazer. Divulgam nossos livros sem ganhar nada em troca, dedicando a esse trabalho tempo e carinho. (Experimente cotar quanto um crítico “profissional” cobraria para fazer um trabalho semelhante. O menor valor que você encontrará serão exorbitantes R$ 30.000,00 e isso, sem garantia alguma de que isso lhe dará algum retorno.) Pois bem, acontece que às vezes, o blogueiro não gosta de um livro e o critica abertamente. O escritor há de entender que isso é um direito dele. Quantos livros você mesmo já leu e não gostou? Ou não entendeu?
Quando adolescente, li Machado de Assis e odiei. Há alguns anos, já no auge dos meus trinta anos, experimentei ler novamente e adorei. E por que? Porque desta vez eu entendi! Em minha adolescência, eu não tinha nem maturidade nem conhecimento para entende-lo. Talvez seja isso o que ocorreu com o blogueiro, talvez não. Talvez seja questão de gosto pessoal mesmo. Em todo caso, bater boca não vai fazê-lo mudar de ideia, tampouco gostar de você. Muito pelo contrário, o seu filme vai ficar queimado e ninguém mais vai querer trabalhar com você, nem blogueiro, nem editora – fica a dica, editoras ficam de olho nesse tipo de atitude!