Andei perdida caminhando por atalhos,
enfiada, que nem um gato, num balaio,
buscando as melhores partes de mim
Para, enfim, costurar pedaço por pedaço de meus retalhos.
Andei sumida na fumaça dos meus dias,
protegendo-me do calor de meus raios de sol incandescentes,
banhando nas cachoeiras frias de minha energia,
todas as incertezas, as minhas tristezas e uma certa melancolia.
Andei, por aí, hibernando nas tocas de meu inconsciente,
às vezes inteira e às vezes quase morta,
mastigando, entre os dentes, pedaços de saudade.
Buscava força e luz no fim do túnel
para ter coragem e força de seguir em frente.
Por: Rosa Berg
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