Os centauros eram conhecidos como arruaceiros, desordeiros e chegados a bebedeiras. Quíron, porém, não era como os outros — ele era chamado de "O Bom Centauro" e de "O Curador Ferido" e era mais sábio, mais gentil e mais justo do que os outros da sua espécie.
Infelizmente, Quíron foi ferido sem querer pelo amigo Hércules com uma flecha envenenada, quando Hércules lutava com os outros centauros. Como Quíron era imortal, não conseguia encontrar alívio para sua ferida incurável e passou a viver com uma dor excruciante.
Por fim, Quíron deparou com Prometeu, que também vivia em agonia. Prometeu fora condenado ao tormento eterno dos deuses e estava amarrado a uma rocha. Todas as manhãs, uma águia vinha comer seu fígado, que voltava a se regenerar todas as noites.
Quíron então se ofereceu para dar a vida pela de Prometeu. Assim, livraria ambos do tormento eterno. O centauro caiu morto aos pés de Prometeu. Mas, por causa de sua bondade e generosidade, Zeus o tornou parte das estrelas. No céu, sua beleza poderia ser vista por toda a eternidade. O centauro se transformou na constelação de Sagitário, que os gregos antigos chamavam de "O Arqueiro".
O ferimento de Quíron simboliza o poder transformador do sofrimento — a maneira como a dor, tanto física quanto emocional, pode se tornar fonte de grande força moral e espiritual.
(Texto retirado do livro: A Voz do Arqueiro, de Mia Sheridan)
O ferimento de Quíron simboliza o poder transformador do sofrimento — a maneira como a dor, tanto física quanto emocional, pode se tornar fonte de grande força moral e espiritual.
(Texto retirado do livro: A Voz do Arqueiro, de Mia Sheridan)
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