Há tempos que tenho vontade de ler esse livro, e quando me dei conta de que o e-book estava gratuito, imediatamente baixei. Eis que me deparo com essa surpresa. Confira a sinopse e o meu parecer sobre “A Escolhida”, o primeiro livro de uma série, obra da autora Amanda Ághata Costa, uma publicação da editora Arwen.
Sinopse: Em uma cidade repleta de pessoas desconhecidas, Ari poderia ser apenas mais uma garota perdida na multidão, como tantas outras que foram abandonadas pelos pais. Através de sua aparência impecável e feições delicadas, ninguém conseguiria supor quem ela é e o que gosta de fazer: um anjo com sede de sangue, sempre disposta a ceifar novas vítimas. Porém, tudo muda quando é capturada por dois feiticeiros e levada para o círculo, lugar onde eles vivem sob a liderança de Egran, um homem cruel que não mede esforços para conseguir o que quer. Em meio a várias mudanças repentinas, terá de enfrentar suas convicções a fim de descobrir um lado de si mesma que não imaginava existir. Será que o amor vai fazer brotar a alegria em seu coração? Ou ele irá arrastá-la diretamente para a morte? Ari será capaz de finalmente superar o próprio passado sombrio ou sucumbirá a ele, deixando pelo caminho mais um grande rastro de destruição?
“Porque até mesmo o mal anseia pelo bem”
Uma grata surpresa!
Ari, na infância, foi encontrada em um bueiro. E tão breve foi socorrida por Lina, a pessoa que lhe ofereceu um lar. Agora, aos dezoito anos, ainda vive em Lostcity, um pedaço de terra desconhecido. Ela consegue ouvir com clareza, a vários metros de distância, além de hipnotizar e trazer tranquilidade. Descendente de anjos, tem o lado bom e ruim dentro de si. Porém, é o mal que a permeia, manifestando-se. Ela é um anjo negro, e a medida que assassina as mais diversas criaturas, suas asas diminuem. Quando ela pratica o bem, suas asas tornam-se mais belas e espessas.
— Caramba, por essa eu não esperava! Você não o deixou inconsciente porque o poder de Edlun é eficaz, mas devo confessar que fiquei impressionado — diz, ainda tímido. — Sou o Luke. — ele estende a mão para que eu me levante, só que faço de conta que não estou vendo. (Livro: A Escolhida, Cap.1)
Ela é capturada por Edlun (ou Ed), e Luke, dois feiticeiros que foram enviados por Egran (o mestre de todas as criaturas), e descobre que os feiticeiros têm poderes: Ed consegue ler mentes; Luke consegue visitar o passado; e Egran consegue ver o futuro, além de captar a verdade. E quando Luke entrelaça seus dedos aos de Ari, sofre um lin-espiritics, onde consegue enxergar o passado da garota.
— Oh, pombinhos! Como é lindo vê-los tão conectados. — Ed interfere, debochando. — Mas devemos chegar ao círculo nesse século. Por favor? Deixem essa conversa adorável para mais tarde. (Livro: A Escolhida, Cap.2)
Ari já está entre os feiticeiros, onde fica à mercê de um poderoso feitiço que Egran lhe colocou, obrigando-a a fazer parte do círculo. Se aceitar, poderá saber sobre suas origens e família; se negar, será destinada para a trilha das almas desnorteadas. Ela acredita não correr riscos, afinal, é uma imortal. Mas ao se dar conta de que pode morrer, tudo muda. Sendo assim, em meio as intempéries, ela conhece Evan, o irmão caçula de Egran e Ed, um feiticeiro que acaba por salvá-la de um vampiro.
Evan e Luke trocam olhares rancorosos, demostrando a antipatia incontestável que nutrem um pelo outro. Eu acabo criando uma barreira entre os dois e me sinto péssima por ser o obstáculo no meio do trajeto. Ao contrário do que dizem, estar entre dois homens não são circunstâncias agradáveis. Não se eles se detestam. (Livro: A Escolhida, Cap.3)
Ari, até então, era imune a emoções, o que a destacava em maldades. Porém, ao se aproximar de Luke, tudo muda. Além de tudo, ela e suas novas parceiras estão à procura do “Livro das Sombras”, antes que tal artefato caia em mão erradas, ou seja, nas mãos de Egran. Agora cesso os meus comentários para não soltar mais spoilers.
Trata-se de um enredo adornado em fantasia, com um romance apaixonante. A propósito, esse é o tipo de trama que não se pode falar muito, pois qualquer passo falso, é certeza de um spoiler. Eu gostei muito da forma que a história foi conduzida, só esperava um pouco mais de ação por parte de Ari. No entanto, me dei conta que é uma série, e talvez por isso as coisas não foram mais expostas. A autora tem uma escrita simples e cativante, daquelas que nos faz querer ler mais. Apesar dos mistérios, a meu ver, o ponto alto do enredo foi o romance proibido entre o casal protagonista. Eu fiquei apaixonada por Luke, e entendi perfeitamente os dilemas de Ari, que mesmo querendo cometer/demonstrar maldade, é quebrada pela atenção que Luke — e tantos outros do círculo —, dedicam a ela. O final teve algumas revelações e reviravoltas, deixando-me ainda mais curiosa pela continuação dessa turbulenta história (P.S: Que venha logo o livro 2 — hahaha).
O livro é narrado em primeira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está boa, com fontes e espaçamentos em excelentes medidas, apresentando no início de cada capítulo, uma pena; sua capa é bem bonita, estampando Ari em uma floresta. Por fim, para você que curte um enredo do gênero fantasia com uma boa pitada de romance, eis essa boa pedida.
Livro: A Escolhida (Livro 1)
Autora: Amanda Ághata Costa
Gênero: Fantasia/Romance
Editora: Arwen
Ano: 2015
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