30 de abr. de 2018

"Curiosidades sobre livros e leitura"

Augusto Cury diz que, “a maior aventura de um ser humano é viajar, e a maior viagem que alguém pode empreender é para dentro de si mesmo. E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro, pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros, mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas e descobrir o que as palavras não disseram…” Confira agora algumas curiosidades sobre livros e leitura.

A maior biblioteca do mundo 
Você sabia que a maior biblioteca do mundo fica na capital dos EUA, Washington D.C.? É a Biblioteca do Congresso e ela conta com mais de 155 milhões de livros, jornais, vídeos, revistas e outros artigos. 

A biblioteca mais bonita 
Eleger uma só biblioteca para esse título não é tarefa fácil. Uma das mais citadas nesse quesito é a Biblioteca do Colégio da Trindade, que fica na Irlanda. Mas ela não é só bonita por fora, por dentro você encontra muito conteúdo com 4,5 milhões de livros, dentre eles o Livro de Kells, um manuscrito feito por monges celtas por volta do ano 800. 

Academia Brasileira de Letras 
Fundada em 20 de julho de 1897 por escritores como Machado de Assis, Lúcio de Mendonça, Inglês de Sousa, Olavo Bilac, Afonso Celso, Graça Aranha, Medeiros e Albuquerque, Joaquim Nabuco, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay e Ruy Barbosa – tem como objetivo o cultivo da língua portuguesa e da literatura brasileira. Tem como grandes curiosidades o fato de ser a primeira academia do mundo a eleger uma mulher para sua presidência, a escritora Nélida Pinõn, em 1995. 

Pioneiro na máquina de escrever 
O primeiro livro feito em uma máquina de escrever é do autor Mark Twain, o “Adventures of Tom Sawyer”. 

Shakespeare roteirista de cinema 
Estima-se que mais de 500 filmes foram feitos a partir das obras de William Shakespeare. 

A autora mais traduzida 
Agatha Christie acumula 6.598 traduções de contos, romances e peças teatrais, de acordo com dados da UNESCO. 

Victor Hugo prolixo 
A frase mais longa impressa em um livro vem da obra “Os Miseráveis”, de Victor Hugo, com 823 palavras. 

Os livros mais vendidos do mundo 
Em primeiro lugar, como livro de ficção, está “Dom Quixote”, de Miguel de Cervantes, em segundo vem “O Conde de Monte Cristo” e, na terceira posição, “Um Conto de Duas Cidades”, de Charles Dickens. 

Alice censurada 
“Alice no País das Maravilhas”, obra de Lewis Carroll, foi proibida de ser vendido na China. A alegação era a de que o livro tinha personagens “animais que falavam”. 

Queime os livros! 
Ainda bem que esse último desejo não foi realizado! Franz Kafka mandou queimar os manuscritos de “O Castelo”, “O Processo” e “Amerika”, pois não queria que eles fossem lançados. 

Página por página 
Na Idade Média muitos livros eram reproduzidos à mão por monges. Eles copiavam página por página, embora muitos fosse analfabetos. 

Feriado nacional 
A Irlanda é o único país a dedicar um dia para um livro. Em 16 de junho ocorre o Bloomsday, em homenagem a Leopold Bloom, protagonista de Ulisses de James Joyce.

[Artigo via]: Blog Poeme-se

29 de abr. de 2018

[Falando em]: Quando o Mal Tem Um Nome — de Glau Kemp

Amante do gênero, assim que vi o e-book gratuito o baixei. Eu já tinha curiosidade de ler esse texto, pois encontrei pareceres positivos sobre ele na rede. Agora convido a todos para conferir a sinopse e o que eu achei de "Quando o Mal Tem Um Nome", obra da autora Glau Kemp, uma publicação independente que acabou de ganhar uma excelente casa editorial, a Galera Record.


Sinopse: “Sinto medo. O tipo de medo que persegue até a presença de outras pessoas. Segue até a luz e entra nas cobertas. Não está debaixo da cama ou dentro armário. Está em minha pele e tem um nome. Não pergunte. Não descubra. Nunca saiba o nome do seu medo, ou irá chamá-lo... Seus lábios podem estar selados, mas sua mente repetirá: Donavan... Donavan... Donavan.” Na Aparecida dos anos 70, uma cidade erguida no centro de um milagre, conhecemos a história de Marta e sua filha Clara. De sua terra cultivada por fé a malignidade cresce no coração de uma mãe devota. As orações que a padroeira não atende são feitas agora para eles: anjos caídos. Ela não deveria saber o nome do demônio que atendeu sua prece, e a abominação despertada é tão grande que todos vão pagar pelo seu pecado. O mal só precisava que alguém o chamasse pelo nome e agora está entre nós. "Faça uma oração antes de dormir e deixe a luz acesa. Se vir a fé em seus olhos, talvez vá embora. Mas ele virá” — Por que um demônio iria querer vir até à casa de Deus, minha jovem? — Por que o senhor iria até a casa do demônio, padre? — Para levar a luz até ele. — O demônio também tem seus planos. 


"Porque até mesmo o mal tem um nome..." 





Um enredo aterrorizante!

