Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano Vive uma louca chamada Esperança E ela pensa que quando todas as sirenas Todas as buzinas Todos os reco-recos tocarem Atira-se E — ó delicioso vôo! Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada, Outra vez criança... E em torno dela indagará o povo: — Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes? E ela lhes dirá (É preciso dizer-lhes tudo de novo!) Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam: — O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA... (Esperança— por Mário Quintana) FELIZ 2017 a todos! S2
Eis a resenha desta obra que fecha uma trilogia que acompanho desde o início. Aliás, fico muito feliz de acompanhar essa história desde os primórdios, e ainda mais por ser citada nos agradecimentos. \o/ Quero agradecer a autora e amiga Daiane Duarte por ter me enviado essa lindeza. Para quem ainda não sabe do que se trata, confira a resenha do livro 1 --> AQUI; e a resenha do livro 2 --> AQUI. Agora vem junto conferir a sinopse, book trailer que eu tive o prazer em editar e resenha de "Sempre vai haver uma canção - O outro lado", uma publicação da editora Entre-Lentes.
Sinopse: Num amanhecer de mudanças, Diana precisa lidar com suas próprias decisões. Mas agora poderemos ver o outro lado da história. Poderemos invadir a mente dos outros personagens e conhecer a verdadeira essência de cada um deles. O que é real? Até onde é possível ir por amor? Neste livro aprendemos junto com os personagens o verdadeiro sentido do amor, da família e do quanto ser amigo pode nos levar aos melhores momentos da vida. Após ler a última página pergunte a si mesmo: Qual é a sensação?
P.S: Vídeo editado por Simone Pesci
"Porque o outro lado pode ser apaixonante"
Um desfecho apaixonante!
A seguir spoilers.
Depois de grandes decepções com Talis, eis que Diana conhece Thor, irmão gêmeo idêntico que morou durante algum tempo fora do Brasil. A antipatia por parte dela foi imediata, porém o bad boy tem seus encantos, e claro, Diana caíra nesses encantos. Contudo, o que ela pensou que fosse apenas um espelho do amor, passou a pulsar dentro do seu peito de forma avassaladora, fazendo-a ter certeza de seus sentimentos.
Pensei por diversas vezes e por um longo tempo que nunca mais sentiria na mesma intensidade, e quando esta ideia já estava se tornando uma certeza, o Thor entrou na minha vida, e sem que eu percebesse, ocupou mais lugar do que imaginava ser possível, e, agora, já não me via mais sem as ironias dele. (Livro: Sempre vai haver uma canção - O outro lado, Pág.11)
No entanto, Talis tenta convencê-la do quanto ainda a ama, além de ser insistente no pedido de perdão e de volta. Desta forma, a vida entre os irmãos se torna um inferno, deixando Diana transtornada, e por mais que ela tenha certeza de seus sentimentos por Thor, todos insistem em lembrá-la que o que está sentindo pode ser uma confusão amorosa, devido os dois serem idênticos.
Fechei meus olhos, ainda com o gosto daquele beijo na boca e com a sensação daquele abraço apertado na minha pele.
Como alguém poderia me pedir para abrir mão disso? Seria o mesmo que abrir mão do meu próprio coração. Thor, com certeza, não tinha a metade dos momentos que passamos juntos, e eu conhecia meu irmão, sabia que ele não suportaria pensar que ela ainda me amava, e usaria isso para acabar com ele. Era uma guerra e não dava para deixar de ser cruel. (Livro: Sempre vai haver uma canção - O outro lado, Páginas 136 e 137)
Talis nem precisou seguir com sua vingança, pois no momento que consegue persuadir Diana a viajar, para colocar os pensamentos no lugar, além de ajudar uma amiga com seu relacionamento — digamos assim — pingue-pongue e nada saudável, dois ex comparsas de Thor surgem, vindo direto do país que por tempos ele morou, para vingá-lo, devido a um passado desconhecido por todos. Assim, mesmo amando-a, Thor é obrigado a descartá-la.
— Eu venci! — disse com meu sorriso de sempre.
— Venceu? Não entendi. — respondeu confusa. — Venci minha disputa com Talis por você, e agora, digamos que isso perdeu totalmente a graça — sorri do jeito mais sarcástico possível. (Livro: Sempre vai haver uma canção - O outro lado, Pág. 174) A partir daí haverá muitas reviravoltas, onde Diana terá que ter paciência e esperança de dias melhores ao lado de quem ama. Agora cesso os meus comentários para não soltar mais spoilers.
