Amante do gênero, assim que vi o e-book gratuito o baixei. Eu já tinha curiosidade de ler esse texto, pois encontrei pareceres positivos sobre ele na rede. Agora convido a todos para conferir a sinopse e o que eu achei de "Quando o Mal Tem Um Nome", obra da autora Glau Kemp, uma publicação independente que acabou de ganhar uma excelente casa editorial, a Galera Record.
Sinopse: “Sinto medo. O tipo de medo que persegue até a presença de outras pessoas. Segue até a luz e entra nas cobertas. Não está debaixo da cama ou dentro armário. Está em minha pele e tem um nome. Não pergunte. Não descubra. Nunca saiba o nome do seu medo, ou irá chamá-lo... Seus lábios podem estar selados, mas sua mente repetirá: Donavan... Donavan... Donavan.”
Na Aparecida dos anos 70, uma cidade erguida no centro de um milagre, conhecemos a história de Marta e sua filha Clara. De sua terra cultivada por fé a malignidade cresce no coração de uma mãe devota. As orações que a padroeira não atende são feitas agora para eles: anjos caídos. Ela não deveria saber o nome do demônio que atendeu sua prece, e a abominação despertada é tão grande que todos vão pagar pelo seu pecado. O mal só precisava que alguém o chamasse pelo nome e agora está entre nós.
"Faça uma oração antes de dormir e deixe a luz acesa. Se vir a fé em seus olhos, talvez vá embora. Mas ele virá”
— Por que um demônio iria querer vir até à casa de Deus, minha jovem?
— Por que o senhor iria até a casa do demônio, padre?
— Para levar a luz até ele.
— O demônio também tem seus planos.
"Porque até mesmo o mal tem um nome..."
Um enredo aterrorizante!
Cidade de Aparecida do Norte, 1971
Marta tem quarenta e dois anos e é conhecida como 'a mãe tardia', apelido que ganhou de duas vizinhas mexeriqueiras. Ela é casada com João e tem dois filhos, o mais velho com cinco anos, chamado Roberto. Agora, grávida de seis meses, anseia por uma garotinha.
— É na adversidade que a fé se mostra mais difícil, porém mais eficaz para curar a alma. Milagres são realizados a partir da dor e do sofrimento do espírito, mas ele surge na semente da fé. Você tem que ser a primeira pessoa a acreditar no seu milagre. (Livro: Quando o Mal Tem Um Nome, de Glau Kemp)
(clique na imagem para maior resolução)
Devota de Nossa Senhora de Aparecida, ela se confessa com o padre Jonas, um sacerdote jovem e muito bonito. E ansiosa para saber qual o sexo do bebê, escondida do marido, rouba dinheiro de um tio e segue com João até São Paulo, a fim de fazer uma ultrassonografia.
Por que a santa recusou sua fé? Marta clamou por perdão, implorou por um chamado e discernimento. Chegando o amanhecer, a semente plantada pela cartomante deu um fruto. Marta teve sua fé renovada, desta vez no obscuro. (Livro: Quando o Mal Tem Um Nome, de Glau Kemp)Certa de que terá outro menino, Marta procura ajuda por meios nada viáveis, acabando por participar de um ritual, ficando sob o domínio do mal. Ela consegue ter a sua tão desejada garotinha, a qual dá o nome de Maria Clara. Ao apresentar a filha para o padre, é surpreendida por um pedido, para que batize a criança o quanto antes.
Racionalmente não poderia identificar o odor que as pessoas sentem antes de morrer. Mas alguma coisa dentro de seus ossos dotava do conhecimento, afinal a morte era uma adversária pequena para quem havia se deitado com demônios. (Livro: Quando o Mal Tem Um Nome, de Glau Kemp)Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.
Dividido em duas partes, já na Nota da Autora, afirmo que borrei as calças.
QUANDO O MAL TEM UM NOME é uma história pra lá de aterrorizante, traçada de forma natural e perturbadora. Lendo-o eu imaginei todos os acontecimentos. Trata-se de uma trama assustadora, um enredo para os amantes do gênero sobrenatural/terror, onde o tempero maior é o mal disfarçado de bem. A cada virar de página eu ansiava por mais, além de torcer por Clara, pois a meu ver ela era nada menos que uma vítima — diga-se de passagem — a principal vítima. Algumas cenas são de arrepiar, e apesar de achar o final com um ritmo mais lento, ainda assim mostrou-se excelente, brindado-me com o melhor do terror. SIM, O MAL TEM UM NOME... ELE SE CHAMA DONAVAN. E eu não digo nada mais que isso, você terá de ler o livro pra saber. Se eu gostei?! NÃO, EU NÃO GOSTEI! EU MEGA AMEI!!! E leio até mesmo a lista de compras da autora. o/
O enredo é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está boa, no formato padrão digital; e a capa estampa uma Maria Clara em transe, entre um pentagrama do mal.
Livro: Quando o Mal Tem Um Nome
Autora: Glau Kemp
Gênero: Sobrenatural/Terror
Publicação Independente
Ano: 2017
Páginas: 204
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