Cidade de Aparecida do Norte, 1971

Marta tem quarenta e dois anos e é conhecida como 'a mãe tardia', apelido que ganhou de duas vizinhas mexeriqueiras. Ela é casada com João e tem dois filhos, o mais velho com cinco anos, chamado Roberto. Agora, grávida de seis meses, anseia por uma garotinha.
— É na adversidade que a fé se mostra mais difícil, porém mais eficaz para curar a alma. Milagres são realizados a partir da dor e do sofrimento do espírito, mas ele surge na semente da fé. Você tem que ser a primeira pessoa a acreditar no seu milagre. (Livro: Quando o Mal Tem Um Nome, de Glau Kemp)
(clique na imagem para maior resolução)

Devota de Nossa Senhora de Aparecida, ela se confessa com o padre Jonas, um sacerdote jovem e muito bonito. E ansiosa para saber qual o sexo do bebê, escondida do marido, rouba dinheiro de um tio e segue com João até São Paulo, a fim de fazer uma ultrassonografia. 
Por que a santa recusou sua fé? Marta clamou por perdão, implorou por um chamado e discernimento. Chegando o amanhecer, a semente plantada pela cartomante deu um fruto. Marta teve sua fé renovada, desta vez no obscuro. (Livro: Quando o Mal Tem Um Nome, de Glau Kemp)
Certa de que terá outro menino, Marta procura ajuda por meios nada viáveis, acabando por participar de um ritual, ficando sob o domínio do mal. Ela consegue ter a sua tão desejada garotinha, a qual dá o nome de Maria Clara. Ao apresentar a filha para o padre, é surpreendida por um pedido, para que batize a criança o quanto antes.
Racionalmente não poderia identificar o odor que as pessoas sentem antes de morrer. Mas alguma coisa dentro de seus ossos dotava do conhecimento, afinal a morte era uma adversária pequena para quem havia se deitado com demônios. (Livro: Quando o Mal Tem Um Nome, de Glau Kemp)
Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.

Dividido em duas partes, já na Nota da Autora, afirmo que borrei as calças.

QUANDO O MAL TEM UM NOME é uma história pra lá de aterrorizante, traçada de forma natural e perturbadora. Lendo-o eu imaginei todos os acontecimentos. Trata-se de uma trama assustadora, um enredo para os amantes do gênero sobrenatural/terror, onde o tempero maior é o mal disfarçado de bem. A cada virar de página eu ansiava por mais, além de torcer por Clara, pois a meu ver ela era nada menos que uma vítima — diga-se de passagem — a principal vítima. Algumas cenas são de arrepiar, e apesar de achar o final com um ritmo mais lento, ainda assim mostrou-se excelente, brindado-me com o melhor do terror. SIM, O MAL TEM UM NOME... ELE SE CHAMA DONAVAN. E eu não digo nada mais que isso, você terá de ler o livro pra saber. Se eu gostei?! NÃO, EU NÃO GOSTEI! EU MEGA AMEI!!! E leio até mesmo a lista de compras da autora. o/

O enredo é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está boa, no formato padrão digital; e a capa estampa uma Maria Clara em transe, entre um pentagrama do mal.


Livro: Quando o Mal Tem Um Nome
Autora: Glau Kemp
Gênero: Sobrenatural/Terror
Publicação Independente
Ano: 2017
Páginas: 204

27 de abr. de 2018

"Às vezes, por aqui..."

 
Às vezes, por aqui, me deparo com paixões do passado, o que me faz querer voltar no tempo. É tão estranho e acolhedor. Gostaria de ter a chance de escolher novamente. Talvez desse certo, talvez não. Ahhh, como amadurecemos com o tempo: aquela declaração deixada de lado; aquele ciúmes em excesso; aquela vida; aquele momento. Contudo, tão certo quanto o meu agir é a esperança de fazer o coração palpitar novamente.

[Texto de]: Simone Pesci 

"Quando a gente canta..."

A gente canta.
A gente dança.
A gente descansa.

Difícil mesmo é cansar de cantar a vida e viver descansando numa rede inventada. E digo isso por experiência, pois a minha rede está cansada: não de acolher a música, mas sim de não encontrar o ritmo.

É ordinário tomar as dores do mundo e, com isso, deixar de cantar. O mundo nem sempre é uma orquestra sinfônica, por isso devemos ter em mente o que cantar, e mesmo que seja uma junção de letra e ritmo desarmonioso, há de se cantar sem se cansar. 

Chega a ser estanho, pois até mesmo o que meus ouvidos não ouvem o coração sente.

Sente música.
Sente ritmo.
Sente desarmonia.

E mesmo vivendo nessa partitura desarmoniosa, ainda procuro pelo ritmo perfeito. 

Quem canta seus males espanta?!
Ah, não mesmo!
Quem canta deixa o ritmo levar.
E sequer pensa em deixar de cantar.

[Texto de]: Simone Pesci

26 de abr. de 2018

[Falando em]: O Remédio Maravilhoso de Jorge — de Roald Dahl

Eis mais um achado esquecido por minha sobrinha e que eu, sem pestanejar, apossei-me. o/ Para quem não sabe Roald Dahl é autor dos clássicos "A Fantástica Fábrica de Chocolate" e "O Bom Gigante Amigo" (para conferir as resenhas, clique AQUI e AQUI). Agora convido a todos para conferir a sinopse e o que eu achei de "O Remédio Maravilhoso de Jorge", uma publicação da Editora 34.


Sinopse: O que fazer para curar uma velha de todo seu mau-humor, sua rabugice e seu egoísmo? Ainda mais se essa bruxa horrorosa for sua própria avó? Era nisso que Jorge estava pensando quando resolveu misturar todos os ingredientes que foi encontrado em sua casa na fazenda  no armário do banheiro, na cozinha, na oficina, entre o material de limpeza e os produtos veterinários  para criar um terrível Remédio Maravilhoso. Então, foi só dar uma colherinha desse Remédio para aquela velhota que vivia atormentando sua vida... Mas ninguém imaginou o que iria acontecer depois.


"Porque nem todo remédio cura..." 





Uma historieta nada encantada!

