Eu recebi esse conto da autora e parceira Li Ferreira (P.S: Obrigada, Li!), e como já havia lido e resenhado um livro de sua autoria que muito curti — "Quebrando Regras" (para conferir a resenha, clique AQUI), sem pestanejar parti para a leitura. o/ Confira a sinopse e o meu parecer de “A Mordida”, uma publicação independente que está à venda em formato digital.
Sinopse: Em 14 de novembro de 2016, a lua cheia será extraordinária, não apenas por se tratar de uma superlua, mas sim por ser a maior e mais brilhante em cem anos!”. Davi, Antunes e Adriano sofrerão consequências desastrosas sob a magia desse fenômeno, por estarem em um lugar isolado, espaçoso e que deveria ser seguro... Depois desse conto, você nunca mais verá uma mordida como antes.
“Porque uma lenda pode tornar-se verdadeira”
Um conto instigante!
O conto se inicia numa noite de lua cheia, onde Davi, de 34 anos, encontra-se desacordado no parque que é acostumado a caminhar. Atordoado e com dores, ele se dá conta de que foi vítima de uma mordida.
Não sabia as horas, mas imaginava ser mais de meia-noite. Enquanto tentava andar mancando pela dor, sentia presença da lua como se fosse uma entidade que o observava curiosa. (Conto: A Mordida, Capítulo 1)
Caminhando pelo parque, a mercê de dores e sentindo alterações em seu corpo, Davi se transforma em um lobo. E nesse meio tempo, surge um novo funcionário no parque... Antunes está feliz pelo novo emprego, onde dividirá o turno da noite com Adriano, fazendo a vigilância do local. Porém, em sua primeira ronda, é atacado por um lobo, o que desperta a atenção de Adriano, que, até então, está no banheiro e escuta o seu grito. E sem pestanejar, ele resolve ir de encontro com o novo vigia noturno.
— Antunes! — berrou para as árvores. Pensou entrar no meio do mato porque ele poderia ter sido arrastado. — Antunes, onde você está? — Não houve resposta, mas uma movimentação ao lado direito o fez avançar. (Conto: A Mordida, Capítulo 2)
Adriano pôde se defender, desferindo um tiro de calibre 38, seguindo os próximos dias desacordado e com escoriações pelo corpo, num quarto de hospital.
— Lobos! — Ok, vou esperar que acorde antes de conversar seriamente com você — falou convicta. — Fiquei sabendo que alguns cachorros tocaram o terror em você no Parque dos Patos, mas o que andou aprontando com eles? (Conto: A Mordida, Capítulo 2)
Na noite da superlua, a mesma em que Davi e Antunes sofreram um ataque, Adriano também fora atacado. E mesmo sendo socorrido, acabara por sofrer as consequências: depois de alguns dias começou a ter reações estranhas — especialmente com a esposa e os filhos —, ficando mais agressivo, tornando-se um outro homem. Agora cesso os meus comentários para não soltar mais spoilers.
Como se trata de um conto, não posso estender o meu parecer. Apesar de ser uma leitura rápida, a autora deu vida a páginas instigantes, fazendo do conto uma leitura agradabilíssima, algo que eu já esperava. Os três personagens principais, ou seja, Davi, Antunes e Adriano, são acometidos num presente/futuro do qual não esperavam, destinando até os mais próximos a um novo recomeço. Eu gostei de como a história foi conduzida, e fiquei com um gostinho de quero mais. Por fim, para quem curte uma leitura rápida (do gênero fantasia), instigante e muito bem escrita, eis essa excelente pedida.
O enredo é narrado em terceira pessoa, com narrativa e diálogos de fácil compreensão; a diagramação está perfeita, com espaçamentos e fontes em excelentes medidas, além de um diferencial, com a imagem da capa ao fundo a cada início de capítulo, além de alguns trechos com a imagem de uma lua cheia; a capa é bem bonita, condizendo com o conto, além de estampar o protagonista e sua matilha.
Conto: A Mordida
Autora: Li Ferreira
Gênero: Fantasia
Publicação independente — Formato digital
Ano: 2017
Páginas: 53
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