— Você está louco, Johnny! Vá embora! — falou um tanto nervosa.
— Eu vou subir aí. — alertei-a sobre o que faria.
— Johnny, por tudo que é mais sagrado, vá embora. — clamou.
— Tem mais alguém com você em casa? — perguntei, ansiando por sua resposta.
— Não! Mas o meu pai pode chegar a qualquer instante. — alertou-me.
Sorri, alegre por saber que o seu pai não estava em casa. Agradeci a Deus pela oportunidade.
— Estou subindo, baby!
— Não faça isso Johnny, por favor!
Momentos depois, subi o muro que dava em direção ao seu quarto, ficando, instantes depois, pendurado em sua janela. Desequilibrei-me e caí no chão, dentro do seu quarto. Estava literalmente aos seus pés.
— Você pensa que está fazendo o quê, Johnny? — perguntou-me transtornada.
— Estou fazendo o que eu deveria ter feito há tempos. — colei meus lábios aos dela.
Nossos lábios se encontraram numa cobiça além do imaginável. Eu sentia o seu corpo ansiando pelo meu, e ambas as respirações estavam ofegantes. Naquele instante, precisávamos um do outro.
— Vá embora, Johnny! Você está surdo ou o quê? — afastou-se de mim.
— Eu não estou surdo e sei muito bem o que eu quero! — rebati, com ela em meus braços.
Ela me encarava com nítida confusão. Notei sua preocupação, e sabia que quaisquer palavras que saíssem de sua boca, não seriam sinceras. Fiquei tão confuso quanto ela. Acendi a luz do quarto que, até então, estava sendo iluminado apenas por um abajur em formato de coração.
— O que ele fez com você? — perguntei no mesmo instante que me deparei com uma mancha arroxeada em sua face.
Ela virou o rosto em outra direção, desvencilhando-se de mim, num silêncio alarmante, deixando-me ainda mais desordenado. Olhei de relance para os seus braços e percebi que neles havia mais algumas pequenas manchas.
— Johnny, por favor, vá embora! Eu imploro. — clamou, sussurrando.
— Aquele filho da puta do seu pai... — disse as palavras andando em círculos pelo quarto.
Eu sentia vontade de levá-la para longe. Contudo, sabia que teria sérios problemas se fizesse isso. Cheguei bem próximo dela e toquei com carinho as marcas que recebera tão cruelmente.
— Ana, olhe dentro dos meus olhos e diga que não me quer mais... — clamei.
Ela sequer olhou dentro dos meus olhos, o que me fez acreditar que estava mentindo.
— Ana, me conte como tudo aconteceu... — pedi num tom brando.
— Johnny, ele sempre me machuca, até mais com palavras do que com bofetões. Eu já lhe disse isto uma vez. — ressaltou entristecida.
Meu coração apertou ao vê-la tão vulnerável, à mercê daquele que, decerto, deveria lhe dar amor. Eu nunca tivera momentos como aqueles. Sempre fui castigado quando aprontava alguma peripécia na minha infância. No entanto, nunca fora castigado daquela forma.
— Deixe-me amá-la, Ana! Com o coração e a alma... — enlacei-a em meus braços — Eu quero protegê-la. — beijei com carinho sua cabeça.
E assim, por mais uma vez, aconteceu. Ana era minha razão de viver!
Inspirado na canção “Dezesseis” — da banda brasileira Legião Urbana — este é um enredo de amor recheado com muitas aventuras.
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