Eu sou o conteúdo salvo da embalagem danificada e sou a configuração de uma vida complicada. Eu sou a destruição de uma história mal contada e sou o fogo do meu próprio incêndio. Eu sou a ilusão para os meus próprios sonhos, eu sou vista como um engano e quase fui morta num aborto. Eu sou o azul mais lindo do céu e com ao cair de noite eu sou a estrela que mais brilha no escuro. Eu sou uma realidade inventada e sou uma fantasia com várias asas. Eu sou o mundo e não tenho existência. Eu sou a carência de uma mulher e a fortaleza de um homem. Eu sou tenho uma doença na alma e encontro à cura na escrita. Eu sou a procura do meu próprio esclarecimento, eu tenho dias de tormentos e muita culpa em meus sentimentos. Eu sou um rio de lágrimas feridas e sou o sol que contagia os dias. Eu fui tudo o que eu não queria ser, me junto nos escombros ao tentar me fortalecer. Eu sou os passos alcoolizados, eu sou o sangue da minha própria dor. Eu sou as folhas que caem com o vento e sou o fruto de um belo crescimento. Eu não sou ninguém, eu sou uma carta sem remetente, extraviei-me e viajei para o destinatário errado. Eu não existo, eu sou única, eu sou estranha, eu não me entendo... Eu sou um mito.
Por: Joyce Xavier
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