Neste terceiro e último livro da série o leitor ficará de frente com um conteúdo adornado em coração, onde os capítulos são narrados aos olhos de muitos personagens e não somente os protagonistas, o que de fato deixou-me ainda mais encantada, pois foi maravilhoso saber um pouco mais de cada um. Eu pude notar que neste livro a autora desenvolveu a história de melhor forma e com uma escrita mais cativante, e fiquei superfeliz por esse grande passo. \o/ Eu consegui sentir cada trecho, como se fosse íntima da galera. Senti vontade de dizer poucas e boas para o Talis, ao mesmo tempo senti pena dele. Eu quis estar ao lado do Thor para... Ah, acho melhor parar por aqui para não soltar mais spoilers.
Alguns capítulos foram narrados por personagens que eu nem esperava e que simplesmente AMEI, pois deu um "quê" especial para o desfecho da trilogia. O final foi bem legal e bonito, exatamente como eu esperava, levando consigo aquela máxima: "O coração tem razões que a própria razão desconhece". Este, sem sombra de dúvidas, tornou-se o meu predileto dos três livros. Ah, tenho que falar sobre a playlist do livro, pois como sempre é divina.
O livro é narrado em primeira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; sua diagramação está com espaçamentos e fontes em excelente tamanho, levando um violino ao fundo de cada início de capítulo, adornado em papel pólen (o amarelinho); e a capa é linda de viver, com o mesmo padrão das outras duas capas, estampando Diana divina e musicalmente. Por fim, para quem curte um enredo YA (Jovem-Adulto) adornado de romance, eis uma boa pedida. o/
Livro: Sempre vai haver uma canção - O outro lado (Livro 3)
Coloquei-a no chão, deitando-a em seguida na grama, ficando sobre o seu corpo, deixando-a à mercê do meu desejo que até então estava contido.
— Parece que você está com saudades mesmo, hein, Johnny! — sorriu de canto, com aquele sorriso que me quebrava.
— Anjo, eu respiro você, e estou louco pra provar do fruto proibido mais uma vez. — manifestei o meu desejo em palavras — Permitirás que eu prove desse magnífico fruto mais uma vez? — aguardei sua resposta.
— Seu louco! Você é incorrigível! — ela repreendeu-me.
— Isso é um sim, anjo? — indaguei-a.
— Deste fruto vicioso eu também hei de provar por muitas vezes, Johnny. — respondeu-me com malícia na face.
— Ana, quanta falta você me fez... — puxei-a para perto de mim.
Precisamos parar de tentar agradar aos ingratos, de servir gente folgada, de nutrir amizades duvidosas, para que possamos percorrer somente os encontros verdadeiros.
Passamos muito tempo fazendo a coisa certa para as pessoas erradas, sofrendo as consequências das péssimas escolhas pelo caminho, sofrendo à toa por coisas inúteis e gente sem conteúdo, alimentando vãs esperanças em relação ao que não tem a menor chance de vir a acontecer.
Perdemos muito tempo investindo no vazio, esperando retorno do que não volta, aguardando sorrisos de quem nem nos olha direito. É preciso focar no que é real, pois, mesmo que não haja muito de verdadeiro nesses terrenos, esse pouco bastará.
Precisamos parar de tentar agradar aos ingratos, às pessoas descontentes e incapazes de receber algo de fora. Existem indivíduos que se encontram por demais fechados ao acolhimento do que não se encontra dentro deles, do que não faz parte daquele mundinho em que eles se fecham, presos a crenças e sentimentos que não mudam, não são repensados, não saem do lugar. Tentar alcançá-los é inútil.
É necessário evitar a servidão aos folgados, aos aproveitadores, a quem não sai do lugar por si só, a quem foge a qualquer tipo de responsabilidade, pois sabe que alguém sempre fará por ele.
Temos que ter clareza quanto ao que realmente devemos e poderemos tomar para nós, ou acumularemos cargas de bagagens que não são, nem de longe, relacionadas às nossas vidas. Muita gente precisa de ajuda, sim, mas muitos precisam é de vergonha na cara.