Em uma manhã de sábado, a mãe de Jorge sai para fazer algumas compras na aldeia, deixando avisado para que o filho não se esqueça de dar o remédio de sua avó.
A Vovó, que estava cochilando em uma cadeira perto da janela, abriu um olhinho malvado e disse: — Você ouviu o que sua mãe falou, Jorge. Não esqueça do meu remédio. (Livro: O Remédio Maravilhoso de Jorge, Pág. 11)
(clique na imagem para maior resolução)

Vivendo em uma fazenda, sem irmãos, Jorge tem como companhia os porcos, as galinhas, as vacas e os carneiros. Contudo, ele estava entediado daquela vida, sem outras crianças para brincar e tendo uma avó malvada.
Jorge não tinha nenhuma dúvida sobre como fazer o seu poderoso remédio. Não ia perder tempo imaginando se ia colocar uma pitadinha disto ou uma pitadinha daquilo. Ele ia simplesmente jogar dentro da mistura TUDO que pudesse achar. Nada de escolher, nada de hesitar, nada de pensar se determinada coisa ia ou não derrubar a velha. A regra seria essa: tudo que ele visse, desde que fosse líquido, cremoso ou em pó, iria para dentro. (Livro: O Remédio Maravilhoso de Jorge, Pág. 28) 
O garoto de oito anos é atormentado pela avó, que o provoca e o assusta de todas as maneiras. Desta forma, ele se embrenha em fazer um novo remédio; um remédio que a curasse do seu péssimo humor.
 Lá vamos nós!  Jorge gritou.  Engula de uma vez!  Enfiou a colher lá dentro e derramou a mistura garganta abaixo. Aí deu um passo para trás e ficou esperando para ver o resultado. (Livro: O Remédio Maravilhoso de Jorge, Pág. 52)
(clique na imagem para maior resolução)

Diferente das duas outras obras do autor mencionadas na postagem, fiquei estarrecida, de forma negativa.

O REMÉDIO MARAVILHOSO DE JORGE não tem nada de maravilhoso, principalmente se tratando de uma obra infanto-juvenil. A ideia da trama é bem legal, mas o conteúdo (em totalidade), me espantou. Eu fui conduzida à uma história que tinha tudo para ser positiva, porém teve como base a ganância e a vingança, sem dizer as palavras adornadas em ódio. Para piorar, o pai é mais ganancioso e vingativo e a mãe é uma sonsa, que não se importa com a maneira horrível que o filho conduz seus problemas. Por este motivo, mesmo tratando-se de ficção, fiquei preocupada com a mensagem que a história passa. Pois então, Roald Dahl, dessa vez não deu! E eu, certamente, não indico esse conto, muito menos para crianças.

O enredo é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está excelente, com fontes em tamanho maior, o que facilitou a leitura, adornada em papel off-set (o branquinho), levando consigo algumas ilustrações; e a capa estampa o garotinho Jorge em seu plano de vingança.


Livro: O Remédio Maravilhoso de Jorge
Autor: Roald Dahl
Gênero: Infanto-Juvenil
Editora: 34
Ano: 2000
Páginas: 128

"Narciso, a paixão por si mesmo"

Narciso, um jovem de extrema beleza, era filho do deus-rio Cephissus e da ninfa Liríope. No entanto, apesar de atrair e despertar cobiça nas ninfas e donzelas, ele preferia viver só, pois não havia encontrado ninguém que julgasse merecer seu amor. E foi o seu desprezo pelos outros que o derrotou.

Quando Narciso nasceu, sua mãe consultou o adivinho Tirésias, e lhe pediu para que seu filho vivesse muitos anos, desde que nunca conhecesse a si mesmo. Narciso cresceu tornando-se cada vez mais belo e todas as moças e ninfas queriam seu amor, mas ele desprezava a todas. 

Certo dia, enquanto Narciso descansava sob as sombras do bosque, a ninfa Eco se apaixonou por ele. Porém, tendo-a rejeitado, as ninfas jogaram-lhe uma maldição:  Que Narciso ame com a mesma intensidade, sem poder possuir a pessoa amada. Nêmesis, a divindade punidora, escutou e atendeu ao pedido. 

Naquela região havia uma fonte límpida de águas cristalinas da qual ninguém havia se aproximado. Ao se inclinar para beber água da fonte, Narciso viu sua própria imagem refletida e encantou-se com sua visão. Fascinado, ele ficou a contemplar o lindo rosto, com aqueles belos olhos e a beleza dos lábios, apaixonou-se pela imagem sem saber que era a sua própria imagem refletida no espelho das águas. Por várias vezes ele tentou alcançar aquela imagem dentro d'água, mas inutilmente; não conseguia reter com um abraço aquele ser encantador. Esgotado, ele deitou na relva e, aos poucos, seu corpo foi desaparecendo. No seu lugar surgiu uma flor amarela com pétalas brancas no centro, que passou a se chamar Narciso. 

Na cultura grega e em muitas outras, tudo o que excedia e estivesse acima dos limites e da medida (métron) acabava se transformando em algo assustador, porque poderia levar à hybris, que é descomedimento e desequilíbrio. O excesso de beleza não era bem aceito, pois somente aos deuses era permitido o exagero, e a excessiva beleza de Narciso desafiava a supremacia dos deuses. 

O mito de narciso parece uma triste história infantil para ensinar as crianças a não serem egoístas, que pensem nos outros, que não sejam presunçosas, porém encerra uma verdade profunda e atual. Os mitos não são tolos, e por mais que tentássemos dizer que sabemos a moral da história, o mito de Narciso está presente em todos nós. 

Narciso foi transformado numa flor e a ela são creditadas propriedades entorpecentes devido a substâncias químicas que exalam. Os Narcisos plantados nos túmulos simbolizavam a morte apenas como um sono, que floresceria na primavera. O narcisismo, que tem o seu nome derivado de Narciso, ambos derivam da palavra grega narke, entorpecido, de onde também vem a palavra narcótico. Assim, para os gregos, Narciso simbolizava a vaidade e a insensibilidade, pois Narciso era emocionalmente entorpecido às solicitações daqueles que se apaixonaram por sua beleza. 

O mito de Narciso leva ao tema da transitoriedade da beleza e dos laços que unem o narcisismo à inveja e à morte. O dilema do narcisismo é resumido naquele que está condenado a permanecer prisioneiro do mundo das sombras, do seu amor por si mesmo ou libertar-se através do autoconhecimento e da capacidade de conhecer os outros, mas o preço é a morte simbólica do ego, para que possa nascer novamente para um novo Eu superior, profundo e sagrado, que em si oculta. 

