28 de jun. de 2017

♪♫ Me canta? ♪♫

O sopro sem fôlego do teu saxofone, as cordas soltas da tua guitarra, o som esquisito da tua flauta, as teclas mais difíceis de tocar do teu piano, a vareta torta do teu violino e a sintonia bamba do teu trompete. Sou eu, sempre sem fôlego, toda solta e meio esquisita, querendo te tocar. Sou eu, ainda bamba, me desafinando nas tuas bandas. 

No sopro do teu saxofone, eu posso ser um frevo? É que meus passos são muito apressados e meu ritmo de vida é muito acelerado. 
Se você souber me tocar, eu faço um Siriá da tua boca, eu viro um Lundu no teu corpo e conto uns Carimbós salientes no teu ouvido. Eu faço já, já um Tcha tcha tcha na tua cama.
Vem cá vem, deixa eu transformar a tua vida num Samba do Criolo doido na Nona Sinfonia de Beethoven. Deixa eu aprender teu instrumento de vida e saber da tua potência sonora. Deixa? 

Me toca na tua guitarra e faz de mim um xote, um xaxado, um requebrado. 

Toca teus dedos em mim, e faz de mim o teu piano. Antes de tocar Mozart, toca minha pele, pra eu sentir os teus timbres mais sacanas. 

Sou tão difícil assim de orquestrar? Então se compõe de mim, toca meu coração, que eu me afino de você. 

Me canta? 

Hulm, dôis, trêeeis e ih!

[Texto de]: Keila Sacavem 
[Via]: Papo de Loba

[Capítulo Extra]: Anjo Negro — de Mallerey Cálgara

Eu adquiri o livro "Anjo Negro" em 2012, na Bienal do Livro de São Paulo. Na época tive a oportunidade de conhecer a autora, que é muito atenciosa e simpática. 💘💘💘Como havia resenhado a história no meu antigo blog (hoje não mais existente), resolvi reler e postar uma nova resenha (para conferir, clique AQUI)O exemplar que li é a primeira edição, publicada pela editora Novo Século. Contudo, a autora me informou que a nova edição possui um capítulo extra, o que me deixou mais curiosa. Confesso que até hoje aguardo uma continuação dessa história. Tendo em vista a minha curiosidade, a Mallerey Cálgara me enviou o capítulo, o que agradeço imensamente. Agora convido a todos para conferir o meu breve parecer deste capítulo extra. Bem-vindos! \o/ \o/\o/



[Capítulo 16, Anjo Príncipe]

Diana tem dez anos e mora pelas ruas frias de Londres. Na véspera de Natal recebe uma visita inesperada, a qual ela intitula como “Anjo Príncipe”. 
 Olá, Dianna!  Uma voz suave atingiu os seus ouvidos. Ela, lentamente, ergueu a cabeça, e depois abriu os olhos sonolentos. Precisou piscar duas ou três vezes para espantar a névoa que embaçava sua visão, e se surpreendeu com o que viu. 
 Você é o anjo do Natal?  Ela teria levantado e pulado de alegria ao vê-lo, mas suas pernas estavam tão fracas e o frio havia aumentado, deixando seus pezinhos dormentes por dentro das meias rasgadas. Ele sorriu ao ouvir aquele comentário. Nunca havia recebido aquela designação.  Serei o que você quiser que eu seja. Mas pode me chamar de Darian, se preferir.

Tratando-se apenas de um capítulo extra, o que considerei como um epílogo, não tem como dizer mais a respeito. Quem já leu o livro bem sabe como termina, isto é, bombasticamente, deixando um gostinho de "quero mais" , e quem tiver a oportunidade de ler esse adicional, algo que está na nova edição, ficará como eu: com várias teorias borbulhando na mente. Agora, mais do que nunca, anseio por uma continuação. EU MEGA AMEI! 💘💘💘 Mallerey só tenho agradecer e dizer: 
 Eu quero mais! o/ hahaha

