Eu encontrei este artigo na linha do tempo de uma amiga/blogueira e de imediato compartilhei. \o Aliás, eu não poderia deixar de postá-lo aqui, pois achei de grande valia. As dicas foram escritas pelo autor/escritor que muito admiro, Raphael Montes, e leva consigo 8 observações de tudo o que um autor/escritor não deve fazer para uma possível aprovação de um original. Confesso que alguns dos itens perduram em meu âmago com veemência. Porém, hoje, já estou sabendo levar essa — digamos assim — inconsistência melhor. hahaha >>> Agora vem junto conferir o artigo, e se possível, tente não cometer tais erros.
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Fale mal dos escritores. Eles não merecem estar nas editoras e são seus concorrentes
Ao terminar de escrever...
1. Não revise nem releia exaustivamente. Sem dúvida, seu texto está pronto tão logo o ponto final seja colocado. Não é preciso lapidar o texto, deixá-lo descansar alguns meses, corrigir erros de ortografia, repensar frases, situações e diálogos. Sua mãe leu e disse que sua linguagem lembra Machado de Assis e Guimarães Rosa (ao mesmo tempo). Trate de imprimir logo o material e enviar para as editoras. Elas estão desesperadas para conhecer seu original.
2. Envie o texto da maneira que julgar mais adequada. Não importa o formato, o tamanho da letra, a encadernação. Normalmente, as editoras possuem uma “política de envio”, mas ignore. Ignore também o catálogo e a linha de publicação da editora. Atire para todos os lados. Você acaba de escrever uma obra-prima e mesmo aquela editora de livros religiosos vai querer publicar seu romance de fantasia. Afinal, é quase a mesma coisa, não?
3. Seja impaciente. Paciência é para os fracos e pouco talentosos. Espere a resposta em um mês ou, melhor, em uma semana. Então, envie e-mails reiteradamente, ligue para a editora, para o editor e, em último caso, vá atrás do editor e o torture até que ele tenha lido e aprovado seu livro.
4. Outra opção: envie junto com o envelope do seu original um aparelho de celular descartável. Espere alguns dias e ligue para o telefone. Possivelmente, seu envelope começará a emitir uma musiquinha no meio da pilha de envelopes e alguém na editora vai encontrá-lo e atender o telefone. Você estará em contato direto com seu editor! (Juro que essa aconteceu de verdade.)
5. Ignore os prêmios literários. São todos comprados, armação das mais cabeludas, máfia da literatura. Se você não conhece ninguém na comissão julgadora, melhor nem enviar. Eles só premiam mesmo livros sobre imigrantes ou escritores do Sul do Brasil.
6. Evite agentes literários. Esses profissionais são o lado negro da força, roubam descaradamente uma porcentagem do escritor e, apesar de estarem há anos no mercado e existirem aos montes na Europa e nos Estados Unidos, não servem para nada.
7. Fale mal das editoras. Xingue muito no Twitter, no Facebook e em todas as demais plataformas que puder. Editoras são essas empresas mesquinhas que mal leem o seu original e, por isso, deixam de reconhecer sua genialidade. O mercado é feroz, e a culpa é das editoras, claro.
8. Fale mal dos escritores também. Em geral, eles não merecem estar nas editoras em que estão e são seus concorrentes. Por isso, espalhe fofocas, ofenda (anonimamente ou não) e desconfie de todos. Nenhum deles é melhor do que você. É muito injusto que já estejam publicados, e o mundo precisa saber disso. Sem dúvida, aquela famosa autora teve alguém pra indicá-la e aquele jovem fazendo sucesso passou no teste do sofá com algum figurão.
Via: O Globo
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