[Texto completo via]: Eventos Mitologia Grega

24 de abr. de 2018

“Não me pergunte as razões, mas preciso chorar”

Não me pergunte as razões, mas preciso chorar. Isso não é coisa de um coração magoado ou dor de algum amor inacabado. Não, não é! 

É explosão dos guardados. Excesso de opção. É pó acumulado onde não deveria mais estar. Preciso chorar, isso é fato! Desenterrar algumas verdades. Semear alguma metáfora sobre ser gente sensível e repetir com as infalíveis lágrimas a limpeza da alma. 

Preciso chorar com a mesma força com que os colibris sugam as flores. Desmanchar todos os precipícios e aumentar a possibilidade de envelhecer por entre os olhos. Preciso chorar nem que seja um choro de paz, dando dicas de que ou virá primavera por aí, ou o outono aumentará sua força derrubando as folhas que ainda sobraram de minha sombra. 

Preciso chorar sem fazer nenhum barulho. Sem discurso explicativo e improvisado. Preciso desse mau costume. 

Milhares de vezes, preciso chorar. Ser silêncio engasgado. Palavra não dita. Seria até muito árduo explicar e eu não convenceria a humanidade, mas se consola saber, preciso chorar para aliviar, corrigir, respirar. 

Sem nenhum pesadelo que me inocente do ato, sem arrumar desculpas e sem sofrer de dúvidas; preciso chorar. Recolher as histórias indecentes, os pensamentos impróprios, a preguiça social e continuar com o incerto com a coragem apenas para chorar. 

Chorar uma inundação e sequer ficar marcas do vendaval. Nos próximos dias, sem muitas reações, sem abandono da vida, preciso chorar. Mastigar as lágrimas e soprar para o vento os últimos respingos. Esperar o choro tal como se espera uma ressaca de um porre e sobreviver sem nenhum efeito colateral. 

Feito terra fértil, preciso verter o choro e deixá-lo se desfazer devagar. Sem essa de pressa, preciso chorar lentamente. Devastar as flores mortas. 

Preciso chorar e ficar cinza. Me apossar dessa perturbável vontade que hoje é um luxo até que a missão do choro esteja cumprida e definitivamente traga uma satisfação intima. 

Desde já, eu me autorizo a chorar. 

[Texto de]: Ita Portugal

22 de abr. de 2018

[Falando em]: HIV, O PRECONCEITO QUE MATA — de Clério Júnior

Eu baixei esse e-book gratuitamente e já ciente que a obra é baseada em fatos reais, o que de fato me instigou, o li. Confira agora a sinopse e o que eu achei de "HIV, O Preconceito Que Mata", obra do autor Clério Júnior, uma publicação independente.


Sinopse: Michael é um jovem de apenas 23 anos e só pensa em curtir a vida. Morando sozinho em uma área nobre de Minas Gerais conheceu o lado difícil da vida. Michael trabalhava e sempre dava o melhor de si, até que um dia o desemprego bateu em sua porta e ele vendeu o próprio corpo para sobreviver. Conhecido nas redes sociais do mundo LGBT, Michael começou a fazer diversos programas em um mesmo dia. Ele não acreditava que o pior estava para acontecer com ele. Em um dos programas ele fez bareback e acabou adquirindo o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Várias doenças começaram a aparecer e ele entrou em desespero sem saber o que tinha de errado. Ele nem desconfiava, mas, quando descobriu, tudo em sua vida mudou, e dessa vez, para pior. Uma história baseada em fatos reais. 


"Porque o que mata é o preconceito..." 

Um relato reflexivo! 

Aos dezenove anos Michael conheceu a ex namorada, e por dois meses eles moraram juntos. Contudo, num dia qualquer, ao voltar do serviço, a flagrou com outro homem na cama. Sua decepção e tristeza foi tamanha, jogando-o num abismo e conduzindo-o numa profunda obscuridade.
Com o tempo, cheguei a fazer programas homossexuais, novinhos, jovens e coroas, meu book encheu de contatos. Vendia o meu corpo de dia e de noite, e também fazia de graça. Me enfiei em um mundo onde a prostituição, o dinheiro, o prazer, e a abstinência falavam mais alto, um mundo podre e asqueroso, não pelas pessoas, mas sim pelos atos que se passavam ali. (Livro: HIV, O Preconceito Que Mata  de Clério Júnior)
(clique na imagem para maior resolução

Michael acaba por contrair o vírus HIV, e sem contar sobre a sua doença para a família, inicia um tratamento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde acaba conhecendo Jorge, que é um dos enfermeiros e que, de certa forma, o apoia nessa difícil jornada. Michael, por sua vez, acaba o enxergando com outros olhos. 
Palavras de encorajamento, força, um sentimento motivacional, era o que Jorge me passava diariamente. Mas eu não passava de um cara com HIV, ele nunca teria olhos para um doente. (Livro: HIV, O Preconceito Que Mata  de Clério Júnior)
O tempo passa e com ele Michael conta sobre sua doença para família. Ao contrário do que ele pensava, acaba por ter a compreensão e apoio de todos.
Meu desejo é que eu fosse um dos afortunados que não têm quaisquer efeitos colaterais; mas o que não nos mata, nos fortalece. Para quem está tendo problemas com os remédios eu digo que você pense que esta é uma luta íntima! Não desista. Não cedas. (Livro: HIV, O Preconceito Que Mata  de Clério Júnior)
Apesar do apoio recebido, Michael oscila entre o sol e a chuva.

Escrito como um diário datado entre 2015 e 2019, fui conduzida a uma triste realidade. Não se trata de ficção, mas sim da história de vida do autor.

HIV, O PRECONCEITO QUE MATA é um relato pungente. Eu já passei por algo parecido (anos atrás), quando tive câncer. Muitas vezes demonstrava uma alegria e ausência de dor, apenas para amenizar os corações de quem estava ao meu lado e que amo. Talvez seja por isso que consegui sentir com grandiosidade o desabafo do autor, onde a adaptação tem de vir dos dois lados, ou seja, do enfermo e de quem está de fora. Desejo ao autor muita serenidade e sabedoria nessa luta constante, e que a felicidade esteja sempre presente.