26 de jun. de 2017

[Tradução]: Show Me Heaven

Olá, lovers!
Estou fazendo o copidesque do livro de uma amiga hiper talentosa. Trata-se de uma trama envolvente e linda, que tem como pano de fundo a Fórmula 1. Por isso, quando me deparei com um vídeo de "Days Of Thunder" (Dias de Trovão), um filme lançado em 1990 e que tem como protagonistas Tom Cruise e Nicole Kidman, editei um vídeo com a tradução de  Show Me Heaven , canção que faz parte da trilha sonora, interpretada pela cantora Maria Mckee. Vem junto conferir! ♫♫♫

P.S: Vídeo editado por Simone Pesci

25 de jun. de 2017

23 de jun. de 2017

[Falando em]: Veneno — de Mia Sheridan

Eu recebi esse livro como parceria do blog "Uma leitura a mais", o qual contribuo como colaboradora (P.S: Obrigada, Re!). Trata-se de uma série que consiste nas características de um signo do Zodíaco. Essa trama, por sinal, se baseia na mitologia de Escorpião. Tempos atrás eu li outro enredo dessa série que me deixou numa baita ressaca literária, chamado "A voz do Arqueiro", este baseado na mitologia de Sagitário (para conferir a resenha, clique AQUI). Agora confira a sinopse e o meu parecer de "Veneno", obra da autora Mia Sheridan, uma publicação da editora Arqueiro.


Sinopse: Grace Hamilton tem 23 anos e é estudante de direito. Após as dificuldades enfrentadas na infância, ela faz de tudo para não decepcionar o pai, segue todas as regras, é dedicada e cheia de planos. Porém, após viajar para uma conferência de direito em Las Vegas e conhecer Carson Stinger, ela começa a repensar a vida. Sexy e impulsivo, Carson é um ator que gosta de curtir o momento e nunca se apegou a ninguém. Mas isso muda quando seu caminho cruza com o de Grace, uma universitária certinha e diferente de todas as mulheres que ele já conheceu. Ao longo de um fim de semana inesquecível, eles superam os próprios preconceitos e se entregam ao desejo. Pela primeira vez na vida, Grace se permite quebrar as regras e Carson se deixa envolver de verdade. Quando se despedem, nenhum dos dois é mais o mesmo, mas ambos têm certeza de que jamais voltarão a se ver. Contudo, anos depois eles estão de novo frente a frente: ele, apoiando o amigo acusado de homicídio; ela, sendo a promotora encarregada do caso. Mais uma vez a chama da paixão se acende em Carson e Grace e as circunstâncias parecem afastá-los. Se a vida nem sempre pode ser planejada, será que o acaso conseguirá ajudá-los a ficar juntos? 


"Porque o veneno pode ser a cura..."





(clique em cima da imagem para maior resolução)


Um enredo envolvente!

Grace Hamilton passou a ter uma responsabilidade maior, desde que seu irmão caçula falecera, cuidando da casa, do pai e também das irmãs mais novas, Audrey e Julia, pois sua mãe, não suportando a perda do filho, abandonara a família. Agora, com vinte e três anos, ela divide apartamento com sua melhor amiga, Abby, em Whashington, onde cursa direito. E devido ao curso, está num luxuoso hotel em Las Vegas, para participar de uma "Conferência de Direito".
 Ah, você veio para a conferência!  exclamei.  Achei que talvez...
Foi então que li: "Carson Stinger, ator heterossexual, Expo Entretenimento Adulto". Encarei as palavras por alguns instantes, digerindo-as, e voltei a olhar para ele. O homem agora forçava um sorriso e sua expressão já não portava a mesma suavidade de antes. (Livro: Veneno, Pág.11)