Não podemos nutrir amizades duvidosas, com pessoas que não expressam a menor necessidade de nós, como se tanto nossa presença quanto nossa ausência fossem a mesma coisa, algo sem importância, invisível, dispensável.
Nem todos de quem gostamos irão gostar de nós, o retorno da estima e da afeição nunca é uma certeza, portanto, há necessidade de que adentremos exclusivamente os encontros verdadeiros.
Não é fácil nem tranquilo conseguirmos acertar quanto ao que poderemos regar com a certeza de retorno e reciprocidade, uma vez que as pessoas, os acontecimentos, a vida, tudo é imprevisível.
Embora muito do que acontecerá em nossas vidas não possa ser controlado, mantermos sob controle nossas verdades e a certeza de que merecemos ser felizes nos tornará mais fortes diante dos tombos, sem que desistamos de nossos sonhos.
Dias atrás alguém me perguntou: — Quais os seus projetos literários para 2017? A minha resposta foi: — NENHUM!... (apesar de ter dois projetos, um 70% escrito e outro já com prólogo e capítulo 1). A questão é que, atualmente, ler me dá mais prazer do que escrever. Se é uma fase? Sinceramente não sei! Se estou desanimada? Ô se estou! Mas é isso aí: decidi seguir com os dias de forma que eu me sinta melhor. Espero que nessas intempéries eu me encontre, seja lendo ou escrevendo. No mais, agradeço a força que muitos me dão. Vocês são fodasticos de maravilhosos. E que venha 2017! \o/
Inicio essa postagem falando da minha dificuldade em escolher apenas 10 títulos. Como sempre escolhi cinco livros nacionais e outros cinco estrangeiros: tem de tudo um pouco. Na verdade, o certo seria fazer um TOP 20, mas como sempre continuo com o meu TOP 10. Porém, desta vez farei diferente, em vez de falar um pouco de cada obra que me arrebatou, deixarei os links das resenhas. Lembrando que existem tantas outras obras que me tocaram, cada qual de forma única, e mesmo não sendo citadas aqui, perduram no meu coração. Agora confira as minhas melhores 10 leituras de 2016, eu não classifiquei-as do 10º ao 1º lugar, pois defino todas como leituras maravilhosas. Bem-vindos!
(clique em cima da imagem para maior resolução)
**Clique em cima do título para conferir a resenha:
Antes de tudo, deixa eu respirar. Afinal, eu perdi o ar por diversas vezes durante essa maravilhosa leitura. Aliás, eu ganhei essa lindeza de presente de Natal da minha grande amiga, a Juny Moura (P.S: Obrigada, Juju! S2). Destaco que essa foi uma das melhores leituras do ano, eu a concluí em menos de dois dias. Confira agora a sinopse, vídeo fan-made editado por mim e resenha de "O AR QUE ELE RESPIRA", uma publicação da editora Record.
Sinopse: Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.
P.S: Vídeo editado por Simone Pesci
"Porque no excesso de dor, encontra-se o amor"
Verossímil! Apaixonante! Maravilhoso!
Elizabeth é uma atraente mulher, designer de interiores e tem 28 anos. Ela foi casada com Steven, que sofreu um acidente e veio a óbito. Desde então mora na casa da mãe, junto com o fruto do seu casamento, ou seja, a sua filha de 5 anos, Emma. A mãe, por sua vez, desde que o marido falecera (anos atrás), é dada a novos relacionamentos,e com isso não se importa em se relacionar com muitos homens, e nem mesmo no que os vizinhos e a filha pensam. Depois de morar um ano ao lado da mãe, Elizabeth — ou Liz — como é acostumada a ser chamada pelos mais íntimos, resolve retornar à Meadows Creek, onde tem a sua casa, a mesma que dividia com seu ex marido. O problema é que ela não imaginava dar de cara com um homem atraente, grosseiro e que demonstra grande sofrimento.
