28 de fev. de 2015

Texto: "Mais Uma Dose de Você"! (por Jéssyca Albernaz)

Quando terminamos prometi a mim mesma que jamais voltaria a ficar ou a conversar com você. Alguns dias eu me observava no espelho e dizia que nem mesmo iria te olhar mais, repetia isso várias e várias vezes independente de nunca acreditar. No início era fácil, evitava te ver de todas as maneiras possíveis e vice versa, mas foi no momento em que pensei já ter te esquecido que as coisas começaram a desmoronar.

Naquele dia precisei te ver duas vezes em dois lugares diferentes para acreditar piamente no quanto eu ainda amo você e quando brincaram, me dizendo para sentar ao seu lado, sinceramente pensei em sair correndo dali para que não ficasse tão claro ao mundo meus sentimentos ainda exagerados por você, porém o que você fez foi exatamente o contrário e de uma maneira tão inesperada que me deixei levar jurando ser a última vez - mas não foi.

No outro dia tornamos a nos ver, dessa vez mediado não por nossos amigos, mas sim pelo sentimento mútuo que ainda carregamos. É claro que ambos sabiam o tamanho do erro a ser cometido, mesmo assim permanecemos nele, viciando a nós mesmos instantaneamente. Confesso ter acordado algumas vezes de manhã com a boca seca desejando o seu beijo e o peito ardendo de saudade do seu abraço.

Antes eu bebia por você, mas nos últimos dias apenas bebi você - a noite inteira - e confesso ter sido a melhor coisa que aconteceu.

Ainda machuca lembrar dos nossos deslizes, mas seria pior te ver cometendo outros sem eu estar aqui para te levantar. Não sei como e nem por que chegamos a este ponto, apenas compreendo o fato de nós não nos completarmos e sim nos extravasarmos - e não é isso mesmo que todas as pessoas querem da vida: encontrar alguém para as transbordar?

Nós, infelizmente - ou felizmente - temos o direito de ir e vir no coração um do outro e eu não faço ideia do quanto isso pode nos afetar futuramente, o que me dá um medo danado, mas é inevitável querer mais uma dose de você, pois você foi, é e vai sempre ser a pessoa da qual tem a carta branca para entrar na minha vida - e eu juro que isso não foi escolha minha.

Via: Histórias Que Nunca Vivi

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