Carson Stinger é um conhecido ator pornô de vinte e três anos. Ele está no mesmo hotel em que Grace hospedou-se, para participar de um evento em que muitos o aguardam. Inicialmente eles se estranham, pois Grace é toda certinha, enquanto ele é um fanfarrão que não tem intenção de apegar-se a ninguém. Contudo, devido a um contratempo, quando ficam presos dentro de um elevador por algumas horas, passam a se conhecer melhor. A atração vem a tona, e Carson faz uma proposta à Grace: que eles passem o final de semana juntos, sem compromisso e apenas curtindo o momento. Massssss...
Carson me contaminara, era verdade, mas talvez a aparência dele não fosse seu único veneno. Talvez seu espírito também fosse contagioso. E quem sabe, no que dizia respeito a Carson, assim como no caso das vacinas, um pouco de veneno fosse a cura, não a doença. (Livro: Veneno, Pág.103)
Mesmo apaixonados, devido as tribulações que passariam pelo ofício dele, ambos se separam. É quando Carson toma uma decisão: ele larga a vida de ator pornô e entra para a força de operações da Marinha, tornando-se um condecorado SEAL. Grace, por outro lado, deixando de lado os anseios do pai, muda de área, tornando-se promotora. Cinco anos se passam, e o destino se incube de os colocarem frente a frente, quando um dos amigos de combate de Carson é acusado de homicídio  e Grace é ninguém menos que a promotora do caso. E há um outro contratempo: Grace está noiva de Alex Klein, um promotor que trabalha ao seu lado.
 Desmanchar?  repetiu.
 Sim, seu noivado, desmanche  repeti, chegando mais perto.
Segurei-a pela nuca e puxei seu rosto na direção do meu. Grace olhou para os meus lábios. (Livro: Veneno, Pág.231)

Até mesmo com o passar dos anos o sentimento está vivo, deixando Grace numa sinuca de bico. Agora cesso os meus comentários para não soltar mais spoilers.

Falar sobre esse livro será um pouco complicado: apesar de envolvente e instigante, Veneno não me trouxe a gama de emoções que eu tanto esperava. SIM, os personagens são apaixonantes, pois a autora tem o dom de dar vida a personagens que grudam na gente. Mas confesso que a história tornou-se cansativa, deixando de relatar com mais ênfase fatos que, a meu ver, eram mais importantes, tais como Grace ser promotora de um homicídio, onde o acusado é amigo do homem que ama, travando uma luta maior para que pudesse desfrutar de tal amor, além das memórias que Carson trouxe da guerra no Afeganistão, entre tantas outras coisas...  

Os personagens secundários aparecem pouco, mas são tão envolventes quanto os protagonistas. As cenas de amor são sensuais, mas eu esperava aquilo que li em "A Voz do Arqueiro", ou seja, tudo mais lindo e intenso. De qualquer forma, foi uma leitura prazerosa: eu realmente me apaixonei por Grace e Carson, além de muitos trechos da trama... 💘💘💘

O enredo é narrado em primeira pessoa, aos olhos de Grace e Carson, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está excelente, com fontes e espaçamentos em bom tamanho, adornada em papel pólen soft (o amarelinho mais claro); e a capa é bem bonita, estampando o casal protagonista de forma íntima. 



Livro: Veneno, Signos do Amor (Livro 3)
Autora: Mia Sheridan
Gênero: Romance/Hot
Editora: Arqueiro
Ano: 2016
Páginas: 352

21 de jun. de 2017

💘 NÃO NAMORE UMA ESCRITORA 💘

Não se aproxime, não insista, não invista e nunca, nunca mesmo, namore uma escritora se não irá compreender o drama, a trama, o enredo em que ela se envolve, quase sempre, em busca de inspiração e emoção para seus causos textuais.

Não corteje uma escritora se não for capaz de entender seus contos e crônicas, se não souber ler nas entrelinhas, se não consegue encontrar as pistas soltas em cada palavra.

Não queira uma escritora pra chamar de sua, se não entender que ela é de lua e às vezes precisa de solidão e silêncio para poder, enfim, respirar.

Não procure uma mulher que escreve, se não for um tanto esperto e souber separar a verdade da ilusão.

Não, não se enlace na confusão de uma escritora se não entender seus surtos poéticos e também sua morbidade casual. Não se encante por uma escritora se não quiser ver sua vida rasgada em versos que muitos irão ler. 

Se não puder ler sua pele, não toque na escritora.

Se não quer ser assassinado em um texto ou outro  sim, ela vai matá-lo quando você pisar na bola, não se relacione com uma escritora.

Não namore uma escritora se não suportar sua inconstância constante e sua inquietude quieta. 

Não namore essa mulher incomum que vira e mexe é tachada de louca, porque mulher que escreve é um poço de águas limpidíssimas e grita sem emitir som.

Não namore uma escritora se não for capaz de digerir todas as suas mil faces, se tiver medo de ousar.

Não namore, leia bem o que digo, porque se uma escritora te namorar, você será eternizado e ela vai te fazer provar que namorar uma escritora foi a coisa mais louca e deliciosamente incrível que você já fez na vida.