A maioria dos olhos azuis parece trazer consigo um sentimento caloroso e gentil, mas não os dele. Os dele eram intensos, assim como a sua própria postura. Fria, reservada. Em torno de sua íris, era possível ver o azul profundo em meio às manchas prateadas e pretas, que tornavam o seu olhar ainda mais impenetrável. Lembrava as sombras no céu quando uma tempestade estava prestes a cair. (Livro: O AR QUE ELE RESPIRA, Páginas 21 e 22)
Tristan Cole tem 33 anos, e desde que perdera a esposa e o filho de 8 anos em um acidente de carro, mudou-se para Meadows Creek, onde tornou-se vizinho de Elizabeth. Eles se conhecem numa situação inusitada, quando Liz acaba por atropelar seu cachorro, Zeus. Ela fica desconcertada com o jeito nada educado dele. A propósito, aos olhos de todos ele é tachado como uma pessoa de má índole. Porém, ainda no primeiro instante, Liz percebe o quão sensível és Tristan. Ambos carregam suas dores, e por este motivo, acaba-se criando um afeto e iniciando um relacionamento onde tentam, a todo custo, fechar o buraco devastador que carregam dentro do peito.
Ela se despia e fazia amor com seu passado.
Eu a penetrava e fazia amor com meus fantasmas. Não era certo, mas mesmo assim fazia sentido. A alma dela estava ferida, e a minha, devastada. Mas quando estávamos juntos, doía menos. Quando estávamos juntos, o passado não parecia tão doloroso. Junto dela, nunca me senti, nem por um momento, sozinho. (Livro: O AR QUE ELE RESPIRA, Pág. 118) O que Tristan e Liz não contavam era que essa entrega apenas para encobrir a dor, tornaria-se um sentimento vigente, um novo recomeço, ainda que ambos sofram pelas intempéries da vida. Eles resolvem assumir o relacionamento, conseguindo estancar a dor no peito e desfazendo-se das fantasias que criam com seus ex companheiros. No entanto, uma nova e dilacerante revelação os afastam, deixando ambos ainda mais estilhaçados, afinal, agora eles se amam.
Não vire as costas pra Liz, porque ela não teve nada a ver com o acidente. Não jogue fora a chance de ser feliz. No final, não são nas cartas de tarô, nos cristais ou nos chás especiais que reside a magia. A magia está nos pequenos momentos. Nos pequenos gestos, nos sorrisos gentis e nas risadas silenciosas. A magia é viver todos os dias e se permitir respirar e ser feliz. Meu querido, a magia é amar. (Livro: O AR QUE ELE RESPIRA, Pág. 248)
Agora cesso os meus comentários para não soltar spoilers. O que falei até agora é pouco em vista de tudo que o enredo leva consigo. Se existe um gênero literário que me ganha de vez, é o drama. E este, sem sombra de dúvidas, tem drama pra mais de metro. E o que me chamou atenção foi o fato que além de drama e romance, há também uma pitada de humor, o que deixou a história na medida certa. Aliás, Emma e Faye (filha e amiga de Liz) são a bola da vez nos momentos de descontração: eu fiquei perdidamente apaixonada por essa garotinha; eu quis ter uma amiga doidinha das ideias com a Faye. A história é tão linda e os personagens tão verdadeiros, que não há como não se sentir próximo(a) a eles. E digo isso até mesmo dos antagonistas, que são de suma importância, e assim como os protagonistas, deixaram-me assim: oscilando entre dores e alegrias.
Eu senti vontade de pegar Tristan, Liz e Emma no colo e ficar afagando-os, tentando confortá-los. E no final há uma dilacerante e linda revelação, daquelas que faz valer todo o conteúdo. Eu, particularmente, amo enredos que levam uma lição... E este, de fato, levou. Eu me apaixonei por tudo neste lindo enredo, pois é uma história para pessoas providas de sensibilidade e que gostam de ler sobre coisas da vida. É certo que este livro tornou-se uma das minhas melhores leituras de 2016, e agora encontro-me assim, devastada, apaixonada e numa baita ressaca literária. Este é um enredo que torço para que seja adaptado para as telonas. Vocês querem saber se eu gostei? NÃO! EU NÃO GOSTEI... EU AMEI! S2 E leio até mesmo a lista de compras da Brittainy C. Cherry. o/
O livro é narrado em primeira pessoa, aos olhos de Tristan e Elizabeth, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação é simples, com fontes e espaçamentos em excelentes medidas, envolto em papel pólen (o amarelinho); e a capa é linda, estampando um dilacerado Tristan, como descrito no texto (eu pirei nessa capa). Por fim, pra você que curte uma linda e dilacerante história de amor, eis essa maravilhosa pedida. S2
Eu finalizei a leitura de "O AR QUE ELE RESPIRA", uma drama lindo escrito por Brittainy C. Cherry. E sem hesitar, editei um vídeo fanmade deste casal que me fez perder o ar por diversas vezes. EM BREVE teremos resenha. Confiram o vídeo:
Dias atrás a autora Ana Costa perguntou se eu tinha interesse em fazer parceria para resenhar o seu primeiro livro. Imediatamente fui pesquisar sobre o conteúdo e me dei conta de que era sobre a sua história. Confesso que isso me deixou com o pé atrás, pois raramente leio autobiografias. No entanto, alguma coisa me alertou: "Vá em frente, Simone! Você não vai se arrepender!". Eis a máxima: "Eu não me arrependi!". Pelo contrário, sou grata pelo belíssimo e surpreendente presente. Confiram agora a sinopse e resenha de "Volta, se houver motivo para voltar", uma publicação da editora Scortecci.
