9 de jan. de 2017

[Prólogo]: Verdades Escondidas, de Ademilson Chaves

Estou na reta final de mais um copidesque do autor e amigo, Ademilson Chaves. A propósito, sou fã de carteirinha do cara. \o E posso dizer... Mais uma vez ele fisgou o meu coração, com um texto arrebatador. Ao todo já foram quatro textos dele que eu li, porém "A Escolha de Eron" (resenha AQUI), é o meu queridinho. E, agora, tenho o segundo queridinho, um enredo cativante, cheio de reviravoltas e surpresas, como é de costume nos textos dele. Por isso, com autorização do autor, deixo abaixo o prólogo de "Verdades Escondidas", um enredo ainda sem previsão de publicação. Bem-vindos!


★ ★  


PRÓLOGO


Como é o seu nome? 
 Mariana. 
 Sobrenome. 
 Pereira. 
 Mariana Pereira. Você é filha de Ozias Pereira? 
Ela demorou um tempo, para então afirmar: 
 Sim. 
 Seu pai era um bom homem. Pena ter morrido tão cedo.  A mulher ajeitou-se na poltrona e encarou Mariana de cima a baixo.  Pode ir, querida. 
Quando Mariana fez menção para sair, a porta da grande varanda que circundava a casa se abriu, e Teresa entrou empurrando a cadeira de rodas onde Miguel estava. Ela se lembrou de tê-lo visto em frente à fogueira na igreja. Ela não sabia se deveria cumprimentá-lo. Por um instante ficou parada. Ele ergueu a cabeça e assim que a viu, sorriu. Ela notou seus olhos verdes a fitá-la. Ela sentiu um frio na barriga que a deixou sem jeito, depois virou-se e saiu. 
 Quem é essa?  perguntou Teresa, curiosa. 
 Gostei dela. Tem bons modos, formada, gosta de ler, mas é bonita demais para o meu gosto  disse Dolores.
 E isso é defeito?  replicou Teresa, deixando a cadeira de rodas de Miguel em frente à imensa janela de vidro. 
 Para quem vai servir de companhia a um seminarista, ou seja, um quase padre, é sim. 

7 de jan. de 2017

★ Coração é Terra que Ninguém Vê ★


Quis ser um dia, jardineira de um coração. 
Sachei, mondei  nada colhi. 
Nasceram espinhos e nos espinhos me feri. 

Quis ser um dia, jardineira de um coração. 
Cavei, plantei. 
Na terra ingrata nada criei. 

Semeador da Parábola... 
Lancei a boa semente a gestos largos... 
Aves do céu levaram. 
Espinhos do chão cobriram. 
O resto se perdeu na terra dura da ingratidão.

Coração é terra que ninguém vê  diz o ditado. 
Plantei, reguei, nada deu, não. 
Terra de lagedo, de pedregulho,  teu coração. 
Bati na porta de um coração. 
Bati. Bati. Nada escutei. 
Casa vazia. Porta fechada, foi que encontrei... 


 Coração é Terra que Ninguém Vê  Cora Coralina

4 de jan. de 2017

[Falando em]: Samhain (Livro 2) — de Simone O. Marques

minha primeira leitura do ano foi mais que maravilhosa, afinal trata-se da continuação de um livro que muito gostei, e que faz parte de uma trilogia (para conferir a resenha do livro 1, clique AQUI). Agradeço a autora Simone O. Marques pelo envio do livro, e convido a todos para conferir a sinopse e resenha de "Samhain, Saga As filhas de Dana (Livro 2)", uma publicação da editora Alfabeto.


Sinopse: Brasil, 1690. Ao pisar numa nova terra, Daniele sabe que sua missão está apenas começando. Entretanto, a perseguição sofrida por sua mãe e sua avó chega através do braço da inquisição e seus representantes, obrigando-a a enfrentar novamente a intolerância. Para isso, terá que manter a força das Filhas de Dana, mas será que está preparada para abrir mão de alguém que muito ama para que o destino se cumpra? A Igreja lhe tirou a família. A Deusa a lançou ao mar. O destino fará seu coração sangrar.