E de uma forma ou de outra essa escritora irá te marcar.

E não será com marca texto.

[Texto de]: J. Oliveira

19 de jun. de 2017

"Gente obesa de inveja"


Eu sempre soube que gente obesa de inveja é anoréxica de capacidade, isso é "farto". Mas existe um outro tipo de gente, um tipo esfomeado por falhas alheias. Quero falar exatamente desse tipo, pois bem, esse tipo de gente amargada pela vida, mendiga erros para saciar a sua fome pelos pratos não servidos pela vida. Gente que busca se temperar dos outros, tem enjoo da sua própria vida. Que a minha indiferença seja servida como um banquete, porque gente estragada não me destempera, não me salga e muito menos me amarga. Não tenho estômago pra gente que se farta de minhas migalhas, não engulo gente que sofre de indigestão com a minha felicidade e não degusto venenos oferecidos de bandeja. Estou de dieta, ou melhor, aprendi a me reeducar, de gente ruim não quero nem sentir o cheiro! 

[Texto de]: Keila Sacavem 
[Via]: Papo de Loba

Pais e Filhos — por Simone Pesci

O dia estava ensolarado. Em seu quarto haviam estátuas, cofres e todas as paredes estavam pintadas: uma arte particular feita por uma garota aparentemente feliz. 

Ninguém sabia o motivo que a levou cometer tal desatino, jogando-se da janela do quinto andar. Aquilo, aos olhos alheios, não era fácil de se entender. 

 Dorme agora! É só o vento lá fora  sussurrava a mãe ao lado do caixão. 

Tudo era muito estranho, pois ela só queria colo, coisa que nem os pais entendiam. Às vezes, pensava em fugir de casa, e quase sempre perguntava aos mais próximos: 

 Ei, posso dormir aqui com você? 

Ela tinha medo e muitos pesadelos, e por tais motivos, permitia-se dormir depois das três, empenhando-se num tempo menor de sonhos ruins. 

 Um dia, quando tiver um filho, darei a ele nome de santo  disse, encarando a si dentro do caixão.  Escolherei o nome mais bonito. 

Tristeza. 

Desesperança. 

Loucura. 

Sentimentos intensos que a deixaram espiritualmente desvairada. 

Ela sabia que era preciso amar as pessoas de outra forma, ou seja, como se não houvesse amanhã. E que se parasse pra pensar, continuaria transloucada. 

Ela queria saber por que o céu era azul. 

Ela queria explicações sobre a fúria do mundo. 

Ela ansiava saber por que tivera como missão fazer o papel dos pais, quando, na verdade, deveria ser a filha. 

Ela morava com a mãe. 

Ela morava com o pai. 

Ela pedia a todos para que a visitassem. 

Ela se cansou e passou a morar na rua. 

Ela não tinha ninguém. 

Ela passou a morar em qualquer lugar. 

Como uma andarilha, morou em tanta casa que nem se lembrava mais. E, em alguns momentos, imaginava morar novamente com os pais. 

Ela era a gota d'água. 

Ela era o grão de areia. 

Ela vivia repetindo que os pais não a entendiam, mas era ela que não entendia os pais. 

Ela culpava os pais por tudo, e achava isso um absurdo. 

"Eles são crianças como eu!", perdia-se em devaneios. 

Já ciente de sua condição espiritual, permitiu-se questionar-se: 

!O que seremos quando crescer?! 

Já não era tempo de pensar no futuro. 

Ela não era mais a gota d'água e nem mesmo o grão de areia. 

E ainda culpava a si e aos pais. 

 Dorme agora! É só o vento lá fora.  Agora era o pai quem dizia as palavras. 

O caixão se fechou. 

E ela continuou a questionar-se sobre o céu azul e a fúria do mundo.  