Sinopse: “Uma coisa é acontecer um fato desagradável na sua vida, outra coisa é acontecer uma sucessão de fatos ruins ao mesmo tempo. Qual o sentido disso? Seria o acaso no destino? Deve ter uma razão maior”. É o que pensa a autora, que sofreu Acidente Vascular Cerebral em novembro de 2014, o qual foi um marco impactante na sua trajetória. Em meio a lapso de memória, afasia, hemiparesia, demissão, separação, doutorado interrompido e sem perspectivas, o jeito foi se escudar contra o sofrimento e reconstruir a identidade. Sem ignorar as dores, ela delineou outras estradas, transformou perdas em ganhos, lutos em luta, e preencheu o vazio interno com amor ao próximo, realizações, afetos, reflexões e pela mais nova paixão: escrever. Com irreverência ela compartilha com o leitor, essas experiências de forma realista e simples. A narrativa é cativante, engraçada, provoca emoções, interesse pelo desenrolar dos fatos e especialmente, proximidade com a narradora.
"Porque sempre há de ter um motivo para voltar"
Envolvente! Divertido! Uma lição de vida! Ousar escrever sobre si é algo desafiador. Eu, sinceramente, não sei se conseguiria. No entanto, a autora Ana Costa venceu esse desafio com esplendor. O livro mostra ao leitor pequenos relatos, em diversas época de sua vida. Contudo, o ponto crucial foi a partir de um trágico acontecimento, quando ela sofreu um AVC, e assim aconteceu uma sucessão de intempéries, ou seja, o desemprego, o fim de um relacionamento, a dificuldade em aceitar a sua nova condição com algumas restrições.
O livro é dividido em 5 capítulos/partes:
1) Perdas ou ganhos
2) Travessia
3) Vivências
4) Percepção da infância
5) Volta
Com uma narrativa envolvente e poética, os acontecimentos de vida da autora são relatados em doses homeopáticas e de forma direta, sempre levando consigo um aprendizado, além de um bom humor contagiante (eu ri muito em alguns trechos). Apesar de todas tribulações por quais passou (e ainda passa), a autora remete o leitor para um lado positivo, deixando de lado as dificuldades e mostrando que até mesmo em momentos de tribulações podemos enxergar as coisas da melhor forma. Se você pensa que vai encontrar um livro de autoajuda insosso, PARE POR AQUI... Este, de fato, não é o caso. A propósito, assim que eu finalizei a leitura, entrei em contato com a autora e agradeci por ela ter escrito de forma tão pessoal.
Eu me identifiquei com muitos dos seus relatados, afinal, também estou passando por um momento bem difícil, parecia até mesmo que eu estava bem próxima a ela durante a leitura, ou até mesmo que eu fosse íntima dela —, e o melhor de tudo foi que, além de ter tido uma leitura extremamente agradável, levo comigo alguns pensamentos fantásticos que foram expostos. EU REALMENTE PRECISAVA DESSA LEITURA! ANA COSTA É UMA GUERREIRA!
