BEM-VINDOS A DEZESSEIS!
João Roberto era o maioral
O nosso Johnny era um cara legal
Ele tinha um Opala metálico azul
Era o rei dos pegas na Asa Sul
E em todo lugar
Nessa primeira parte, podemos ver o pensamento que todos tinham dele: Johnny era o maioral, era "O Cara", e vemos também que possuía um Opala, e que era o cara "dos pegas" na Asa Sul (lado Sul de Brasilia - lugar da história) e em todos os lugares. Um cara, possivelmente, que as meninas "lamberiam o chão".
Quando ele pegava no violão
Conquistava as meninas
E quem mais quisesse ter
Sabia tudo da Janis
Do Led Zeppelin, dos Beatles e dos Rolling Stones
Aqui, temos novas informações sobre o personagem. Uma curiosidade, são os cantores que Johnny gostava, que são os mesmos que Renato também gostava. Talvez, seja pra mostrar que essa era a moda musical na época entre os jovens.
Mas de uns tempos prá cá
Meio que sem querer
Alguma coisa aconteceu
Johnny andava meio quieto demais
Só que quase ninguém percebeu
Vemos aqui, que Johnny estava mudando seu comportamento. Estava diferente, e esse pensamento e ação, é complementado:
Johnny estava com um sorriso estranho
Quando marcou um super pega no fim de semana
Não vai ser no CASEB
Nem no Lago Norte, nem na UnB
As máquinas prontas
Um ronco de motor
A cidade inteira se movimentou
Aqui, Renato refere-se às "rachas" que os jovens já faziam naquela época. Máquinas seria o termo dado aos carros. Nota do TdB - Caseb Centro Educacional é uma escola em Brasília e UNB é a Universidade de Brasília.
E Johnny disse:
"- Eu vou prá curva do Diabo em Sobradinho e vocês ?"
E os motores saíram ligados a mil
Pra estrada da morte o maior pega que existiu
Só deu para ouvir, foi aquela explosão
E os pedaços do Opala azul de Johnny pelo chão
Aqui, vemos que os motores saíram em disparada, e que como resultado do ato, ouviu-se uma explosão, e a frase seguinte nos mostra o que aconteceu: Johnny sofreu um acidente, e seu carro despedaçou-se, ou seja, o personagem morreu.
No dia seguinte, falou o diretor:
"- O aluno João Roberto não está mais entre nós
Ele só tinha dezesseis.
Que isso sirva de aviso prá vocês".
E na saída da aula, foi estranho e bonito
Todo o mundo cantando baixinho:
Strawberry Fields Forever
Strawberry Fields Forever
Nessa parte, vemos que a noticia é divulgada pelo diretor da escola, que comunica aos seus alunos e colegas de Johnny, a morte deste. O diretor, deixa um recado:
"Ele só tinha dezesseis.
Que isso sirva de aviso prá vocês".
E até hoje, quem se lembra
Diz que não foi o caminhão
Nem a curva fatal
E nem a explosão
Johnny era fera demais
Prá vacilar assim
E o que dizem que foi tudo por causa de um coração partido
Um coração
Aqui, vemos que a razão da morte não foi o caminhão da curva, nem a curva em si por ser violenta, nem a explosão, e deixa-se claro, que apesar de tão "legal" (nas palavras de Renato, "fera"), Johnny vacilou, deixando-se levar pelo desejo de morte, por causa de um coração partido. E então repete-se as duas palavras: "um coração" como se isso fosse um pensamento lamentoso.
Bye, bye bye Johnny
Johnny, bye, bye
Bye, bye Johnny.
A última parte, e mais melodiosa, vemos o que possivelmente, seriam os amigos dele cantando para ele: "Bye, bye bye Johnny".
Texto por: Eduardo Rezende e Fabiano Uesler
Via: Todo Dia Blumenau
Muito obrigado pela interpretacao!!! Eu estou estudando portugues agora e escutar esta cancoe é minha tarefa!
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