[Texto de]: Simone Pesci

18 de jun. de 2017

[Música]: Pato Fu — Cego Para as Cores

Se tem uma banda nacional que AMO por sua originalidade e competência é o "Pato Fu". E, por esse motivo, trago o vídeo oficial da canção "Cego Para as Cores", que faz parte do álbum lançado em 2014, que leva como título "Não Pare Pra Pensar". A propósito, tendo em vista o meu atual momento, a letra da música caiu com perfeição. Além do mais, a canção é uma delícia de se ouvir, compreender  e, claro, há também de se pagar um pau para esse vídeo clip fantástico. Vem conferir! o/


[Parábola]: Julgamento Apressado

Uma garota segurava em suas mãos duas maçãs. Sua mãe entrou e lhe pediu com uma voz doce e um belo sorriso: 

 Querida, você poderia dar uma de suas maçãs para mamãe? 

A menina levanta os olhos para sua mãe durante alguns segundos, e morde subitamente uma das maçãs e logo em seguida a outra. 

A mãe sente seu rosto se esfriar e perde o sorriso. Ela tenta não mostrar sua decepção quando sua filha lhe dá uma de suas maçãs mordidas. A pequena olha sua mãe com um sorriso de anjo e diz: 

 A mais doce é essa! 

[Moral da história]: Pouco importa quem você é, que você tenha experiência, seja competente ou sábio. Espere para fazer seu ‪‎julgamento. Dê aos outros o privilégio de poder se explicar. Mesmo que a ação pareça errada, o motivo pode ser bom. Pense nisso!


Via: Refletir para refletir

17 de jun. de 2017

[Falando em]: O Que Me Disseram as Flores — de Alane Brito

Eu recebi essa lindeza como parceria da escritora Alane Brito (P.S: Obrigada, Alane!). 💘💘💘 A propósito, o meu primeiro contato com um de seus textos foi com o livro "O Trio(para conferir a resenha, clique AQUI). Agora apresento-lhes a sinopse, book trailer e o meu parecer de "O Que Me Disseram as Flores", um enredo MAGNÍFICO, uma publicação da editora Arwen.


Sinopse: Presa a uma promessa feita por seu pai, Ângela decide desafiá-lo a aceitar que não é vontade dela se casar com alguém que conhecia apenas através de cartas. Deixando-se levar por uma mentira, William viaja até a prometida, acreditando encontrar uma moça tão apaixonada quanto ele. Entretanto, depara-se com a força da raiva de alguém com quem sonhava passar o resto de sua vida. Por conta do grande amor que aprendeu a nutrir por ela, decide, então, lutar para conquistá-la. Usando a linguagem das flores para se declarar e, cada dia, se revestindo de uma força descomunal para suportar as palavras afiadas e suas duras atitudes, ele tenta encontrar uma maneira de fazer com que o ódio, que ela tanto demonstra sentir, se transforme em algo bom, mas para isso ele mesmo precisa continuar acreditando que é possível... Um grande amor é realmente capaz de suportar tudo? Conheça a emocionante história de duas pessoas numa mesma batalha, mas que lutam por desfechos diferentes. E que vença o mais obstinado.






"Porque há de se permitir amar..."






(clique em cima da imagem para maior resolução)


Um enredo maravilhoso! 💘💘💘

Belo Parque, Santa Catarina, 1909. 
Santiago Marques é filho único e herdeiro de uma família respeitada por toda aristocracia do Brasil. Seu pai é um dos fazendeiros mais promissores da região, eles moram num casarão distante da cidade de Belo Parque. Ele tem um único amigo, chamado Afonso Dantas, que é da mesma classe social e que também possuí uma fazenda. No entanto, este já sonhava com o Bacharelado na cidade grande, especificamente em São Paulo. E, numa manhã de domingo, no final da missa, Santiago depara-se com Elisa, uma nova garota que mudou-se para Belo Parque e por quem se apaixona de cara. Um ano depois eles se casam, e Afonso segue com seu sonho. Porém, antes de partir para a cidade grande, os amigos perpetuam uma promessa... 
 Promessa? Espere um minutinho, deixe-me tentar lembrar... ah, sim... claro! Não sou de voltar atrás. Está tudo confirmado, com toda certeza. Meu filho se casará com sua filha ou minha filha com o seu. Daqui mais algum tempo quem junta os trapos com uma mulher serei eu. Aí procriaremos e você e eu seremos mais que amigos!  Disse passando a mão na cabeça. (Livro: O Que Me Disseram as Flores, Pág.20)
(clique em cima das imagens para maior resolução) 
 