O texto é narrado em primeira pessoa, com narrativa de fácil compreensão; a diagramação está boa, no formato padrão digital; e a capa estampa nada menos que parte da história do autor. 


Livro: HIV, O Preconceito Que Mata
Autor: Clério Júnior
Autor: Drama/Biográfico
Publicação Independente
Ano: 2018
Páginas: 134

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20 de abr. de 2018

[Falando em]: Música em Contos

Hoje apresento-lhes "Músicas em Contos, Livro 1", uma antologia com contos inspirados em letras de canções (algo que amo muito), e que fui convidada a prefaciar. A organizadora dessa antologia é a amiga e autora portuguesa, Susana Silva. A obra conta com alguns nomes já conhecidos, porém ainda não tem sinopse. Segue abaixo quotes de três contos e, claro, o prefácio feito de coração. O livro entrará para diagramação e, logo menos, será vendido em formato digital. Vem junto conferir! o/




♪♫ Inspirado na canção Good as is was to you, de Lorrie Morgan ♪♫
Pousou-a com cuidado na cama de água redonda, olhou para ela como se tivesse a decorar as suas partes do corpo e depois percorreu-lhe a pele com beijos. Enquanto o fazia, Mariana só conseguiu dizer duas palavras: - Promessas! Promessas! (Conto: Uma Nova Vida, de Susana Silva)

♪♫ Inspirado na canção Nothing Else Matters, do Metallica ♪♫
Quando os raios do sol surgem, eu não quero acordar. Quero permanecer parada ali, fingindo que nada está acontecendo. Como a antiga brincadeira que fazia quando criança, na qual eu fantasiava ser qualquer pessoa, ou qualquer coisa. Até que um dia, meu pai disse que não havia algo melhor do que ser eu mesma. E que nada poderia importar mais do que isso. (Conto: Nada Mais Importa, de Karolyn F. C. Souza)

♪♫ Inspirado na canção The First Day Of My Life, de Melanie C ♪♫
Ela abriu a porta e sentiu a chuva que começava a cair. Olhou para o céu e o enxergou encoberto de nuvens. Percebeu que o sol, timidamente, se escondia. Pulou as poças de água e viu seu reflexo em uma delas,enxergando o sorriso que há tempos ficara perdido. (Conto: Meu Recomeço, de Geana Krause)

Amante de literatura e música, senti-me honrada e exultante ao ser convidada para prefaciar essa antologia. Transformar letras de canções em contos é nada menos que uma junção perfeita de talento e dom. Como disse uma vez Florbela Espanca: “Há uma primavera em cada vida, é preciso cantá-la, assim florida”

MÚSICA EM CONTOS é um farfalhar de sentimentos adversos; um conglomerado de textos que salpicam essência, cada qual com sua particularidade e encanto. Trata-se de uma anedota de sabores e dissabores  e, desta forma, entre teor e paladar, o leitor é presenteado com uma linda antologia. Se possível, antes de iniciar a leitura de cada conto, confira a canção e sua letra, a fim de sentir com grandiosidade os textos. Bem-vindos ao universo da vívida partitura!!!



[Antologia]: Música em Contos
Organizadora: Susana Silva
Gênero: Contos/Música
Publicação Independente / Via Amazon
Ano: 2018

19 de abr. de 2018

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O intuito desta postagem é apresentar os meus três trabalho já publicados. Dois deles — DEZESSEIS - A ESTRADA DA MORTE e CONTANDO A CANÇÃO — estão à venda em formato digital (para adquiri-los, clique AQUI). Já ENTRE O CÉU E O INFERNO está sendo repaginado e retornará logo menos (também em formato digital), com nova revisão e linda diagramação. Saiba mais sobre as obras dando play nos vídeos e, claro, ligando a caixinha de som ou colocando o fone de ouvido. Bem-vindos! 🌷🌷🌷




[Serviços editoriais]: Capas para e-book

Olá, lovers!
🎯🎯🎯 Eu brinco de fazer capa para e-book, por isso deixo alguns modelos editados. Se alguém tiver interesse $$$, por favor, envie um e-mail com o número da capa para: simoniass@hotmail.com

                                       CAPA 1                                                          CAPA 2


                                       CAPA 3                                                           CAPA 4
 


  CAPA 5                                                       CAPA 6
 


CAPA 7




16 de abr. de 2018

Sobre a segunda-feira...

 

Toda segunda tem alguém que parou de beber, tem alguém que parou de fumar, tem alguém começando uma dieta. Toda segunda, em um prato, em uma cozinha, tem um resto de bolo de chocolate (…) Toda segunda é meio lembrança, meio começo, meio cansaço, meio maçante, meio preguiça, meio esperança. Toda segunda tem alguma coisa ruim, alguma coisa boa, e uma péssima fama. 

[Texto de]: Adriana Falcão

[Falando em]: Tempo de (Im) Perfeição — de Lilian Vaccaro

Eu baixei esse e-book gratuitamente. Trata-se do primogênito literário de Lilian Vaccaro. Agora convido a todos para conferir a sinopse e o que achei de "Tempo de (Im) Perfeição", uma publicação da editora Coerência


Sinopse: Seria muito simples, narrar pra vocês os períodos de primavera, em que sorri, ou corri atrás das borboletas. Seria muito simples, falar que o encanto da vida, se resume apenas em fases felizes. Não são assim os contos de fadas? Eu bem sei disso, afinal, antes de ser uma mulher, sempre fui uma menina. Com sonhos, dentre tantas as outras, e com um punhado de ideologias como ser a garota perfeita. Logo chegaria a famosa fase das paqueras, o primeiro beijo, o casamento. AI MEU DEUS! E se eu não estivesse preparada? E se… a menina que existia dentro de mim, não estivesse pronta pra crescer? Milhões de dúvidas, muitos caminhos a serem seguidos, e a grande expectativa. Eu vou conseguir (sobre)viver com todos esses anseios? Depois de todos esses anos, eu resolvi contar a todos o que eu sei. O que eu vivi na pele, e todos os caminhos que ultrapassei para ser quem hoje, eu sou. Embora espero que esteja ciente que este livro não é uma obra baseada em fatos reais. É mais que isso. Este livro é a minha vida. Ou chame-o de uma bela jornada do casulo, ao primeiro voo da borboleta. Talvez você se encontre nele. Talvez chore com ele. Talvez esteja ainda vivendo o tempo do casulo. Mas quero trazer uma simples e breve mensagem a você; NÃO DESISTA DE VOAR… A VISTA É LINDA! Vamos voar?


