Acontece que sozinha ela nada poderia fazer. Sabe como é… quando um não quer, não há santo que faça milagre. Inclusive, desistiu de pedir a eles por mais uma chance. Ah, talvez eles estejam me ignorando porque pisei na bola, ela pensava e dialogava consigo mesma. Aceitou a derrota. Será que houve, de fato, uma derrota?, retórica recorrente em seus monólogos no cantinho preferido da sua casa: seu quarto.
Ela percebeu que não houve uma derrota. Afinal, não se perde aquilo que nunca se teve. Ela amou, se dedicou, sonhou, fez das tripas coração para fazer-lhe bem. Ela foi intensa. Verdadeira. Guerreira; em um mundo onde o descartável é a nova moda dos relacionamentos, quem se atreve a desbravar a última força por um amor — mesmo que unilateral — merece esse reconhecimento. Ela não perdeu; ganhou.
Ela sorri agora com sua própria capacidade de resistir a luta de amar sozinha, pois amar por dois é impossível e, desgastante. Não desistiu do amor, amou-se mais. Percebeu que é melhor alocar suas energias onde há interesse mútuo, do que onde há interesse apartada dela.
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