Rio de Janeiro. Época Atual.
Acostumada com a agitação do Rio de Janeiro, Raquel bate de frente com os pais  Susana e Henrique  para que não mudem para a fazenda que herdaram em Minas Gerais. Contudo, mesmo a contragosto, ela, os pais e os dois irmãos mais novos  Sérgio e Lucas  mudam para Minas. Ao chegar na fazenda, Raquel se encanta com a beleza que, por tantas vezes, não apreciara. Percorrendo o casarão, avista duas portas destrancadas, o que faz com que entre no local. O seu fascínio por coisas antigas desperta, fazendo com que vasculhe tudo que está naquele desconhecido quarto. Ela acaba encontrando um velho diário e, por fim, inicia a leitura do mesmo.
Ângela Marques?, Raquel pensou. Se era minha parente, como eu nunca ouvi falar? Logo supôs que deveria ter sido pelo mesmo motivo de não saber antes da existência do quarto: falta de interesse com tudo que se referia à fazenda. Passou à página seguinte e então começou a ler sem cortes. (Livro: O Que Me Disseram as Flores, Pág.31)
Belo Parque, 27 de Março de 1933. 
Ângela é filha única de Santiago e Elisa Marques. Ela vive com os pais na fazenda da família, e tem dois amigos que moram na fazenda vizinha  Felipe e Lílian  sendo que, com Felipe, permite-se aventurar-se num romance. O que Ângela não contava é que seu futuro noivo — William Dantas — chegara na fazenda para cumprir uma promessa de anos atrás, onde os pais concordaram em uni-los matrimonialmente, o que ela não aceita, desdenhando-o e cometendo atrocidades contra o noivo. 
O que eu senti foi algo tão estranho. Não notava as imperfeições do solo machucando as minhas costas, nem a dor de suas mãos apertando os meus pulsos. Nada. Quando caí em mim e os desconfortos vieram à tona, o rosto de William estava a centímetros do meu, até podia sentir o seu hálito. Então, vi a estupidez que eu estava prestes a fazer..." (Livro: O Que Me Disseram as Flores, Pág.188)
Apesar de confrontar o noivo, ela fica enciumada quando William e sua amiga tornam-se amigos. O mesmo acontece com Felipe, que mesmo amando Ângela, sabe a importância da promessa feita e se afasta, tornando-se apenas amigo. Sendo assim, maquiavelicamente, Ângela começa a provocar a todos com um novo visitante que mudara pra cidade, chamado Leonardo. Agora cesso os meus comentários para não soltar mais spoilers.

Alguns segundos de pausa: falta-me fôlego para falar desse enredo, algo que eu já esperava. Estou apaixonada, triste, estilhaçada e com uma baita ressaca literária  e isso é um excelente sinal, pois essa história me fez sentir um turbilhão de emoções. Para alguns pode não funcionar, mas para leitores como eu, apaixonados por um MARAVILHOSO drama, só tenho a indicar.

Pela sinopse e o que contei acima, dá pra se ter ideia do que vem pela frente. Assim como Ângela, senti-me revoltada. Afinal, como uma boa aquariana (acredito que Ângela também seja), EU JAMAIS PERMITIRIA QUE ESCOLHESSEM ALGO POR MIM, MUITO MENOS UM MARIDO, mesmo que isso fosse parte de um acordo carregado de boas intenções e sentimentos. Talvez por isso, veja bem, apenas por isso, eu concorde em partes com suas atitudes. De tantos vilões que já li, Ângela tornou-se a mais maquiavélica, pois apenas para provar que ninguém obriga-a a nada, mostra-se sórdida, ferindo o coração do seu pretende de forma terrível, humilhando-o, sendo imatura, orgulhosa, e, principalmente, egocêntrica. E mesmo quando constata que o improvável tornou-se provável, ou seja, que ela está apaixonada por William, continua mostrando o pior de si... por puro orgulho.

