8 de mai. de 2015

A INTRÍNSECA É MEU ACONCÁGUA - POR MAURÍCIO GOMYDE

Eu conheci pessoalmente o Maurício em meados de 2012, num evento literário aqui em São Paulo, onde estavam tantos outros autores que admiro e que hoje são meus colegas — alguns 'amigos do coração'. Na época, ele era um autor independente... E foi com sua simplicidade e gana que me inspirei a encarar essa empreitada independentemente. Por fim, ao ler suas palavras neste fabuloso artigo, me inspiro ainda mais em continuar, sendo independente ou não. Infelizmente ainda não tive a oportunidade de conferir nenhuma de suas obras, mas o farei EM BREVE. Parabéns e obrigada, Maurício Gomyde! Confiram o artigo abaixo:

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O Aconcágua é a montanha mais alta do Hemisfério Sul. Pensei nele para escrever esta minha primeira história no blog, por ilustrar bem o que foi chegar até aqui: um desafio, um sonho, um daqueles objetivos que proporcionam um prazer difícil de explicar quando atingido.

Subir uma alta montanha deve ser mais ou menos como seguir a trilha entre dois momentos-chave da vida do escritor: o primeiro, que surge da necessidade mais pura de contar suas histórias; e o último, aquele quando ele percebe o esforço recompensado pelo reconhecimento de quem lê tais reflexões. 

Nunca subi o Aconcágua, esclareço aqui. Mas, como todo escritor prudente, fiz minhas pesquisas. A montanha tem nada menos do que 33 rotas possíveis catalogadas. Algumas consagradas, outras pouco exploradas. Umas menos dolorosas, outras que só alguns têm coragem de se aventurar. Os caminhos podem ser muitos, mas o objetivo é o mesmo. Eu poderia ter escolhido uma das rotas que tantos seguiram antes de mim, mas decidi trilhar minha própria. Optei pelo caminho independente, fui pela “Parede Sul”, considerada por muitos a face mais difícil. De um lado, o deserto. De outro, o mar. Desviar do objetivo, perder o foco, esmorecer ou tropeçar, significava morrer de sede ou afogado. 

Mas a vista é linda!

Cavei espaço entre as pedras com as ferramentas de que dispunha (as cordas da perseverança, os mosquetões da disciplina, as picaretas do trabalho). Aprendi errando, e em alguns momentos de incertezas, de vento e frio, pensei em desistir (quem nunca?). Em outros instantes, encontrei mãos que me seguraram à beira do abismo. Por elas sou eternamente grato.

A Intrínseca é meu Aconcágua. Chego com minha pequena barraca iglu nas costas e uma mochila cheia de histórias para contar. O acampamento é de primeira, os alpinistas que me precederam são grandes autores e aqui encontraram bom abrigo. Agora é sentar ao redor da fogueira, sob o céu estrelado, apreciar a vista, abrir a mochila e deixar que as histórias ganhem vida.

A aventura está só começando…

Maurício Gomyde é paulista de nascimento, mas considera que a paixão pelo céu mais belo do mundo alterou seu DNA para brasiliense. Tem música no sangue, é baterista, cinco romances publicados e uma mochila cheia de histórias para contar. O primeiro livro pela Intrínseca sai em 2015.

Artigo via: Blog - Intrínseca

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