"Porque o destino sempre há de perpetuar"






Uma continuação apaixonante!

A seguir, spoilers.

Brasil, 1690
Daniele, o marido Antônio e o seu irmão Mateus partem para uma nova terra chamada Brasil. Ela e o irmão tiverem que deixar a aldeia que moravam e a família que tanto amavam para se salvarem, além de Daniele ter de cumprir com sua missão  diga-se de passagem  ainda não revelada pela Grande Mãe, ou seja, a Deusa que acredita. Eles foram acolhidos por Sr. Amâncio (um fazendeiro rico) e Dona Olímpia (sua esposa), que também viajara ao lado deles de Portugal para o Brasil. 
Daniele acreditara que a missão que a Grande Mãe lhe dera deveria ser cumprida nesta terra onde estava, mas não sabia qual era e quando deveria ser cumprida ou mesmo de que forma a Deusa agiria, e aquilo a afligia. Estava tão distante daquilo que conhecera! Seus pais e sua avó haviam morrido, sacrificando-se para que ela pudesse partir e agora ela não sabia o que devia fazer. Acariciou suavemente o ventre onde seu filho crescia. (Livro: Samhain, Saga As Filhas de Dana - Pág.29)
Daniele chega ao Brasil com um filho no ventre, e sob a proteção do Sr. Amâncio e Dona Olímpia segue os dias ao lado do marido e irmão, escondendo suas origens pagãs até mesmo de Dona Olímpia, pois ela é uma cristã fervorosa. A fazenda onde estão morando é provida de escravos e índios, o que a faz ficar mais próxima de sua natureza, pois assim como ela e o irmão, todos cultuam seus deuses, algo que o Sr. Amâncio deu liberdade para que os fizessem e que Dona Olímpia o recrimina por isso. Daniele acaba tendo uma linda garotinha, que apesar de nascer prematuramente, é saudável e deixa a dona da fazenda encantada. No entanto, assim que a criança nasce, Daniele pede para que Antônio e uma das escravas faça o ritual de costume, apresentando a filha à Lua. Desta forma Antônio pede permissão para Dona Olímpia, que mais do que nunca desconfia de Daniele com tal costume pagão. Contudo, deixa com que faça o ritual, desde que façam um acordo...
 Que tua filha seja batizada por mim e Amâncio, que se chame Tereza em homenagem a santa de minha devoção e que se case no futuro com Henrique  falou e viu os belos olhos verdes encherem-se de lágrimas, mas Daniele nada disse.  Ela será bem tratada, Daniele, como se fosse de meu sangue e ainda fará um bom casamento  completou e esperou para ouvir o que a jovem tinha a dizer. (Livro: Samhain, Saga As Filhas de Dana - Pág.68)
Por questão de segurança e ansiando em seguir com o costume, ambos concordam com a proposta de Dona Olímpia, com a promessa de que Tereza se case com o seu filho, Henrique, que agora estuda no Rio de Janeiro, mas que no futuro estará próximo a eles. Apesar de todos viverem bem na fazenda, Daniele sabe que aquele não é o lugar do qual fora incumbida para um propósito maior, e a revelação de uma tragédia vem em sonho, o qual a deixa angustiada. E dentre essas intempéries de acontecimentos, há uma discussão com Severino, o feitor que mantinha os escravos, Padre Jerônimo, um homem que desde o início desconfia de Daniele e sua fé pagã, além de Guilherme (irmão de Antônio), com quem Daniele fora noiva no passado, e que viera de Portugal a procura de sua amada. 
 Ele... foi teu noivo Daniele... o que achas que ele veio procurar aqui?  verbalizou seu temor pela primeira vez desde que vira o irmão. (Livro: Samhain, Saga As Filhas de Dana - Pág.126)
Agora cesso os meus comentários para não soltar mais spoilers.  

