Os motores rugiram lado a lado, potentes e desregradamente. Entreolhamos-nos com aversão, gana e malquerença. Desta forma, deixei-o pensar que me venceria, fazendo com que ultrapassasse uma pequena distância. Logo fui ao seu encontro, deixando com que o meu invencível Trovão encostasse à lateral do seu também Opala — fazendo um pequeno estrago em ambos os carros — e segundos depois, deparei-me com um estrondo, pois ele acabara de me atacar, com uma ira incontida, fazendo um estrago considerável e provavelmente maior na lateral de nossas máquinas.
— Filho da puta! — bradei em tom raivoso.
Aproximei-me, encarando-o com ódio mortal... Era minha obrigação vencer aquela corrida, pois assim o estrago em seu ego seria maior do que o estrago em meu bolso. Na verdade, me sentia feliz em saber que seria eu quem levaria Ana para casa. No entanto, queria deixá-lo pensar que me venceria, ultrapassando-me mais uma vez, em uma curta distância, já aos olhos de todos que aguardavam o nosso retorno.
— Agora você vai ver, seu marombado de merda. — murmurei, encarando-o de canto, do meu lado da pista.
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