Deus deu uma piscadela de olho e a chance de novas possibilidades: "Se houver motivo para voltar, volta e faça o seu destino". Imediatamente recobrei os sentidos. Então, com excesso de sudorese e tontura, pedi ajuda. (Livro: VOLTA, se houver motivo para voltar - Pág.16)
Na vida existe aquele que se aproxima e aquele que se afasta. Ele veio e ele foi. Mas enquanto ele partiu com suas dúvidas, fiquei com minhas certezas, reconstruindo meu universo. Isso me aquieta. (Livro: VOLTA, se houver motivo para voltar - Pág. 26)
Existem ocasiões em que a gente aprende ou aprende. Se não for pelo amor será pela dor. A lição de tudo isso é que a vida é lacônica e depende de permissões. Se não nos permitimos, não há vida a ser vivida —, seja ela, com acertos, desacertos ou imprevistos. (Livro: VOLTA, se houver motivo para voltar - Pág.30)
Detalhe, não só o permiti voar como fotografei o evento. Haja coração.
Ele dava voos rasantes; eu acenava e gritava: — Volta! A "criatura" dava tchauzinho e subia tão alto que ficava quase imperceptível. Sua felicidade era radiante e isso me aquietava. Liberdade, segurança e amor, são ingredientes básicos para alguém ser feliz. Então, vai filho, lute e desafia a sua liberdade, seja ousado, porque a vida exige ousadia, vença seus limites e temores, se houver. (Livro: VOLTA, se houver motivo para voltar - Pág.103) O livro é narrado em primeira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação é simples, com fontes e espaçamentos em excelentes medidas, adornado em papel offset (o branquinho); e sua capa é bonita e inspiradora, estampando um dos trechos da obra, sendo este o último quote inserido na resenha. Por fim, uma excelente leitura que eu mega, ultra, max indico. \o
Essa é a releitura da obra de uma amiga e autora querida, a Daiane Duarte. Afinal, ela me enviou dias atrás o livro 1 com sua nova edição (para conferir a resenha, clique AQUI). E por este motivo, além de ansiar pela leitura do livro 3, venho apresentar a continuação dessa história fofa. Confira agora a sinopse, book trailer e resenha de "Sempre vai haver uma canção - Quando nada mais importa (livro 2)", uma publicação da editora Multifoco.
Sinopse: Após a morte da mãe, muita coisa mudou na vida
da Diana. Ela não tinha mais a presença de sua
melhor amiga, Jéssica. Esta havia se tornado apenas uma
lembrança, e agora Diana teria que aprender a conviver
com um pai que sempre fora ausente em sua vida.
A dor que ela sentia queimava em seu coração, era como
se estivesse consumindo-a, porém a simples presença de
Talis lhe dava forças para suportar, ele conseguiu fazê-la
voltar a sorrir e a viver. Mas Diana não imaginava que seus maiores conflitos
ainda estariam por vir e que estes viriam de quem ela
mais amava. Como seu mundo poderia cair duas vezes?
Como seu tudo poderia vir a se tornar nada? Como algo
que os uniu poderia separá-los?
Sua ferida estava aberta novamente...
Mas eis que surge alguém que pode mudar tudo...
Novos sentimentos, novos conflitos e novas revelações...
Conseguirá Diana conviver com a semelhança e irá
render-se a um novo sentimento?
Que tipo de amor resistiria a tudo? O que fazer quando
nada mais importa?
Descubra as respostas e perca-se novamente nos
transtornos de uma mente cercada por belas canções.
"Porque quando nada mais importa, eis que o coração acelera"
Envolvente! Instigante! Apaixonante! A seguir - Spoilers
Diferente do livro 1, onde Diana segue os dias com suas dúvidas e percalços, agora ela se tornou uma jovem madura, devido a tantas questões que a vida lhe impôs: uma delas foi a morte da mãe. Ela tem que tentar colocar a cabeça no lugar, algo um tanto difícil já que não tem mais a mãe do lado, além de não ter também a melhor amiga, Jéssica.
Me emocionar nunca era algo comum, mas depois que eu o conheci, isso mudou. Apenas o som da sua voz tinha o poder de me tirar de órbita. Era como se eu estivesse vivendo um sonho, tudo só não era mais perfeito pelo fato de não ter mais a minha mãe e por ter perdido a amizade de Jéssica. (Livro: Sempre vai haver uma canção - Quando nada mais importa, Pág.61)
Talis e Diana passam a se relacionar aos olhos de todos. Contudo, quando ela mais precisa do seu apoio, a carreira dele com a banda BID ganha novas perspectivas: eles assinam contrato com uma gravadora e viajam para fora do Brasil. No entanto, o que deixa Diana furiosa é o fato de saber que a empresária da banda é ninguém menos que Flávia, uma ex namorada de Talis. Eis que no meio de tanta tribulação, Diana se vê de frente com Thor, que é irmão gêmeo e idêntico de Talis. Porém, apesar de serem parecidos fisicamente, Thor é o oposto de Talis... Muito mais impulsivo e desinibido.