"Porque a lagarta tornou-se borboleta..."




Uma grata surpresa!

Lilian é uma garota de quinze anos, que vez ou outra é mencionada nos comentários ardilosos de dona Lorena, mãe de Flávia, sua melhor amiga. E é nessa fase que se inicia a sua desconstrução, fazendo com que ela desbrave horizontes, cursando o magistério e se apaixonando por Robson. 
Enquanto eu estava perdidamente apaixonada por Robson, ele, aos poucos, foi se apaixonando por outra. E assim o menino roqueiro, fanático por Guns N’ Roses e Metallica, foi arrancado dos meus braços e da minha vida, optando por ela ao invés de mim. (Livro: Tempo de 'Im'perfeição, de Lilian Vaccaro)
(clique na imagem para maior resolução)

A nova paixão de Robson passou a ser a cocaína, conduzindo-o a uma estrada sem volta. Nesse ínterim, Lilian renasce em uma nova jovem.  
O que eu não sabia era que a vida iria me ensinar, em cores diferentes, o que de fato é magia. A jovem Lilian aprenderia mais tarde uma lição valiosa: por mais que tenhamos os nossos sonhos, é o destino que determina o futuro. (Livro: Tempo de 'Im'perfeição, de Lilian Vaccaro) 
Em meio a contratempos, Lilian conhece e começa a se envolver com Walter, ex flerte da amiga Flávia, o que faz com que a amizade acabe. Agora, em uma nova vida, ela se torna uma nova mulher.
Trabalhar, trabalhar, trabalhar. O gatilho perfeito para se manter alheio a qualquer problema e mancha negra que aparece no tapete da vida. O fim da comilança, o fim dos pensamentos ruis, o fim de todo lamento. Trabalhar não para viver, mas sim para sobreviver em um tempo de imperfeição. (Livro: Tempo de 'Im'perfeição, de Lilian Vaccaro) 
Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.

Eu adoro me surpreender com um texto, independente do grau de intensidade que ele me desperte. Essa leitura, de fato, me envolveu.

TEMPO DE (IM)PERFEIÇÃO é um diário pessoal, onde a autora apresenta fatos de sua vida. Escrito de forma singela, entre presente e passado, fui conduzida ao cotidiano da autora. Confesso que me identifiquei com muitos sentimentos que ela descreveu e, de certa forma, curti a positividade e as lições que ela apresenta em algumas situações. Por fim, para quem curte um texto acolhedor, eis essa boa pedida.

O enredo é narrado em primeira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está boa, no padrão digital; e a capa é perfeita, mostrando o antes e o depois de uma lagarta que transformara-se em borboleta.


[Livro]: Tempo de (Im) Perfeição
Autora: Lilian Vaccaro
Gênero: Biografia
Editora: Coerência
Ano: 2018
Páginas: 250

15 de abr. de 2018

"Zeus e a Cabra"

Zeus é o filho caçula de Crono, o deus do tempo, e de Reia. Mas nenhum de seus irmãos estava presente quando ele nasceu, pois não tinham visto a luz do Sol por muito tempo. 

Crono soube por um oráculo que um de seus filhos tomaria seu lugar no trono. O oráculo é uma previsão do futuro que nunca falha, porque é feita por um deus. Mesmo assim, o pai tentou evitar que a profecia se cumprisse. Para isso devorava cada criança que nascia, uma a uma. 

Reia não podia mais suportar ver seus filhos tratados desse jeito. Então, quando Zeus nasceu, deu ao marido uma pedra, enrolada em um pano, para que ele a engolisse, e escondeu o bebê no fundo de uma caverna, na ilha de Creta, longe dos olhos de todos. 

Lá, a criança cresceu sob os cuidados das Ninfas, divindades que protegem e representam a natureza. Como todo menino, Zeus adorava brincar. Adrasteia, uma de suas mães de criação, fez para ele uma bola especial: quando projetada no ar, ela deixava atrás de si um rastro azulado. 

Era esse o seu brinquedo favorito. Mais tarde, quando adulto, sua diversão era atirar raios em direção à Terra durante as tempestades. Também eles riscavam o céu de azul. 

A criança Zeus era alimentada por abelhas, que produziam mel só para ele, e por uma cabra, Almateia, que lhe dava de mamar. O menino apegou-se ao animal e eles se tornaram inseparáveis. Quando ela morreu, Zeus fez de seu couro um escudo, com o qual enfrentou seu pai e libertou seus irmãos. Foi assim: Zeus fez com que Crono tomasse uma poção e cuspisse os filhos, um por um. Eles estavam todo o tempo vivos, dentro do estômago do pai. Já do lado de fora, ajudaram o irmão caçula a tomar o poder e a vigiar Crono, para que não voltasse a ameaçá-los. Como se vê, Crono era esperto, mas Zeus era mais. 

Bem que se diz que filho de peixe peixinho é! 

[Texto de]: Adriane Duarte

10 de abr. de 2018

"Síndrome da Desilusão Ortográfica Amorosa"


Não é que seu cabelo não seja no corte que eu sonhei. Nem foi sua regata que me afastou. Não foram seus amigos, seu jeito, a ligação que você demorou tempo demais a fazer. Relevei tudo isso porque você me tinha tão na mão. Eu estava pronta para tudo com você  menos para o seu “ancioso”. 

