29 de abr. de 2018

[Falando em]: Quando o Mal Tem Um Nome — de Glau Kemp

Amante do gênero, assim que vi o e-book gratuito o baixei. Eu já tinha curiosidade de ler esse texto, pois encontrei pareceres positivos sobre ele na rede. Agora convido a todos para conferir a sinopse e o que eu achei de "Quando o Mal Tem Um Nome", obra da autora Glau Kemp, uma publicação independente que acabou de ganhar uma excelente casa editorial, a Galera Record.


Sinopse: “Sinto medo. O tipo de medo que persegue até a presença de outras pessoas. Segue até a luz e entra nas cobertas. Não está debaixo da cama ou dentro armário. Está em minha pele e tem um nome. Não pergunte. Não descubra. Nunca saiba o nome do seu medo, ou irá chamá-lo... Seus lábios podem estar selados, mas sua mente repetirá: Donavan... Donavan... Donavan.” Na Aparecida dos anos 70, uma cidade erguida no centro de um milagre, conhecemos a história de Marta e sua filha Clara. De sua terra cultivada por fé a malignidade cresce no coração de uma mãe devota. As orações que a padroeira não atende são feitas agora para eles: anjos caídos. Ela não deveria saber o nome do demônio que atendeu sua prece, e a abominação despertada é tão grande que todos vão pagar pelo seu pecado. O mal só precisava que alguém o chamasse pelo nome e agora está entre nós. "Faça uma oração antes de dormir e deixe a luz acesa. Se vir a fé em seus olhos, talvez vá embora. Mas ele virá” — Por que um demônio iria querer vir até à casa de Deus, minha jovem? — Por que o senhor iria até a casa do demônio, padre? — Para levar a luz até ele. — O demônio também tem seus planos. 


"Porque até mesmo o mal tem um nome..." 





Um enredo aterrorizante!

Cidade de Aparecida do Norte, 1971

Marta tem quarenta e dois anos e é conhecida como 'a mãe tardia', apelido que ganhou de duas vizinhas mexeriqueiras. Ela é casada com João e tem dois filhos, o mais velho com cinco anos, chamado Roberto. Agora, grávida de seis meses, anseia por uma garotinha.
— É na adversidade que a fé se mostra mais difícil, porém mais eficaz para curar a alma. Milagres são realizados a partir da dor e do sofrimento do espírito, mas ele surge na semente da fé. Você tem que ser a primeira pessoa a acreditar no seu milagre. (Livro: Quando o Mal Tem Um Nome, de Glau Kemp)
(clique na imagem para maior resolução)

Devota de Nossa Senhora de Aparecida, ela se confessa com o padre Jonas, um sacerdote jovem e muito bonito. E ansiosa para saber qual o sexo do bebê, escondida do marido, rouba dinheiro de um tio e segue com João até São Paulo, a fim de fazer uma ultrassonografia. 
Por que a santa recusou sua fé? Marta clamou por perdão, implorou por um chamado e discernimento. Chegando o amanhecer, a semente plantada pela cartomante deu um fruto. Marta teve sua fé renovada, desta vez no obscuro. (Livro: Quando o Mal Tem Um Nome, de Glau Kemp)
Certa de que terá outro menino, Marta procura ajuda por meios nada viáveis, acabando por participar de um ritual, ficando sob o domínio do mal. Ela consegue ter a sua tão desejada garotinha, a qual dá o nome de Maria Clara. Ao apresentar a filha para o padre, é surpreendida por um pedido, para que batize a criança o quanto antes.
Racionalmente não poderia identificar o odor que as pessoas sentem antes de morrer. Mas alguma coisa dentro de seus ossos dotava do conhecimento, afinal a morte era uma adversária pequena para quem havia se deitado com demônios. (Livro: Quando o Mal Tem Um Nome, de Glau Kemp)
Agora cesso os comentários para não soltar mais spoilers.

Dividido em duas partes, já na Nota da Autora, afirmo que borrei as calças.

QUANDO O MAL TEM UM NOME é uma história pra lá de aterrorizante, traçada de forma natural e perturbadora. Lendo-o eu imaginei todos os acontecimentos. Trata-se de uma trama assustadora, um enredo para os amantes do gênero sobrenatural/terror, onde o tempero maior é o mal disfarçado de bem. A cada virar de página eu ansiava por mais, além de torcer por Clara, pois a meu ver ela era nada menos que uma vítima — diga-se de passagem — a principal vítima. Algumas cenas são de arrepiar, e apesar de achar o final com um ritmo mais lento, ainda assim mostrou-se excelente, brindado-me com o melhor do terror. SIM, O MAL TEM UM NOME... ELE SE CHAMA DONAVAN. E eu não digo nada mais que isso, você terá de ler o livro pra saber. Se eu gostei?! NÃO, EU NÃO GOSTEI! EU MEGA AMEI!!! E leio até mesmo a lista de compras da autora. o/

O enredo é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está boa, no formato padrão digital; e a capa estampa uma Maria Clara em transe, entre um pentagrama do mal.


Livro: Quando o Mal Tem Um Nome
Autora: Glau Kemp
Gênero: Sobrenatural/Terror
Publicação Independente
Ano: 2017
Páginas: 204

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