— Estou feliz com o fato dele estar indo embora, sabia? Estou feliz porque o caminho ficará livre para mim!
— E você é muito arrogante, sabia? Em que mundo você acha que isso será possível?
— No mundo em que o sucesso vai subir a cabela dele, no mundo em que o amor que você sente por ele não resistirá a distância. Aí vou estar aqui à espreita, só esperando para entrar neste mundo! (Livro: Sempre vai haver uma canção - Quando nada mais importa, Pág.84)
Thor se apaixona por Diana, e sem pestanejar, parte para o ataque. Afinal, o irmão está longe. De início, há uma relutância por parte dela, mas as coisas em comum entre eles se tornam mais presentes, deixando ela bem confusa e aproximando-se do irmão — digamos assim — ovelha negra da família. Diana começa a estagiar como professora, e continua com sua banda, tocando no lugar de sempre, ou seja, no Jungle. E vez ou outra o primo, Hugo, está ao seu lado... É claro que ansiando por algo mais que amizade.
Fiquei pensando no que ele disse e eu realmente não sabia como administrar a semelhança entre eles. Ficar perto do Thor talvez fosse a minha forma inconsciente de ter o Talis. Isso parecia tão doentio, mas apesar de saber que não estava sendo saudável, não conseguia me liberar disso. (Livro: Sempre vai haver uma canção - Quando nada mais importa, Pág.191)
Agora cesso os meus comentários para não soltar mais spoilers.
Essa foi uma releitura prazerosa, pois dentre os dois livros da trilogia que li, este é o que eu mais gosto... E tem um motivo para isso, ou seja, o meu amado Thor, que marca presença na trama de forma certeira, mostrando à Diana que o amor pode acontecer em situações improváveis. Quando eu li o livro 1, torcia para Talis e Diana. Mas ao ler o livro 2 pela primeira vez, instantaneamente mudei de opinião, pois tenho um "quê" por personagens no estilo bad boy. Sendo assim, novamente me apaixonei por todo o contexto, especialmente como foi fechado o final deste segundo livro, pois deixou-me com gostinho de quero mais, além de uma baita curiosidade de saber como será o livro 3. Essa releitura foi de uma antiga edição, a qual necessita de alguns ajustes... Algo que a autora já me confidenciou que será feito assim que finalizar o contrato com a editora.
O livro é narrado em primeira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação é simples, com fontes e espaçamentos bons, adornado em papel offset (o branquinho); e a capa é atrativa e bonita, seguindo o padrão do primeiro livro, estampando novamente Diana, desta vez um pouco mais amargurada. Por fim, um enredo doce e encantador. Agora vou ficar aqui, ansiando pelo livro 3 e o seu desfecho final. \o
Livro: Sempre vai haver uma canção (Livro 2 - 1a. edição) Autora: Daiane Duarte Gênero: Romance Editora: Multifoco Ano: 2013 Páginas: 264
Porque quando a amiga — e uma da autoras que mais amo —, divulga a linda capa do seu novo livro (...) EU PIRO! \o 2017 já começa bombando, com mais uma obra da musa do terror. E que venha "O JARDIM DAS ROSAS SUBMERSAS", da escritora Susy Ramone.
Sinopse: O Jardim das Rosas Submersas é belo à primeira vista e ao encantar-se com os diferentes tons de vermelho, o retorno à realidade não será tarefa simples.
As pétalas luzidias e convidativas o transportarão a um universo repleto de criaturas fantásticas, onde fantasmas, lobisomens, vampiros, bruxas, anjos, demônios e uma infinidade de seres notáveis dividirão espaço com a mais sombria condição humana; a loucura.
Este é um Jardim plantado pouco a pouco ao longo dos anos. Prepare-se para um grande passeio! Contemple as Rosas, colha-as se for da sua vontade. Tenha cautela, porém. Não se esqueça dos espinhos.
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✔ O livro tem previsão de lançamento para Fevereiro de 2017 e será publicado pela editora Coerência. Essa capa linda foi feita pelo autor e também capista, Décio Gomes.