Eu poderia enxergar William como 'fraco', mas o que vi nele foi totalmente o contrário: um apaixonado incurável que deseja realizar o sonho do pai e também o seu, que fora nutrido durante anos, criando nele um sentimento genuíno e verdadeiro  e mesmo a mercê de tanto descaso e humilhação, permite-se ter esperança e tentar. Preciso falar também dos personagens secundários, mais especificamente os irmãos — Lílian e Felipe , que são apaixonantes, assim como os pais de Ângela. 💘💘💘 Além de envolvente e fruível, o enredo apresenta uma reviravolta dilacerante no final. Quero parabenizar a autora, pois eu faria da mesma forma. Vocês querem saber se eu gostei?! Não, eu não gostei... EU MEGA, ULTRA, HIPER, MAX AMEI!!! Por fim, para vocês que curtem um lindo drama, daqueles que faz ir do céu ao inferno em questão de capítulos, eis essa ESPETACULAR pedida. 

O enredo é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos um pouco rebuscados (algo que amo), porém de fácil compreensão; a diagramação está excelente, com fontes e espaçamentos em bom tamanho, além de possuir algumas artes, algo que dá pra ver em duas fotos postadas acima, adornada em papel pólen soft (o amarelinho mais claro); e a capa é belíssima, estampando uma Ângela  digamos assim  não tão soberba. E só pra constar o meu contentamento: "Eu leio até mesmo a lista de compras da Alane!". o/



Livro: O Que Me Disseram as Flores
Autora: Alane Brito
Gênero: Drama/Romance
Editora: Arwen
Ano:2015
Páginas: 392

13 de jun. de 2017

↓↓↓ COMUNICADO DE SANTO ANTÔNIO ↓↓↓

Prezados fiéis,


Devido ao grande número de encalhadas e de solteiros no mercado, fica IMPOSSÍVEL atender a todos. Lembrem-se que sou um SANTO CASAMENTEIRO. O SANTO DAS CAUSAS PERDIDAS E DESESPERADAS é SÃO JUDAS TADEU! A todos que estão me deixando de cabeça para baixo no copo d'água, aviso que tenho curso intensivo de mergulho, então podem me deixar a vontade, eu gosto! 


Agradeço a compreensão,
Santo Antônio


[13/06  Dia de Santo Antônio]

💘💘💘 E agora, e agora 💘💘💘

"E agora, e agora 
Não imagine que está acabado 
E agora, e agora 
Quando o mundo vem 
Eles vêm, eles vêm 
Para construir uma muralha entre nós 
Nós sabemos que eles não irão ganhar" 

[Crowded House  Don't Dream It's Over]


P.S: Vídeo editado por Simone Pesci

12 de jun. de 2017

[Falando em]: Encontrada — de Carina Rissi

Dias atrás eu tive a prazerosa experiência de me enveredar num texto da Carina Rissi, com o livro "Perdida - Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo" (para conferir a resenha, clique AQUI). Hoje trago a resenha do segundo livro dessa maravilhosa série, ou seja, "Encontrada - À espera do felizes para sempre", uma publicação da editora Verusenviado pelo blog parceiro "Uma leitura a mais". Vem junto conferir! o/


Sinopse: Sofia está de volta ao século dezenove e mais que animada para começar a viver o seu final feliz ao lado de Ian Clarke. No entanto, em meio à loucura dos preparativos para o casamento, ela percebe que se tornar a sra. Clarke não vai ser tão simples quanto imaginava. As confusões encontram a garota antes mesmo de ela chegar ao altar e uma tia intrometida que quer atrapalhar o relacionamento é apenas uma delas. Além disso, coisas estranhas estão acontecendo na vila. Ian parece estar enfrentando alguns problemas que prefere não dividir com a noiva. Decidida, Sofia fará o que estiver ao seu alcance para ajudar o homem que ama. Ela não está disposta a permitir que nada nem ninguém atrapalhe seu futuro. Porém suas ações podem pôr tudo a perder, e Sofia descobre que a única pessoa capaz de destruir seu felizes para sempre é ela própria. Em Encontrada: À espera do felizes para sempre, Carina Rissi traz de volta o mundo apaixonante de Ian e Sofia, nos permitindo mergulhar mais uma vez nesta maluca e envolvente história de amor. 


"Porque há de se encontrar o felizes para sempre..." 

(clique em cima da imagem para maior resolução)


Uma continuação apaixonante! 