Falar sobre um texto da Simone O. Marques é prazeroso, pois ela passou a fazer parte da minha lista dos autores nacionais que mais amo. E por mais uma vez ela conseguiu quebrar o meu coração e me deixar instigada: quando eu penso que ela já fez de tudo em Paganus...  Lá vem ela com Samhain, um enredo que me deixou ainda mais entorpecida. A propósito, o que eu disse acima é pouco diante o que a trama leva consigo: eu terminei de contar onde, na verdade, a história começa a pegar  literalmente  fogo. Neste segundo livro eu me deparei com uma Daniele ainda meiga, porém mais segura de seus propósitos e com maior sabedoria. O marido Antônio, a meu ver, predominou apaixonante em meu coração e demonstrou continuar sendo o homem forte e de opinião. O casal Amâncio e Olímpia também ganharam o meu coração, não sei se terei a mesma opinião no livro 3, mas neste eles me agradaram muito. Por outro lado, o Padre Jerônimo (e outros dois personagens) me causaram asco e tive vontade de entrar dentro das páginas para enforcá-los, pois devido a uma das ordens do padre, houve um acontecimento que me devastou e que de fato teria de acontecer para que a trama seguisse de tal forma.

A autora soube construir uma trama bem amarrada e com cenários, personagens, enredo e diálogos envolventes, algo que eu já esperava, pois já conferi outros dois textos dela. Uma das características que me chama atenção na escrita da Simone, é que mesmo ela escrevendo textos envoltos mais em narrativa, não fica fazendo firulas, e acaba sendo bem direta na trama (odeio texto que enche linguiça). No final da história houve uma nova e surpreendente revelação que me deixou com um gostinho de "quero mais"... Tanto que já dei início a leitura do terceiro e último livro da série. SE EU GOSTEI? NÃO, EU NÃO GOSTEI... EU AMEI!  E como sempre... Leio até mesmo a lista de compras da Simone. \o

O livro é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está com fontes e espaçamentos em excelentes tamanhos, adornada em papel pólen (o amarelinho), e leva a cada início de capítulo a imagem de Daniele; a capa é linda de viver, estampando uma linda e aparentemente triste Daniele. Por fim, para quem curte uma maravilhosa trilogia com um enredo celta/pagão, eis essa belíssima pedida. Eu mega indico. \o


Livro: Samhain, Saga As Filha de Dana (Livro 2)
Autora: Simone O. Marques
Gênero: Romance/Fantasia
Editora: Alfabeto
Ano: 2015
Páginas: 224

“Todo silêncio tem um nome, tem um motivo…”

Alguns silêncios falam. Gritam tão alto que são capazes de transmitir mais sentimentos que muitas palavras ditas ou escritas. 

Traduzem o fim de um tempo, a indiferença natural ou forçada, a necessidade de ser notado ou esquecido. 

“Todo silêncio tem um nome, tem um motivo…” A frase, atribuída à Clarice Lispector, tem muito a dizer. Pois o silêncio pode ser sintoma de saudade, de “sinto a sua falta mas não há mais nada a ser dito”; ou mágoa: “fui ferido por você, e em vez de revidar com palavras lhe dou o meu silêncio”; ou finalmente indiferença e frieza: “meu silêncio é minha alma tranquila e em paz longe de você”. 

Silêncios falam alto para quem espera por uma resposta. É a mensagem visualizada e não respondida mesmo passadas 72 horas, é o sumiço de alguém que costumava fazer barulho o tempo todo, é a falta daquela risada deliciosa, é a impossibilidade de ir atrás de alguém que não quer mais ser encontrado. 

O silêncio é uma arma poderosa mesmo para quem não tem a consciência de estar numa batalha. Porque dentro do silêncio cabem inúmeras interpretações, e pode enlouquecer quem fica esperando só, com suas inquietações. 

Mas também pode ser o empurrãozinho que faltava para aquele que espera virar o jogo. Porque ser tratado com silêncio demorado é viver enclausurado. É aceitar o cárcere da falta de conclusões e respostas, é permitir ser manipulado pela ausência de sinais. E talvez seja hora de descobrir que quem muito se esconde, uma hora deixa de ser lembrado. 

O silêncio é necessário e carrega inúmeros significados. Mas quando é usado para manipular e ferir, deixa de seguir um caminho de coerência com o coração para ser uma arma inconsequente da razão. 

