20 de dez. de 2015

[Quote]: Dezesseis - A Estrada da Morte

— Você é bom em correr... Eu sou bom na força! Desafio você para uma queda de braço... Agora mesmo.  Samuel desafiou-me mais uma vez, deixando todos ainda mais agitados.

Encarei meus amigos, arqueando a sobrancelha direita, sabendo que aquela disputa certamente eu perderia. Olhei mais uma vez para Ana, que nos encarava com certo desprezo.

 Vocês realmente são dois imbecis!  disse o anjo, em tom amargurado.

E não querendo sair por baixo com toda a intimidação de Samuel, sem ao menos pensar nas consequências, rebati: 

 Que rufem os tambores!

O alvoroço aumentou, numa grande euforia. Foi quando, querendo apenas ganhar tempo, clamando por um milagre, perguntei:

 E se der empate, seu marombado?

 Do quê você me chamou?  Samy enfureceu-se.

 De playboy marombado!  provoquei-o.

 Opa! Vocês estão aqui para disputar ou para ficar que nem duas mariquinhas?  perguntou uma voz qualquer no meio da multidão.

Meus amigos me encararam de canto, sabendo que aquela disputa eu não venceria.

 Certeza de que haverá empate, pé na tábua!  garantiu-se o egocêntrico filho do prefeito.

Eu sabia que suas palavras tinham um fundo de verdade. No entanto, eu não me acovardaria de seu desafio.

 Se houver empate, será Ana quem decidirá com quem quer voltar!  anunciei qual seria o prêmio, tentando dessa forma tirar meu Opala da jogada.

Samuel concordou de imediato, iniciando assim nossa queda de braço. As pessoas vibravam ao presenciar outro desafio, disputado tão arduamente pelo filhinho de papai e o rebelde sem causa. O anjo, por sua vez, fitou-me nos olhos, no exato momento que estava sendo derrotado por meu oponente.

 Vença! — disse Ana.

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Inspirado na canção “Dezesseis” — da banda brasileira Legião Urbana — este é um enredo de amor recheado com muitas aventuras.

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