Depois de muito sofrer, Sofia está de volta ao século dezenove. E apesar da escolha feita com o coração, ela sente falta da amiga  Nina  e de tudo que conhecera no século vinte e um. Agora ela se encontra numa terrível TPC (Tensão Pré-Casamento), imaginando como será a celebração, e, claro, o presente/futuro num século que ainda é uma incógnita. 
Escolher Ian foi simples, natural como respirar. Não dava para viver com o coração batendo fora do peito e morando em outro século. Não havia ninguém que me conhecesse tão bem quanto ele. Nem mesmo Nina, minha melhor amiga, que tive de deixar para trás. Por isso era tão ridículo ficar tão aflita por conta de uma simples cerimônia. (Livro: Encontrada, Pág.10)
E dentre certezas e medos, há um novo contratempo chamado Cassandra (a tia de Ian e Elisa), uma mulher arrogante e prepotente, que chega ao lado do único filho, Thomas. E, antes mesmo da celebração, a tia megera começa a fazer da vida do casal um inferno, ao contrário do filho, que além de ser primo e amigo de infância, estima Sofia e apoia o matrimônio.
 Oh, Thomas, querido, chegamos tarde demais. Tarde demais!  lamentou-se, se deixando arrastar pelo filho.  Uma noiva sem dote, sem berço! Uma plebeia para manchar o nome da família! (Livro: Encontrada, Pág.131)
Apesar dos subterfúgios, o casamento acontece. E mesmo sendo vista com outros olhos por quase todos, Sofia tem a atenção e amor de Ian, ingredientes fundamentais para que prossiga com os dias. Se adaptar ao século dezenove, ter que desvincilhar-se de uma tia megera, e ficar apreensiva com uma preocupação indecifrável por parte do marido, são alguns dos empecilhos que Sofia terá de enfrentar.
Quando escolhi ficar com Ian, eu sabia que não seria fácil, mas não imaginei que esses duzentos anos que nos separavam seriam tão cruciais. Duas pessoas muito diferentes, com pensamentos e costumes distintos. Para o nosso relacionamento funcionar, um de nós teria que ceder. Não sabia o que se passava na cabeça dele naquele momento, mas na minha estava tudo completamente resolvido. Eu esperaria por ele o tempo que fosse, mesmo que para isso tivesse de me reinventar. (Livro: Encontrada, Páginas 359 e 360)
Agora cesso os meus comentários para não soltar mais spoilers

Assim como em Perdida, a autora presenteou os leitores com uma continuação APAIXONANTE e DIVERTIDÍSSIMA. O que antes parecia impossível, tornou-se possível, trazendo muitos acontecimentos e reviravoltas. Sofia continua uma mulher doidinha e apaixonante, e Ian... Ahhh Ian... Ele continua sendo o meu Sr. Darcy Made In Brasil... Não há como não se apaixonar por esse casal. 💘💘💘 

Em Encontrada temos uma protagonista ainda mais ousada e determinada. Assim como no primeiro livro, eu caí na gargalhada. A leitura é tão envolvente e prazerosa, que as 476 páginas tornaram-se mágicas, e quando me dei conta, já havia concluído a leitura. Ian Clarke realmente é um sonho: "Eu suspiro por ele para todo o sempre!". Muitas coisas acontecem nesse segundo livro, algumas delas... (OP'S, VOCÊS PRECISAM LER!). O final é tão encantador e divertido quanto o seu antecessor, eu só sei que ESTOU NUMA BAITA RESSACA LITERÁRIA e não vejo a hora de conferir os dois próximos livros que fecham a série: DESTINADO (livro 3), narrado aos olhos de Ian; e PROMETIDA (livro 4), que conta a história de Elisa. Se eu gostei?! NÃO, EU NÃO GOSTEI! EU MEGA, ULTRA, HIPER, MAX AMEI! E agora, mais do que nunca, estou sonhando com essa série nas telonas, algo que já está confirmado para o primeiro livro. \o/\o/\o/

O enredo é narrado em primeira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação é simples, com espaçamentos e fontes em bom tamanho, adornada em papel pólen (o amarelinho); e a capa é parecida com a do primeiro livro, estampando uma Sofia  digamos assim  Encontrada. 



Livro: Encontrada (5a.edição) 
Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo (Livro 2) 
Autora: Carina Rissi 
Gênero: Romance 
Editora: Verus 
Ano: 2015 
Páginas: 476

12/06 — Feliz Dia dos Namorados! 💘💘💘