Foi aí que veio o Facebook. E eram tantos erros que eu fechei sua página antes mesmo de ler toda a sua timeline. Veja bem, eu encararia numa boa seu celular desligado, suas ex-namoradas no seu pé e até sua dificuldade em ser fiel. A gente superaria isso junto. Mas não deu para encarar o “concerto do seu computador”, o “encômodo” que você causava, muito menos a “conhecidência de termos nos conhecido”. Nunca mais queria uma coincidência dessas na minha vida. 

Não lhe pedi muito. Não queria declarações com ênclises, mesóclises e próclises nos lugares certos. Não lhe pedi que usasse o pronome correto, respeitasse a concordância nominal, nem sequer que realizasse bom uso da crase. Tudo isso eu perdoava, que seria de nós se nos prendêssemos às regras intermináveis do português? Mas você me apareceu com um “vossê” e meu coração parou. E não de um jeito bom. 

Entenda, não foi seu gosto musical. Não foram as baladas que você frequentava, seu jeito de me abraçar e seus sumiços. Não foi beijo insosso nem foi falta de química. É, não foi, com certeza, falta de química ou física. Foi a falta do português. Da próxima vez, meu bem, conquiste-me com um dicionário. Porque, em todos os sentidos, uma língua bem usada é afrodisíaca. 

[Texto de]: Karine Rosa

8 de abr. de 2018

[Falando em]: Outlander, A Viajante do Tempo — de Diana Gabaldon

Apaixonada e fã incondicional da série (SIM, EU ASSISTI A SÉRIE ANTES DE LER O LIVRO), me senti maravilhada em ter essa lindeza em mãos. 💘💘💘 Eu recebi o livro em parceria com a editora Arqueiro, para resenhar no blog "Uma leitura a mais" e, claro, aqui também. Confira a sinopse, trailer legendado da primeira temporada da série, além do que achei de "Outlander, A Viajante do Tempo", obra da escritora Diana Gabaldon. Vem junto! o/


Sinopse: Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros. Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro das Terras Altas, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo pelo escocês. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?





"Porque se queres prever o futuro, estuda o passado..." 


Uma trama apaixonante! 💘💘💘

Durante um longo tempo, Claire e Frank Randall ficaram separados: ela atendendo aos feridos e ele como combatente da Segunda Guerra Mundial. Ao término da guerra, o casal decide viajar em uma segunda lua de mel para Inverss (na Escócia), tendo as Ilhas Britânicas e suas lendas como companhia. Frank é um historiador e professor, o que faz com que ele e a esposa bisbilhotem um suposto ritual de bruxas. No dia seguinte, Claire resolve visitar tal círculo de pedras sozinha, e como mágica é transportada para 1743.
Parecia inconcebível, mas todas as evidências indicavam que eu estava em algum lugar onde os costumes e a política do final do século XVIII ainda vigoravam. Eu teria imaginado que tudo não passava de algum tipo de espetáculo à fantasia, se não fosse pelos ferimentos do jovem a quem chamavam de Jamie. (Livro: Outlander - A Viajante do Tempo, Pág.69)

(clique na imagem para maior resolução)

Claire se vê dois séculos antes, dando de cara com Black Jack Randall (antepassado do seu marido), igualmente em aparência, porém um terrível oficial da cavalaria inglesa. Ela é socorrida por um dos membros do clã Mackenzie, e acaba por ajudar nos ferimentos de Jamie, um jovem e ousado escocês. Ainda perdida, tentando entender o que está acontecendo, é levada ao Castelo Leoch, sendo apresentada a todos e servindo aos enfermos. Ela é questionada sobre sua origem e para não ser capturada por Black Jack, a fim de tornar-se legalmente escocesa, casa-se com Jamie.
 Eu a aceito, Claire, como minha esposa...  Sua voz não tremia, mas sua mão sim. Segurei seus dedos com mais força. Nossos dedos rígidos apertavam-se como tábuas num torno de bancada.  ... amar, honrar e proteger... nos bons e nos maus momentos...  As palavras vinham de longe. O sangue esvaía-se da minha cabeça. O corpete com barbatanas era infernalmente justo e, embora eu sentisse frio, o suor escorria pelo meu corpo por baixo do cetim. Esperava não desmaiar. (Livro: Outlander - A Viajante do Tempo, Pág.237)                                      
(clique na imagem para maior resolução)

Claire e Jamie passam a enfrentar muitos obstáculos entre reinos e clãs, e mesmo envolvidos em tantos percalços, ficam mais íntimos e se apaixonam. A paixão acaba por se tornar amor, tornando o sentimento vigente o obstáculo maior, pois Jamie está sendo caçado pelo reino inglês, enquanto Claire é acusada de bruxaria. 
 Tudo que já lhe disse a meu respeito é verdade  disse, assentindo loucamente como se quisesse me acalmar.  Tudo. Eu não tenho família, não tenho ninguém, não tenho nenhuma história, porque eu ainda não aconteci. Sabe quando eu nasci?  perguntei, erguendo os olhos. Sabia que os meus cabelos estavam desgrenhados e meus olhos estatelados, mas não me importava.  No dia 20 de outubro, do ano da Graça de 1918. Você me ouviu?  insisti, porque ele piscava para mim, paralisado, como se não prestasse atenção a nenhuma palavra do que eu dizia.  Eu disse mil novecentos e dezoito! Quase daqui a duzentos anos! Está me ouvindo? (Livro: Outlander - A Viajante do Tempo, Pág.486)   
Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.

Dividido em sete partes (com 752 páginas), EU ME APAIXONEI MAIS POR ESSA SÉRIE. Adianto que a adaptação teve algumas alterações, nada que tenha alterado a trama. Pelo contrário, apenas acrescentou, tornando o conteúdo mais espetacular.   