Nem todo mundo ama da maneira certa, e muita gente se apega aos amores rasos e errados. Há que se ter cuidado com o silêncio. Com o silêncio que provocamos ou que é provocado em nossa vida. E coragem para abandonar silêncios que ferem, pois o bom da vida é encontrar respostas no amor que damos e de graça ofertamos…

Por: Fabíola Simões

1 de jan. de 2017

[Falando em]: A gente ama, a gente sonha — de Fabiane Ribeiro

primeira resenha de 2017 foi a minha última leitura de 2016. Aliás, uma grata surpresa que minha irmã trouxe emprestado e que, por este motivo, decidi passar a leitura na frente. Trata-se de uma distopia futurista, escrita pela autora Fabiane Ribeiro. Agora confira a sinopse e resenha de "A gente ama, a gente sonha", uma publicação da Universo dos Livros.


Sinopse: Num futuro distante, em que a humanidade é completamente diferente daquela que conhecemos, Vanessa depara-se com situações para as quais foi treinada a não se importar: morte, fé, família, amor. Uma mensagem vinda do ano de 2012 é apenas o começo das mudanças em sua vida, que se intensificam quando ela começa a sonhar livremente, o que também era proibido. Em uma narrativa sobre a reinvenção do homem do futuro, dos valores e do mundo, A gente ama, a gente sonha, é um misto de ficção futurista com os dramas atuais da humanidade, que, apesar dos esforços, nunca mudam. As perdas e os sonhos vão levar Vanessa a descobrir um mundo novo e a resgatar sentimentos escondidos em seu peito. Descobrir quem é o rapaz misterioso dos seus sonhos é apenas um de seus problemas, quando, na verdade, amar é o maior crime que ela poderia ter cometido.


"Porque entre a não permissão... há de se ter coração"







Uma maravilhosa surpresa!

