Inicio essa postagem com alegria, enfatizando que hoje — 1° de Maio — é o "Dia da Literatura Brasileira", uma data criada em homenagem ao aniversário de José de Alencar, o maior escritor do Romantismo brasileiro. NÃO, EU NUNCA LI JOSÉ DE ALENCAR, mas quero falar sobre o que essa data a mim representa.
Embora a literatura seja o meu combustível, eu não cresci em uma família literária. AMO MINHA FAMÍLIA, mas foi através de um trabalho de escola que tive o meu primeiro contato com a literatura. Pedro Bandeira e o seu magnífico "A Marca de uma lágrima" transportou-me para um mundo mágico: o que era pra ser um exaustivo trabalho valendo nota, tornou-se o divisor de águas que inseriu-me na literatura. Mas, infelizmente, isso não foi suficiente.
Os anos passaram e deixei de lado aquela maravilhosa sensação de se aventurar dentre páginas. Hoje, refletindo, sei qual foi o motivo de tal afastamento: eu nunca tive alguém que me incentivasse, mesmo porque "os meus próximos" também não tiveram esse incentivo. Em consequência, ignorei anos de um recluso prazer que hoje é o meu anestésico. Se culpo a minha família... ou os meus amigos... ou os professores... ou seja lá quem for... De forma alguma! Cada qual sabe a delícia de ser o que é, com isso procura o anestésico que lhe cai melhor.
Vede que depois de anos regressei, com Stephenie Meyer e sua tão amada (e odiada) Saga Twilight. Lembro-me que na época estava passando pela minha primeira crise de depressão, e depois de assistir o primeiro filme da série, queria saber como transcorreria a história. Adquiri de uma só vez todos os livros (...) e findei a leitura em uma semana. E mesmo sendo refém da minha reclusão, passei a me enveredar em tantas outras leituras, deleitando-me nesse bálsamo de palavras, iniciando a minha coleção de amigos preciosos. Me curei por um tempo, e até participei de alguns eventos literários. Conheci pessoas que guardo do lado esquerdo do peito até hoje. Mas a cabeça e o coração iniciaram um embate, oscilando entre o verão e o inverno, deixando-me novamente enferma.
Eis que esse perturbado coração resolveu expor seus sentimentos, bons e ruins, tornando-os enredos. Eu passei de leitora a contadora de histórias, algo que — a meu ver — era inimaginável. Não tracei metas, nem esperei um reembolso financeiro. Com o meu primeiro livro, Entre o Céu e o Inferno, transpus minhas alegrias e tristezas, é claro que com outro roteiro; com Dezesseis - A Estrada da Morte, ortografei a letra de uma canção que amo, como sempre permeou em meu insano imaginário. SE FIZ CERTO OU ERRADO? NÃO SEI! O que posso asseverar é que com o coração pontilhei. Pouco sei da literatura clássica, mas pretendo transcorrer essa jornada, pois acredito que renderá bons frutos.
Atualmente encontro-me oscilando entre doses diárias de Sertralina e Clonazepam. A serotonina e benzodiazepina estão fazendo efeito, porém ainda não consigo escrever com o coração. E por este motivo, não obstante, prossigo: peregrinando em muitas leituras e sendo anestesiada. A propósito, em doses homeopáticas, vez ou outra dedilho com o coração. Então por último, mas não menos importante, agradeço a todos contadores de histórias. Hoje, especialmente, aos escritores brasileiros. Você quer saber se a literatura brasileira merece um dia exclusivo? NÃO! Ela merece todos os dias. De toda uma vida. Exclusivamente. Sendo o bálsamo. E anestesiando.
♥♥♥ PARABÉNS, AMIGOS CONTADORES DE HISTÓRIAS! ♥♥♥
Abraços literários,
Simone Pesci
Embora a literatura seja o meu combustível, eu não cresci em uma família literária. AMO MINHA FAMÍLIA, mas foi através de um trabalho de escola que tive o meu primeiro contato com a literatura. Pedro Bandeira e o seu magnífico "A Marca de uma lágrima" transportou-me para um mundo mágico: o que era pra ser um exaustivo trabalho valendo nota, tornou-se o divisor de águas que inseriu-me na literatura. Mas, infelizmente, isso não foi suficiente.
Os anos passaram e deixei de lado aquela maravilhosa sensação de se aventurar dentre páginas. Hoje, refletindo, sei qual foi o motivo de tal afastamento: eu nunca tive alguém que me incentivasse, mesmo porque "os meus próximos" também não tiveram esse incentivo. Em consequência, ignorei anos de um recluso prazer que hoje é o meu anestésico. Se culpo a minha família... ou os meus amigos... ou os professores... ou seja lá quem for... De forma alguma! Cada qual sabe a delícia de ser o que é, com isso procura o anestésico que lhe cai melhor.
Vede que depois de anos regressei, com Stephenie Meyer e sua tão amada (
Eis que esse perturbado coração resolveu expor seus sentimentos, bons e ruins, tornando-os enredos. Eu passei de leitora a contadora de histórias, algo que — a meu ver — era inimaginável. Não tracei metas, nem esperei um reembolso financeiro. Com o meu primeiro livro, Entre o Céu e o Inferno, transpus minhas alegrias e tristezas, é claro que com outro roteiro; com Dezesseis - A Estrada da Morte, ortografei a letra de uma canção que amo, como sempre permeou em meu insano imaginário. SE FIZ CERTO OU ERRADO? NÃO SEI! O que posso asseverar é que com o coração pontilhei. Pouco sei da literatura clássica, mas pretendo transcorrer essa jornada, pois acredito que renderá bons frutos.
Atualmente encontro-me oscilando entre doses diárias de Sertralina e Clonazepam. A serotonina e benzodiazepina estão fazendo efeito, porém ainda não consigo escrever com o coração. E por este motivo, não obstante, prossigo: peregrinando em muitas leituras e sendo anestesiada. A propósito, em doses homeopáticas, vez ou outra dedilho com o coração. Então por último, mas não menos importante, agradeço a todos contadores de histórias. Hoje, especialmente, aos escritores brasileiros. Você quer saber se a literatura brasileira merece um dia exclusivo? NÃO! Ela merece todos os dias. De toda uma vida. Exclusivamente. Sendo o bálsamo. E anestesiando.
♥♥♥ PARABÉNS, AMIGOS CONTADORES DE HISTÓRIAS! ♥♥♥
Abraços literários,
Simone Pesci
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