— Você está bem? — perguntei preocupada.
Ainda acelerando o Opala, respondeu:
— Do amor, conheço os sintomas... E também os hematomas! — disse, olhando-me de soslaio.
Estranhei o seu comportamento. Contudo, tive a certeza de sua disforia, pois aquele era mais um dos efeitos contrários da droga que ele ridiculamente usara, apenas para provar sua coragem.
— Onde você pensa que está me levando? — perguntei confusa, não identificando o caminho.
Ele, por sua vez, estava ainda mais desconexo, com o seu sorriso entorpecente de canto.
— Baby, estou levando-a para casa. — disse, parecendo debochar da minha cara.
Continuei em silêncio. Estava com medo de tirar sua atenção, pois o seu semblante transparecia certa confusão, e só de pensar no risco que corríamos, eu me petrificava de medo.
— Chegamos, anjo!
Encarei-o com fúria, indagando-o com o olhar, ansiando pelo seu parecer de onde estávamos. Ele apenas fitou-me com querer, e aguardou o que viria a seguir.
— Você pode me dizer onde estamos? — perguntei alterada.
Notei seu semblante satisfeito, e por alguns segundos esqueci-me de todos os problemas, pois o seu lindo sorriso safado me ausentava de qualquer sentimento de raiva. Ele me encantava e me enlouquecia.
— Chegamos em casa, amor! Na minha casa, em nossa casa. — disse em tom de deboche, mais uma vez.
Fiquei perplexa com sua ousadia.
— Você está louco ou o quê?
— Estou louco de amor por você, Ana... — revidou com outro entorpecente e sedutor sorriso de canto.
[Dezesseis - A Estrada da Morte, Cap. 7]
Inspirado na canção “Dezesseis” — da banda brasileira Legião Urbana — este é um enredo de amor recheado com muitas aventuras.
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