Chegou ao fim. Acabou. O ano virou a esquina. Não volta nunca mais.
Assim como as oportunidades perdidas, os beijos não dados e as palavras não ditas que nele ficaram e nele naufragaram no limbo do passado.
Para deixar saudade. Para deixar arrependimento. Para deixar alívio. Para deixar.
O que foi feito, foi feito.
O que foi sentido, foi sentido.
O que foi vivido, foi vivido.
O que não foi, virou poeira.
E da poeira, virou pretérito.
E do pretérito, virou esquecimento.
Enquanto um ano dá adeus, o outro já nos atropela.
E ele chega sem pedir, ele chega sem permissão, ele chega sem bater na porta.
Ele chega sem que tenhamos tido tempo de engolir o último.
Sem pausa, sem recesso, sem férias.
365 chances velhas são perdidas para que 365 novas sejam ofertadas.
E sabe o que eu espero do ano novo?
Eu não espero nada.
Eu espero muito é de mim mesma.
Eu espero doar sem me preocupar se vou receber.
Eu espero ser para o mundo sem me preocupar se o mundo me será de volta.
Eu espero ser a melhor versão de mim mesma.
Eu espero ser a pessoa que o meu cachorro acha que eu sou.
Texto enviado por: Juny Moura
Via: O Segredo
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