Estou na reta final de mais um copidesque do autor e amigo, Ademilson Chaves. A propósito, sou fã de carteirinha do cara. \o E posso dizer... Mais uma vez ele fisgou o meu coração, com um texto arrebatador. Ao todo já foram quatro textos dele que eu li, porém "A Escolha de Eron" (resenha AQUI), é o meu queridinho. E, agora, tenho o segundo queridinho, um enredo cativante, cheio de reviravoltas e surpresas, como é de costume nos textos dele. Por isso, com autorização do autor, deixo abaixo o prólogo de "Verdades Escondidas", um enredo ainda sem previsão de publicação. Bem-vindos!
★ ★ ★
PRÓLOGO
— Como é o seu nome?
— Mariana.
— Sobrenome.
— Pereira.
— Mariana Pereira. Você é filha de Ozias Pereira?
Ela demorou um tempo, para então afirmar:
— Sim.
— Seu pai era um bom homem. Pena ter morrido tão cedo. — A mulher ajeitou-se na poltrona e encarou Mariana de cima a baixo. — Pode ir, querida.
Quando Mariana fez menção para sair, a porta da grande varanda que circundava a casa se abriu, e Teresa entrou empurrando a cadeira de rodas onde Miguel estava. Ela se lembrou de tê-lo visto em frente à fogueira na igreja. Ela não sabia se deveria cumprimentá-lo. Por um instante ficou parada. Ele ergueu a cabeça e assim que a viu, sorriu. Ela notou seus olhos verdes a fitá-la. Ela sentiu um frio na barriga que a deixou sem jeito, depois virou-se e saiu.
— Quem é essa? — perguntou Teresa, curiosa.
— Gostei dela. Tem bons modos, formada, gosta de ler, mas é bonita demais para o meu gosto — disse Dolores.
— E isso é defeito? — replicou Teresa, deixando a cadeira de rodas de Miguel em frente à imensa janela de vidro.
— Para quem vai servir de companhia a um seminarista, ou seja, um quase padre, é sim.
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