26 de abr. de 2018

[Falando em]: O Remédio Maravilhoso de Jorge — de Roald Dahl

Eis mais um achado esquecido por minha sobrinha e que eu, sem pestanejar, apossei-me. o/ Para quem não sabe Roald Dahl é autor dos clássicos "A Fantástica Fábrica de Chocolate" e "O Bom Gigante Amigo" (para conferir as resenhas, clique AQUI e AQUI). Agora convido a todos para conferir a sinopse e o que eu achei de "O Remédio Maravilhoso de Jorge", uma publicação da Editora 34.


Sinopse: O que fazer para curar uma velha de todo seu mau-humor, sua rabugice e seu egoísmo? Ainda mais se essa bruxa horrorosa for sua própria avó? Era nisso que Jorge estava pensando quando resolveu misturar todos os ingredientes que foi encontrado em sua casa na fazenda  no armário do banheiro, na cozinha, na oficina, entre o material de limpeza e os produtos veterinários  para criar um terrível Remédio Maravilhoso. Então, foi só dar uma colherinha desse Remédio para aquela velhota que vivia atormentando sua vida... Mas ninguém imaginou o que iria acontecer depois.


"Porque nem todo remédio cura..." 





Uma historieta nada encantada!

Em uma manhã de sábado, a mãe de Jorge sai para fazer algumas compras na aldeia, deixando avisado para que o filho não se esqueça de dar o remédio de sua avó.
A Vovó, que estava cochilando em uma cadeira perto da janela, abriu um olhinho malvado e disse: — Você ouviu o que sua mãe falou, Jorge. Não esqueça do meu remédio. (Livro: O Remédio Maravilhoso de Jorge, Pág. 11)
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Vivendo em uma fazenda, sem irmãos, Jorge tem como companhia os porcos, as galinhas, as vacas e os carneiros. Contudo, ele estava entediado daquela vida, sem outras crianças para brincar e tendo uma avó malvada.
Jorge não tinha nenhuma dúvida sobre como fazer o seu poderoso remédio. Não ia perder tempo imaginando se ia colocar uma pitadinha disto ou uma pitadinha daquilo. Ele ia simplesmente jogar dentro da mistura TUDO que pudesse achar. Nada de escolher, nada de hesitar, nada de pensar se determinada coisa ia ou não derrubar a velha. A regra seria essa: tudo que ele visse, desde que fosse líquido, cremoso ou em pó, iria para dentro. (Livro: O Remédio Maravilhoso de Jorge, Pág. 28) 
O garoto de oito anos é atormentado pela avó, que o provoca e o assusta de todas as maneiras. Desta forma, ele se embrenha em fazer um novo remédio; um remédio que a curasse do seu péssimo humor.
 Lá vamos nós!  Jorge gritou.  Engula de uma vez!  Enfiou a colher lá dentro e derramou a mistura garganta abaixo. Aí deu um passo para trás e ficou esperando para ver o resultado. (Livro: O Remédio Maravilhoso de Jorge, Pág. 52)
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Diferente das duas outras obras do autor mencionadas na postagem, fiquei estarrecida, de forma negativa.

O REMÉDIO MARAVILHOSO DE JORGE não tem nada de maravilhoso, principalmente se tratando de uma obra infanto-juvenil. A ideia da trama é bem legal, mas o conteúdo (em totalidade), me espantou. Eu fui conduzida à uma história que tinha tudo para ser positiva, porém teve como base a ganância e a vingança, sem dizer as palavras adornadas em ódio. Para piorar, o pai é mais ganancioso e vingativo e a mãe é uma sonsa, que não se importa com a maneira horrível que o filho conduz seus problemas. Por este motivo, mesmo tratando-se de ficção, fiquei preocupada com a mensagem que a história passa. Pois então, Roald Dahl, dessa vez não deu! E eu, certamente, não indico esse conto, muito menos para crianças.

O enredo é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está excelente, com fontes em tamanho maior, o que facilitou a leitura, adornada em papel off-set (o branquinho), levando consigo algumas ilustrações; e a capa estampa o garotinho Jorge em seu plano de vingança.


Livro: O Remédio Maravilhoso de Jorge
Autor: Roald Dahl
Gênero: Infanto-Juvenil
Editora: 34
Ano: 2000
Páginas: 128

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