A história se passa no futuro, quando o mundo está bem diferente do que já foi um dia: não há mais um céu azul, mares cristalinos, animais, natureza e os humanos não podem respirar um ar saudável. As pessoas são treinadas a não terem sentimentos e viver numa humanidade dividida em classes: M (miseráveis), P (pobres), R (ricos) e E (extremamente ricos), onde, é claro, os ricos e extremamente ricos seguem os dias de melhor forma, com mais regalias e protegidos pelas redomas de proteção. Cada humano tem o seu robô, que ajuda nos afazeres do dia a dia, além de armazenar dados de suas vidas. As camas, mesas, carros (entre tantas outras coisas) flutuam, e todos devem sair nas ruas protegidos para não se queimarem com o Sol escaldante, ou até mesmo morrer intoxicado com o ar poluído. A Máquina dos sonhos é de suma importância na vida de todos, pois por meio dela os humanos são comandados a sonhar com coisas que apenas "O Maquinário" — instituição que comanda o mundo  deseja. Desta forma são proibidos de saber sobre o passado, ou seja, sobre "OS ANTIGOS".
A situação poderia levar o fim  das classes baixas, P e M, que não tinham a proteção e os direitos  destinados às classes altas. Mas, perdê-los não seria vantajoso para o Maquinário, visto que prestavam serviços fundamentais à sociedade (que membros E ou R jamais prestariam). Portanto, muita discussão e longos anos de decisões errôneas acabaram por conduzir uma interessante solução: os cidadãos das classes P e M, ou seja, pobres e miseráveis, passaram a fazer parte de um sistema no qual acumulavam  pontos para ganharem  aparelhos que poderiam garantir-lhes certa sobrevida. (Livro: A gente ama, a gente sonha  Pág.21)
Vanessa — ou Nenê  como é conhecida, tem 26 anos e faz parte da classe R (ricos), além de ter dois irmãos: Dominique, de 13 anos; e Junior, de 9 anos. Seus pais morreram anos atrás, de forma misteriosa. Ela tem sua robô/empregada chamada Lucy; ela trabalha ao lado de Victor (seu melhor amigo), no Hospital dos Embriões, onde ajuda no nascimento de tantos novos bebês; ademais, ela tem um vizinho chamado Johnny, o qual intitula como "vizinho mala", e um namorado chamado Bernardo. Porém, Nenê nutre fascinação pela história dos Antigos, algo que é proibido, e assim como seu  irmão mais novo, Junior, sonha com um mundo onde todos possam viver livremente, apreciar um céu azul, a natureza, animais e tantas outras coisas, que somente séculos passados puderam vivenciar. 
Talvez, pelo fato de estar tão perturbada pelos sonhos que estavam invadindo sua mente quando dormia, havia surgido dentro de Nenê uma vontade irresistível  de visitar o píer, que era prova de que, um dia, as coisas haviam sido diferentes no mundo. Um dia a realidade havia sido como nos seus sonhos. (Livro: A gente ama, a gente sonha  Pág. 34)
Por uma razão desconhecida, a Máquina dos Sonhos de Vanessa começa a falhar, remetendo-a a sonhos no mundo dos Antigos: com mares e um céu azul, entre tantas outras coisas. De imediato ela teria de reportar essa falha ao Maquinário, porém ela não o faz. E cada vez mais começa a ter sentimentos e desejos que é proibida de ter. E numa manhã, mesmo correndo risco, resolve seguir até o píer, depois de ter tido um lindo sonho com o tempo dos Antigos. Ela encontra uma garrafa, a qual leva para casa e descobre que dentro dela há uma mensagem do passado, mais especificamente de 2012. Além de saber um pouco mais do passado, Nenê passa a ter sonhos com um homem desconhecido, homem este que a faz sentir um novo sentimento, sendo este o Amor... Algo que ela conhecera através dos Antigos. 
Numa sociedade marcada por desgraça, ela optara pela esperança. Num mundo tingindo pelo sofrimento e pela eliminação dos diferentes,  ela optara a dar a Peter a chance de ter um destino. Numa Terra agora sem sonhos, suspiros e sussurros, ela era diferente pela capacidade que tinha de amar e sonhar. (Livro: A gente ama, a gente sonha   Pág.131)
Nenê é uma nova mulher, e além de estar tendo sonhos, conhecimentos e sentimentos proibidos, ela resolve salvar a vida de Peter, o bebê de Zildhe, uma mulher da classe M (miseráveis). Agora cesso os meus comentários para não soltar mais spoilers.

O que eu disse acima é pouco diante o conteúdo que o enredo apresenta, onde passado e futuro se entrecruzam para deixar uma belíssima e preocupante mensagem. Afinal, classes sociais sempre existiram, e mesmo tratando-se de uma ficção, me fez lembrar de tudo que passamos e sofremos: seja com a devastação da natureza; seja nas injustiças onde os desprovidos de bens ficam a ver navios; seja num mundo onde o virtual predomina; entre tantas outras coisas.  

A autora soube criar um enredo cativante e incrível, onde podemos parar para refletir sobre nossas atitudes e consequências que, decerto, num futuro próximo, virão. A história, além de envolvente, é adornada de ação e com um "quê" de romantismo e também um pouco de comédia, digo isso por parte de duas robôs que me encantei. Um prato cheio para os amantes de um enredo bem construído, com cenários digno de uma produção hollywoodiana. Eu gostei bastante de como a história foi conduzida até o final, e o epílogo me deixou com um gostinho de quero bem mais (espero que venha esse bem mais - rs). Se EU GOSTEI? NÃO, EU NÃO GOSTEI... EU AMEI! S2 E leria até mesmo a lista de compras da Fabiane Ribeiro. \o

O enredo é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação é simples, com espaçamentos bons, porém fontes pequenas (o que dificultou um pouco a minha leitura), adornada em papel offset (o branquinho); e a capa é bem bonita, estampando uma nova Nenê, ou seja, bem sonhadora. Por fim, para você que curte uma excelente trama, eis essa boa pedida. 


Livro: A gente ama, a gente sonha
Autora: Fabiane Ribeiro
Gênero: Distopia/Romance
Editora: Universo dos Livros
Ano: 2016
Páginas: 332