8 de jun. de 2015

BASTA - POR THIAGO ASSONI

Não tem dois pesos e duas medidas!




Quem sou eu pra julgar o que é certo ou errado? Somos todos humanos, somos feitos de erros, completamente mutáveis e tudo mais...
Porém, ainda assim, acho válido (e muito) o uso do bom senso.
A imagem da crucificação que foi usada na Parada Gay de SP ontem (07/06) repercutiu muito e estou lendo muita, mas muita asneira!

Eu sou contra. E defendo que: se queremos um Estado Laico, sem a imposição de um estilo X de religião e queremos tanto que a Igreja saia do nosso pé, por qual razão vamos usar o maior símbolo Cristão pra revidar o ataque?
Ah Thiago, mas crucificação não é algo da religião cristã. É que naqueles tempos esse era um método de mimimi e blá blá blá"
Ok, eu sei disso. Eu leio, sei sobre a História da Humanidade e não é de hoje não.
Mas, mesmo assim, é um símbolo religioso e não deveríamos mexer com isso.

O que queremos com a Parada gay? Como vamos fazer pra conquistar o que queremos? Gostamos quando Feliciano e Malafaia fazem seus protestos com aquele discurso bonito de ódio deles?
É bacana ver Cristão invadir terreiro afro e destruir tudo? É legal ver protestante quebrando a imagem de uma Santa e urinando sobre ela?

Não! Não é legal, a gente não gosta de ver isso acontecer. Então, por que diabos descemos ao mesmo nível desse povo pouco evoluído e levamos algo que vai dar razão para eles falarem e falarem e falarem...

Que preguiça desse mundo! Olho por olho, dente por dente. Parece mesmo criança no pré brigando "professora, ele puxou meu cabelo aí eu fui e puxei o dele também".

A Parada GLBT é pra lutar por direitos, não é? Queremos leis que nos protejam... Então vamos às ruas lutar por isso, não pra agredir seja quem for. Vamos parar de se vestir pra festa, escolher quem vamos beijar, encher a cara de bebida... Isso não é manifestação válida!

Como eu disse, o discurso de Malafaia e companhia é protesto também, mas nem por isso é bonito de se ver. Se queremos mesmo esse tão sonhado respeito, essa tal igualdade... Vamos começar por nós mesmo. Não estamos em guerra.

Não precisamos contra atacar. Mostremos que somos amor, que somos pessoas normais e que não precisamos nos mostrar diferentes para pedir igualdade.



Somos quem podemos ser e só. Chega de palhaçada em rua pra gritar por isso ou aquilo. Todos sabemos o caminho, mas parece que fazer festa ao som de Valeska Popozuda é mais legal do que lutar sério pelo que queremos.

É assim que encerro meu pensamento sobre o que aconteceu de hoje para trás. Não falo mais sobre esse assunto.

Obrigado a você que leu até agora e que curtiu, ou compartilhou. 

Texto por - Thiago Assoni

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