OUTLANDER, A VIAJANTE DO TEMPO é um lindo romance. Trata-se de uma história intercalada entre presente e passado, sussurrando uma anedota do que há de acontecer no futuro. Entre guerras, lutas de clãs, amores e desafetos, eu me senti íntima dos personagens, cada qual com sua particularidade. O que eu falei até agora é pouco: a trama é adornada com um enredo excelentemente construído, com personagens e situações que grudaram na minha pele. E mesmo que eu tenha assistido a adaptação antes, nada alterou, pois o amor que sinto pela história expandiu-se. Jamie e Claire tornaram-se mais especiais, assim como alguns personagens secundários. Não há mais o que dizer, a não ser reiterar para você, amante de um magnífico romance com alta dosagem de risadas, ESSA SENSACIONAL PEDIDA. Se eu gostei?! NÃO, EU NÃO GOSTEI! EU HIPER, ULTRA, MAX AMEI!!! 💘💘💘 E leio até mesmo a lista de compras da Diana Gabaldon. o/

O enredo é narrado em primeira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação é simples, com fontes e espaçamentos em bom tamanho, adornada em papel off-white (o amarelinho mais claro); e a capa é belíssima, estampando Claire e Jamie num momento importante da história. 


Livro: OUTLANDER, A VIAJANTE DO TEMPO (Livro 1)
Autora: Diana Gabaldon
Gênero: Romance de época/Fantasia
Editora: Arqueiro
Ano: 2018
Páginas: 752

[Curta-metragem]: Pais e Filhos

Dias atrás assisti um curta-metragem inspirado na canção "Pais e Filhos", da saudosa banda brasileira "Legião Urbana". Esse curta foi filmado em Los Angeles, com apenas dezesseis minutos, e teve estreia no Brasil em 2013. Ele custou por volta de 30 mil dólares, e de forma melancólica e um tanto real, dá existência a essa letra dilacerante e maravilhosa. PARENTS é o seu título original, escrito e dirigido por Thales Corrêa, premiado no "Santa Monica College Film Festival", além de exibido no "Festival de Cannes 2013". Assista o vídeo que editei com trechos do curta e a canção. 💘💘💘


P.S.: Vídeo editado por Simone Pesci

4 de abr. de 2018

[Lidos]: Março de 2018

Olá, lovers!
Como foram de leituras?! Bom, eu li dois livros e dois contos, cada qual ganhou um lugar especial do lado esquerdo do peito. 💘💘💘 Agora convido a todos para conferir as minhas leituras de Março. Vem junto! \o/\o/\o/



[Clique no título abaixo para conferir a resenha]:

[Tradução]: Verse Chorus Verse

Como fã incondicional, ao escutar essa canção, decidi editar um vídeo com sua tradução. Agora convido a todos para conferir a tradução de "Verse Chorus Verse", da minha saudosa e mais que amada banda NIRVANA. Vem junto! 💘💘💘


P.S.: Vídeo editado por Simone Pesci

[Falando em]: TABULA RASA — Série da Netflix

EIS MAIS UMA SENSACIONAL SURPRESA VIA STREAMING!!! Essa novidade grudou na minha pele e ganhou meu coração. 💘💘💘 Trata-se de uma trama investigativa, tendo como pano de fundo uma memória em frangalhos, além de um psicológico vulnerável. E, mais à frente de uma história adornada em teorias, há uma alta dosagem de obscuridade. Tabula Rasa é uma série belga com nove episódios, criada por Malin-Sarah Gozin e Veerle Baetens. Ela entrou para a grade de programação da Netflix em Março de 2018. Portanto, se você é fã do gênero, vem junto... Confira a sinopse, trailer legendado e o que eu achei da série. o/


Sinopse: Mie D’Haeze é uma famosa dançarina. Ao sofrer um acidente de carro, padece de amnésia. Nesse ínterim, tendo visões/lembranças incertas, é internada num hospício, tornando-se figura-chave de um caso policial, tentando recuperar as lembranças e não ser acusada de um desaparecimento.   



"Porque, às vezes, o saber está no oculto..."






Um enredo enigmático! 💘💘💘

Mie D’Haeze (Veerle Baetens) é uma famosa dançarina, que após sofrer um acidente de carro passa a sofrer de amnésia, tendo surtos e, por fim, sendo internada num hospício pela família. Entre presente e passado (um período de três meses), Mie sobrevive entre fragmentos confusos de memórias, mais perdendo-se do que encontrando-se, tendo como companhia a família, sua psicóloga e, claro, o policial que está à frente do caso. Ela é a principal suspeita do desaparecimento de um homem.





MINHAS CONSIDERAÇÕES:

TABULA RASA é uma expressão latina que significa "tábua raspada", e tem o sentido de "folha de papel em branco", o que cai em perfeição, pois Mie é nada menos que uma folha de papel em branco. Através de conversas e desenhos que ela faz em um caderno, aos poucos vai preenchendo lacunas, ligando os pontos e se perdendo entre ilusão e realidade. O desencadeamento de acontecimentos me fez sentir como a protagonista: ora considerando um princípio; ora ficando perplexa com o desfecho do que eu imaginava ser a verdade. 

A primeira vista o telespectador pode achar o seriado previsível, mas isso muda conforme a trama vai mostrando suas repentinas reviravoltas. O ritmo, apesar de lento, é perfeito para a construção da trama, instigando a todo instante. O final é SENSACIONAL, apresentando o que de fato aconteceu, algo que eu não imaginava e que me deixou de queixo caído. Se eu gostei da série?! NÃO, EU NÃO GOSTEI!!! EU MEGA, ULTRA, HIPER AMEI!!! E estou na expectativa para saber se terá uma sequência. o/ Por fim, para quem curte o gênero, EU SUPER INDICO!!! \o/\o/\o/



Série: TABULA RASA
Criação: Malin-Sarah Gozin e Veerle Baetens
Gênero: Policial/Investigativo
Ano de Lançamento: 2017 na Bélgica / 2018 na Netflix
Número de episódios: 9